segunda-feira, janeiro 29, 2007

FILME - THE WICKER MAN



Fui finalmente ver a por mim tão aguardada nova versão do clássico de culto «The Wicker Man». Em Portugal, recebeu o título de «O Escolhido».

O «The Wicker Man», praticamente desconhecido em Portugal, tem uma legião de fãs no mundo anglo-saxónico. É também o meu filme favorito. Vi-o no ano de 1990, em vídeo, e muito me agradou, pois que já nessa altura me considerava um convicto adorador das antigas Deidades do Ocidente.

Uma das bizarras e belas cenas do filme original
Filme inglês realizado nos primórdios dos anos setenta, conta, em ambiente de suspense e tensão crescente, a história dum polícia típico, homem de sólida formação moral e cristã, que se desloca a uma ilha sita ao largo do norte da Escócia, nas Hébridas, onde a população, pouco hospitaleira, permanece fechada perante o mundo, preservando escrupulosamente os seus costumes ancestrais - incluindo a religião céltica do culto aos antigos Deuses Goidélicos (comuns à Irlanda e à Escócia). Há um crescendo de hostilidade entre, por um lado, o representante da autoridade, de espírito ora positivista ora beato e com os pés bem assentes na terra, e, por outro, a população local, cujas ideias e costumes atingem por vezes uma bizarria folclórica que o agente inglês considera chocante.

Recentemente, os Norte-Americanos resolveram fazer a sua «remake» desta épica e exemplar película. Só que com as suas adaptaçõezitas, claro...
Para começar, ao saber que a acção se passava numa ilha do Oceano Pacífico, fiquei logo de pé atrás. Basta-me ler «Oceano Pacífico» para ficar de imediato enjoado. Vem-me à mente uma chusma de «Américas» sorridentes com camisas pejadas de flores, daquelas havaianas, a dançarem freneticamente e/ou a fazerem o seu «karaoke» de alguma mega-seca de blues ou coisa similar, e a salganharem em barda. Pensei e escrevi - mas porque raio de caralho é que os Ianques têm de abastardar tudo aquilo em que tocam, é mistério para o qual nunca obtive resposta satisfatória. Só sei que não tem conta o número de vezes que agradeci às Parcas pelo facto de «O Senhor dos Anéis» não ter sido feito por um Spielberg ou por qualquer outro americano desse estilo.

Ora, indo ver o filme com «ela fisgada», acabei por ficar agradavelmente surpreendido. O trabalho não é tão mau como se poderia imaginar (e como alguns norte-Americanos o pintaram). A princípio afigura-se deprimente que a acção se passe numa ilha do Pacífico e não no brumoso setentrião da Escócia, tão romântica e fabulosamente exaltado por Júlio Verne em «O Raio Verde». Há todavia que dar o desconto, visto que os Norte-Americanos têm fatalmente de reduzir o mundo a si próprios, porque, para grande parte dos Ianques, senão mesmo para a esmagadora maioria, o mundo é a «América» (logo no uso desta palavra já se observa um abusivo centralismo, dado que o continente americano não se resume aos EUA) e o resto do planeta é «arredores» ou assim. Por conseguinte, para que a película pudesse levar às cadeiras das salas de cinema bastos milhões de toneladas de banha McDonalds, os autores da coisa tinham de situar a acção tão perto dos EUA quanto possível.

Enfim, a justificação para tal transferência intercontinental surge a meio deste novo filme e até está bem gizada - era a que eu esperava: uma população de pagãos das ilhas britânicas fugiu para o Novo Mundo, por causa da perseguição cristã de que era vítima; mas, ao chegar à costa leste da América, esta gente constatou que a perseguição continuava, pelo que resolveu dar prosseguimento à sua caminhada para ocidente, atravessando o território norte-americano duma ponta à outra e acabando por se fixar numa ilha suficientemente longe da costa oeste para que a sua gente pudesse aí viver quase por completo isolada do resto do mundo (tal como os Amish, que, esses sim, existem mesmo e nem sequer precisam de viver numa ilha para se afastarem por completo do sociedade actual).

Outra diferença entre o original inglês e o remake americano é a frequência da nudez feminina no primeiro e a sua total ausência no segundo, o que pode ter a ver com o puritanismo norte-americano.
Mas o facto de na versão britânica haver uma muito maior diversidade de costumes e abundante música «folk», dando à versão ianque um aspecto pobre por comparação, não parece explicada por nenhuma característica específica dos Norte-Americanos.

Ainda outra diferença notória entre o filme norte-americano e a obra original prende-se com a nomeação da Divindade. Pode este pormenor parecer de somenos importância para avaliar o significado da mensagem transmitida, mas na verdade passa-se precisamente o contrário - é, de facto, essencial para compreender o que sucede na versão feita em terras do Tio Sam.

