quarta-feira, fevereiro 07, 2007

NOVA DESCOBERTA ARQUEOLÓGICA REFERENTE À RELIGIÃO PRÉ-HISTÓRICA DA EUROPA



Foi recentemente descoberto perto do monumento megalítico de Stonehenge um complexo eventualmente habitacional contendo uma rica variedade de artefactos que podem contribuir para fazer nova luz sobre as vidas e práticas religiosas do povo que há cerca de quatro mil e seiscentos anos construiu em Stonehenge o misterioso cromeleque* mundialmente conhecido (e que é um candidato a figurar entre as novas sete maravilhas do mundo).

Este achado parece indicar que o complexo religioso de Stonehenge era na realidade mais amplo do que parecia.

Parece indicar também que o Povo que o pôs de pé era especialmente amigo de festas e reunia-se regularmente para realizar festivais.

Aparentemente, esta nova descoberta vem enriquecer a ideia que os estudiosos tinham a respeito das suas eventuais funções. Costuma-se pensar que Stonehenge seria ao mesmo tempo um vasto cemitério e um observatório astronómico usado para antigas cerimónias solsticiais. É composto de círculos concênctricos de pedras maciças, algumas pesando cerca de cinquenta toneladas, rodeadas por um banco de terra e por um poço. Algumas delas parecem ter sido trazidas de Gales, a cento e cinquenta milhas de distância. A estrutura terá sido construída mais ou menos na época em que no Egipto se fazia a pirâmide de Gizé.

Stonehenge seria um centro religioso onde se realizavam solenes cerimónias do meio do Inverno antes de mandar os mortos para sua viagem no mundo além túmulo. Está alinhado com o nascer do Sol no Solstício de Inverno e com o pôr do Sol no Solstício de Verão. Aí perto, o sítio agora descoberto, o de Durrington Wall, que tem também um «henge», está orientado de modo inverso, o que parece indicar uma função de complementaridade com Stonehenge, ou seja, aí as pedras estão alinhadas com o nascer do Sol no Solstício de Inverno e com o pôr do Sol no Solstício de Verão.

As casas do novo sítio arqueológico são quadradas, relativamente pequenas e têm ao centro uma lareira, de forma oval e escavada no solo.
São também muito semelhantes às do norte da Escócia, as quais terão sido construídas em pedra porque a terra tinha por alguma razão perdido o seu arvoredo.
Muitos dos ossos de animais aí encontrados foram deitados fora ainda com bastante carne por comer, o que pode indicar que este povo vivia em clima de abundância e festejos, com competições de tiro ao arco (como sugerem as pontas de seta mergulhadas em carne de porco).

As pessoas mais importantes enterradas neste complexo eram cremadas. As outras eram inumadas. (O mesmo se passava entre os antigos Escandinavos - os falecidos nobres eram incinerados para deste modo ascenderem mais facilmente à celestial morada de Odin, o Valhala, enquanto os cadáveres das pessoas comuns eram enterrados para mais facilmente descerem Hela, a Deusa do mundo dos mortos nórdico).

E há muito mais para ler no artigo... especulações, basicamente, mas especulações elaboradas com bases em achados concretos, da autoria de especialistas na matéria...


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* «Cromeleque» vem de «cromlech», termo cunhado no século XIX para descrever estas estranhas e colossais estruturas pétreas. A língua usada para fabricar o novo termo foi o idioma céltico britónico (comum a Gales, à Cornualha e à Bretanha do noroeste de França), uma vez que nessa altura chegou-se a pensar que os megálitos tinham sido construídos pelos povos célticos. Actualmente, é já sabido por qualquer estudante ou curioso do tema que este tipo de edificações pré-históricas precedem a vinda das primeiras imigrações célticas; todavia, no moderno imaginário popular, tais estrutuas continuam a ser associadas aos Druidas (classe sacerdotal céltica), especialmente Stonehenge, tanto que este local continua a ser frequentado por neo-druidas e outros neo-pagãos.

As designações clássicas, já desactualizadas entre os arqueólogos, são:
- Cromlech vem de «Crom», «Curco» + «Lech», pedra lisa. Um cromlech é uma espécie de círculo de mesas de pedra.
- Dolmen vem de «Dol», «Mesa» e «Men», «Pedra». Um dolmen é composto de duas pedras colocadas na vertical e uma posta na horizontal, sobre as outras duas. Parece ser um monumento funerário.
- Menhir vem de «Men», «Pedra» e «Hir», comprido. Consiste numa pedra comprida enfiada verticalmente na terra, tendo assim um aspecto fálico. Pode ter a ver com o culto da fertilidade.

