segunda-feira, março 05, 2007

«O LABIRINTO DO FAUNO»

Lá arranjei tempo para ir ao cinema ver «O Labirinto do Fauno», de Guilhermo del Toro.
Deve ter sido a primeira vez que chega às grandes salas um filme de componente feérica que não só não é para crianças como também é expressamente desancoselhado às crianças, bem como às pessoas sensíveis em geral, tal é o nível de violência cruel e suja observado em certas passagens.
Independentemente da qualidade do imaginário, do argumento, do enredo e do trabalho dos actores, tudo isto sem mácula, há a salientar o grosseiro maniqueísmo da história, em que os maus da fita são os «fascistas», isto é, os franquistas, ou pelo menos o líder local das forças franquistas, enquanto os rebeldes «republicanos» (e comunistas) são os impolutos combatentes em prol da Liberdade e de Toda a Decência.
Não simpatizo sequer com o regime franquista, pelo contrário - repudio o Cristianismo, o patriotismo imperialista espanhol e a ditadura. E não me custa crer que houvessem realmente militares franquistas a serem capazes de cometer o mesmo tipo de crimes que a personagem do capitão leva a cabo. Sucede simplesmente que, nessa guerra, cometeram-se atrocidades de ambos os lados. Todavia, a facção dos anti-franquistas é aqui quase santificada. E há ainda quem deite um olhar crítico à produção cinematográfica nacional-socialista, fascista e salazarista, denunciando o seu carácter propagandístico... ora os regimes actuais fazem precisamente o mesmo, declarada e oficialmente, embora não lhe chamem «propaganda», o que só lhe dá um toque de desonestidade saloia intencionalmente «subtil».
Quanto ao ponto positivo da mensagem, parece-me radicar na valorização da consciência individual - em embos os segmentos de acção paralelos que constituem a película, a saber, o da vida humana e o do mundo das fadas, a actuação de cada um é da sua responsabilidade e as tomadas de atitudes correctas, incluindo a desobediência a ordens injustas, embora comportem riscos diversos, conduzem no entanto a desfechos justos e exemplares.
A parte final tem todavia um sabor a neo-realismo tendencialmente ateu e materialista, o qual, em confirmando-se (consoante aquilo que del Toro possa eventualmente dizer sobre o seu trabalho) combina perfeitamente com o teor ideológico da trama.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Dedicado a um tal ciscokid

Lusíadas, Canto X.47
Não será a culpa abominoso incesto
Nem violento estupro em virgem pura,
Nem menos adultério desonesto,
Mas cüa escrava vil, lasciva e escura.
Se o peito, ou de cioso, ou de modesto,
Ou de usado a crueza fera e dura,
Cos seus üa ira insana não refreia,
Põe na fama alva noda negra e feia.

Referia-se, Camões, ao facto de Afonso de Albuquerque ter mandado executar um jovem fidalgo que gostava de "ir às meninas". Acontece que a "dita cuja "ESCRAVA VIL e ESCURA" referida era uma das reféns_hábito na época para "assegurar" fidelidades e alianças.Isto podia ter sido ignorado_não tem qualquer importância para a épica. No entanto Camões sente-se obrigado a referi-lo e condená-lo!!!
Não me parece comportamento de um "alienlover".
Procurei e encontrei o endereço do ciscokid :
http://www.diamondcreekmules.com/images/ciscokid.jpg
Agora a sério: O Cisco Kid,personagem da BD e cinema foi popularizado em Portugal em BD desenhada pelo espanhol José Luís Sallinas que o desenhou com características absolutamente caucasóides enquanto o seu companheiro,personagem secundário,era representado como um mestiço mexicano.
No fundo, os ciscoskidstugas o que sonham é com uns "escurinhos" que lhes limpem o rabinho, já que, para ele, "ISSO É UM TRABALHO QUE OS CISCOSTUGAS NÃO QUEREM FAZER"!!!

espírito

6 de março de 2007 às 00:49:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Desculpe ter-me apropriado do seu blog.O assunto já tinha ficado para trás.
Se achar que já não vem a propósito esteja à vontade para apagar .Eu não vou ficar ofendido.

espírito

6 de março de 2007 às 00:55:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

em termos de propaganda os nacionais socialistas eram uns meninos ao lado da gentalha do politicamente correcto hoje em dia

e depois os ns ao menos defendiam a preservaçao dos povos e nao eram contra nenhuma raça, ja os politicamente correcto actuais sao contra todas as raças menos as miscigenadas e africanas.

6 de março de 2007 às 03:15:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

ainda não vi esse filme, gostava de ver. não sabia que tinha uma agenda desse calibre por detrás, mas acho que isso ainda aguça mais a curiosidade.

quanto à questão do cinema actual ser propagandístico, outros exemplos haverão, mas um que me lembro sempre é aquela piroseira chamada 'independence day', em que mais uma vez são os americanos que salvam o dia (e o mundo). se isto não é propaganda não sei o que é....

6 de março de 2007 às 11:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ex.SR.Presidente Duarte Branqunho,
Existem por aí AGENTES INFILTRADOS aos montes... cuja missão é: pretendem que os nacionalistas/identitários marchem alegremente na direcção de um BECO SEM SAÍDA

6 de março de 2007 às 13:45:00 WET  
Blogger Vera said...

"Mas espirito, aprecio a investigação por detrás do teu post, e dou-te os parabéns por teres descoberto a origem do meu nick. :) "

Também já vi livros de informática com "cisco".

6 de março de 2007 às 17:27:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

ó filho da puta que escreves nomes de pessoas que nuncas chegarás aos calacanhares deixa-te de intrigas e continua a brincar aos nazis.

7 de março de 2007 às 10:46:00 WET  

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