segunda-feira, março 05, 2007

Lues, 07 de Abril de 2778 AUC

«O LABIRINTO DO FAUNO»

Lá arranjei tempo para ir ao cinema ver «O Labirinto do Fauno», de Guilhermo del Toro.
Deve ter sido a primeira vez que chega às grandes salas um filme de componente feérica que não só não é para crianças como também é expressamente desancoselhado às crianças, bem como às pessoas sensíveis em geral, tal é o nível de violência cruel e suja observado em certas passagens.
Independentemente da qualidade do imaginário, do argumento, do enredo e do trabalho dos actores, tudo isto sem mácula, há a salientar o grosseiro maniqueísmo da história, em que os maus da fita são os «fascistas», isto é, os franquistas, ou pelo menos o líder local das forças franquistas, enquanto os rebeldes «republicanos» (e comunistas) são os impolutos combatentes em prol da Liberdade e de Toda a Decência.
Não simpatizo sequer com o regime franquista, pelo contrário - repudio o Cristianismo, o patriotismo imperialista espanhol e a ditadura. E não me custa crer que houvessem realmente militares franquistas a serem capazes de cometer o mesmo tipo de crimes que a personagem do capitão leva a cabo. Sucede simplesmente que, nessa guerra, cometeram-se atrocidades de ambos os lados. Todavia, a facção dos anti-franquistas é aqui quase santificada. E há ainda quem deite um olhar crítico à produção cinematográfica nacional-socialista, fascista e salazarista, denunciando o seu carácter propagandístico... ora os regimes actuais fazem precisamente o mesmo, declarada e oficialmente, embora não lhe chamem «propaganda», o que só lhe dá um toque de desonestidade saloia intencionalmente «subtil».
Quanto ao ponto positivo da mensagem, parece-me radicar na valorização da consciência individual - em embos os segmentos de acção paralelos que constituem a película, a saber, o da vida humana e o do mundo das fadas, a actuação de cada um é da sua responsabilidade e as tomadas de atitudes correctas, incluindo a desobediência a ordens injustas, embora comportem riscos diversos, conduzem no entanto a desfechos justos e exemplares.
A parte final tem todavia um sabor a neo-realismo tendencialmente ateu e materialista, o qual, em confirmando-se (consoante aquilo que del Toro possa eventualmente dizer sobre o seu trabalho) combina perfeitamente com o teor ideológico da trama.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Dedicado a um tal ciscokid

Lusíadas, Canto X.47
Não será a culpa abominoso incesto
Nem violento estupro em virgem pura,
Nem menos adultério desonesto,
Mas cüa escrava vil, lasciva e escura.
Se o peito, ou de cioso, ou de modesto,
Ou de usado a crueza fera e dura,
Cos seus üa ira insana não refreia,
Põe na fama alva noda negra e feia.

Referia-se, Camões, ao facto de Afonso de Albuquerque ter mandado executar um jovem fidalgo que gostava de "ir às meninas". Acontece que a "dita cuja "ESCRAVA VIL e ESCURA" referida era uma das reféns_hábito na época para "assegurar" fidelidades e alianças.Isto podia ter sido ignorado_não tem qualquer importância para a épica. No entanto Camões sente-se obrigado a referi-lo e condená-lo!!!
Não me parece comportamento de um "alienlover".
Procurei e encontrei o endereço do ciscokid :
http://www.diamondcreekmules.com/images/ciscokid.jpg
Agora a sério: O Cisco Kid,personagem da BD e cinema foi popularizado em Portugal em BD desenhada pelo espanhol José Luís Sallinas que o desenhou com características absolutamente caucasóides enquanto o seu companheiro,personagem secundário,era representado como um mestiço mexicano.
No fundo, os ciscoskidstugas o que sonham é com uns "escurinhos" que lhes limpem o rabinho, já que, para ele, "ISSO É UM TRABALHO QUE OS CISCOSTUGAS NÃO QUEREM FAZER"!!!

espírito

6 de março de 2007 às 00:49:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Desculpe ter-me apropriado do seu blog.O assunto já tinha ficado para trás.
Se achar que já não vem a propósito esteja à vontade para apagar .Eu não vou ficar ofendido.

espírito

6 de março de 2007 às 00:55:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

em termos de propaganda os nacionais socialistas eram uns meninos ao lado da gentalha do politicamente correcto hoje em dia

e depois os ns ao menos defendiam a preservaçao dos povos e nao eram contra nenhuma raça, ja os politicamente correcto actuais sao contra todas as raças menos as miscigenadas e africanas.

6 de março de 2007 às 03:15:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

ainda não vi esse filme, gostava de ver. não sabia que tinha uma agenda desse calibre por detrás, mas acho que isso ainda aguça mais a curiosidade.

quanto à questão do cinema actual ser propagandístico, outros exemplos haverão, mas um que me lembro sempre é aquela piroseira chamada 'independence day', em que mais uma vez são os americanos que salvam o dia (e o mundo). se isto não é propaganda não sei o que é....

6 de março de 2007 às 11:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ex.SR.Presidente Duarte Branqunho,
Existem por aí AGENTES INFILTRADOS aos montes... cuja missão é: pretendem que os nacionalistas/identitários marchem alegremente na direcção de um BECO SEM SAÍDA

6 de março de 2007 às 13:45:00 WET  
Blogger Vera said...

"Mas espirito, aprecio a investigação por detrás do teu post, e dou-te os parabéns por teres descoberto a origem do meu nick. :) "

Também já vi livros de informática com "cisco".

6 de março de 2007 às 17:27:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

ó filho da puta que escreves nomes de pessoas que nuncas chegarás aos calacanhares deixa-te de intrigas e continua a brincar aos nazis.

7 de março de 2007 às 10:46:00 WET  

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