Entretanto, formou-se nova designação para monumentos semelhantes a Stonehenge, que é «Henge».
Quanto ao topónimo «Stonehenge», foi criado com o Inglês Antigo (língua antepassada do moderno Inglês, como é bom de ver). «Stone» é «Pedra» e «Henge» tanto pode ser «Dobradiça» como pode ser «Forca». É de qualquer modo curioso verificar que «Stonehenge» parece ter em Portugal um exacto equivalente linguístico, que é Carenque, palavra na qual a partícula «Car» é de origem céltica e designa precisamente o mesmo que «stone», isto é, «Pedra».

De notar que Portugal conta com uma rica cultura megalítica, umadas maiores e mais antigas da Europa, como se pode ver a partir daqui.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Camarada Caturo, o link da noticia não está bem direccionado.

Saudações Identitárias.

8 de fevereiro de 2007 às 12:04:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O documento que segue é a transcrição de um editorial da edição clandestina portuguesa do Jornal «Avante!» - Órgão do Partido Comunista (4ª Semana de Novembro de 1937) Editorial
Resposta da Direcção
PORQUE É PROIBIDO O ABORTO NA URRS?
Damos imediata resposta a esta pergunta, formulada por algumas operárias do Barreiro. O aborto é um acto inteiramente anormal e perigoso, que tem roubado não poucas vidas e tem feito murchar não poucas juventudes. O aborto é um mal terrível. Mas, na sociedade capitalista, o aborto é um mal necessário, inevitável, benfazejo até. Na sociedade capitalista um filho significa, para os trabalhadores, mais uma fonte de privações, de tristezas e de ameaças. Quem tem filhos — diz-se — tem cadilhos. Pode-se imaginar algo mais doloroso que uma família de operários obrigados a sustentar, dos seus miseráveis salários, 5 ou 6 filhos? É a fome, o raquitismo, a tuberculose, a tristeza da vida, vivida em promiscuidade. E que futuro espera essas crianças? Serem uns desgraçados… como dizem as nossas mulheres. Por isso a mulher do [?] capitalista é obrigada a sacrificar o doce sentimento da maternidade , é obrigada a recorrer, tantas vezes com o coração sangrando, ao aborto. Por isso, a proibição do aborto, na sociedade capitalista, é uma hipocrisia e uma brutalidade. Na URSS, a situação é tão diferente como é diferente a noite do dia. Na URSS não há desemprego, não há miséria; há abundância de produtos. Tanto a mulher como o homem recebem salários que satisfazem as necessidades. A mulher grávida tem 4 meses de férias durante o período da gravidez, com os salários pagos. Há maternidades, creches, jardins de infância e escolas por toda a parte. O Governo soviético dá prémios que vão até 5 mil rublos para as mães que tenham mais de 5 filhos, etc. Ser mamã é uma das maiores aspirações das jovens soviéticas. ?E onde há uma esposa que não quisesse ser mamã sabendo que o mundo floria para acolher o seu menino? Sabendo que o seu filho não seria um desgraçado mas um cidadão livre da grande República do Socialismo? A criança, na URSS, deixou de ser um motivo de preocupações, para se tornar numa fonte luminosa de alegria e de felicidade. O aborto perdeu portanto a sua única justificação; tornou-se desnecessário. Por isso, o Governo Soviético resolveu propor ao povo trabalhador, a abolição da liberdade de praticar o aborto — liberdade essa concedida a título provisório, nos primeiros tempos da República Soviética quando esta gemia sob o peso da fome e da peste, ocasionadas pela guerra e pela contra revolução capitalista. Depois de discutirem amplamente a lei proposta pelo Governo Soviético, as mulheres e todo o povo trabalhador aprovaram essa lei que correspondia inteiramente às condições de existência livre e feliz que gozam os que trabalham na grande Pátria do Socialismo triunfante. .
FAC-SIMILE DO jornal AVANTE! (4.ª semana de Novembro de 1937)

8 de fevereiro de 2007 às 13:23:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Na URSS não há desemprego, não há miséria; há abundância de produtos.

as filas não eram para o pão, eram o desporto nacional.

8 de fevereiro de 2007 às 13:48:00 WET  
Blogger Caturo said...

O link está agora operacional, camarada anónimo.

Saudações Nacionais

8 de fevereiro de 2007 às 14:26:00 WET  
Blogger Vera said...

Na URSS não é permitido o aborto? Quem é que escreveu isso????

E os 10 milhões que morreram à fome? Também foi culpa dos judeus (é mais forte que eu...)?

A URSS foi o primeiro país a liberalizar o aborto...segundo li.

8 de fevereiro de 2007 às 19:14:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Vem conhecer a alternativa Portugal.Zona livre de drogas.

8 de fevereiro de 2007 às 22:47:00 WET  

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