Assim, no filme inglês, o original, a Divindade invocada pelos aldeãos é Nuada. Chamam-Lhe «Nuada, Deus-Sol», o que constitui, aparentemente, uma incorrecção, pois que Nuada é, pelo que se sabe, um(o) Deus da Soberania, da Justiça, da Distribuição, das Batalhas, do Céu também, e nada Nele indica qualquer relação com o Sol. O carácter solar que esta primeira película Lhe atribui deriva provavelmente da ideia, muito disseminada, inclusivamente em círculos académicos, de que a principal Deidade dos povos antigos, Celtas incluídos, era o Sol. Actualmente, percebe-se que tal não seria verdade, pelo menos no que toca às estirpes de raíz indo-europeia. Citando Pierre Levêque, em «Os Indo-Europeus e os Semitas»,
O Sol não parece ter sido um Deus importante entre os Indo-Europeus (o que de facto não é nem na Grécia, nem entre os Germanos, os Latinos, os Celtas, os Indianos, os Bálticos... No Irão, ganha importância devido ao facto de ser aproximado de Mitra, tal como mais tarde na Grécia o culto de Apolo se solariza), mas desempenha um papel muito grande no simbolismo(...). (Fim de citação).

Nuada, o Deus do Braço de Prata, seria pois uma Deidade da Justiça e particularmente da Guerra, assimilável a outro Deus irlandês, Net ou Neit, que por Sua vez é provavelmente o mesmo que o celtibérico Neton (e há em Conímbriga uma inscrição dedicada a um Netus, que deve ser o mesmo; na Lusitânia espanhola encontrou-se entretanto uma ara consagrada a um Netoni).

Ora na versão americana, a Grande Divindade identificada e nomeada é a chamada «Deusa-Mãe». A sacerdotisa refere-se durante o ritual aos «Deuses e Deusas», mas mais nenhum teónimo ou designação particular aflora - e a Deusa-Mãe parece reinar suprema. Tal primazia do Divino feminino reflecte-se na estrutura social da população da ilha, visto que, aí, as mulheres controlam por completo a vida espiritual, política e social, enquanto os homens parecem reduzidos ao papel de procriadores.


Há quem garanta a ausência de base científica para afirmar, como alguns renomados académicos fizeram em tempos, que tenha alguma vez existido na Europa uma sociedade matriarcal assim dirigida. Quanto aos Celtas em particular, eram seguramente patriarcais, mesmo que a Mulher tivesse na sociedade céltica muito mais importância e poder do que tinha na Grécia, em Roma ou em qualquer outra civilização do mundo antigo. O texto antigo que se considera hoje mais fidedigno na descrição dos povos célticos e da sua religião é o «De Bello Gallico» («A Guerra das Gálias») de autoria de Júlio César. César apresenta uma sociedade fortemente controlada pelo pai de família; e, no que toca ao Panteão, o militar romano nomeia as cinco Divindades que a seu ver são as mais importantes para os povos célticos, dando-Lhes contudo nomes romanos (a chamada «interpretação romana»): Mercúrio, Júpiter, Marte, Apolo e Minerva. Nenhuma destas Potências Divinas tem função matriarcal, como é óbvio para quem saiba o mínimo de Mitologia.

Não obstante, outro autor romano, ligeiramente posterior a César, Tácito de seu nome, assinala na sua obra «A Germânia», a relevância central que o culto da «Mãe dos Deuses» tem no seio dos Suevos (povo germânico), e falo aqui neste caso porque, segundo o mesmo autor, pelo menos uma das tribos suévicas assemelha-se pelo idioma aos Bretões (Celtas) - Tácito chega entretanto a afirmar que uma tribo das tribos suévicas, os Sítones, obedece a uma mulher.

Independentemente da solidez das bases historiográficas dos autores do versão norte-americana, o que é facto é que no caso da nova filmagem do «Wicker Man» agarrou-se numa história sobre aldeãos pagãos celtas e produziu-se uma história de pagãs feministas. Tal câmbio deve-se porventura a uma vontade de agradar ao público norte-americano deste tipo de ficção, que será composto, ora de mulheres, ora de liberais com forte pendor para a Wicca (Religião da Deusa) e para o «New Age», subcultura mística especialmente consumida por um público feminino.


De qualquer modo, vale a pena dar uma vista de olhos ao filme, quanto mais não seja porque conta com um colectivo feminino muitíssimo agradável de se contemplar, particularmente a actriz Molly Parker no papel de «Irmã Rose», professora primária; e também Leelee Sobieski, fazendo de «Irmã Honey» - qualquer delas exibe aquela aura de quase divina distância e álgida mas elegante altivez muito típicas das mulheres do tipo físico norte-europeu. Há nos seus semblantes, especialmente no relampejo do seu olhar e nos seus sorrisos sarcásticos, algo de terrivelmente numinoso, um laivo do chamado «tremendum», conforme diria Rudolf Otto no seu clássico «Das Heilige» ou «O Sagrado», obra já antiga mas ainda assim de referência obrigatória em Antropologia e em História das Religiões.


O final do filme é inteligentemente imprevisível e quase apoteótico - o epílogo, embora atire para o lugar-comum, encaixa bem.

Espero, de qualquer modo, que alguém em Portugal aproveite a deixa para lançar no mercado do DVD, ou até exibir na televisão, o original inglês. Para quem quiser ter uma ideia, aqui fica um excerto da parte final (para além da foto acima). Desde já deixo claro que não apoio sacrifícios humanos (excepto aqueles nos quais os sacrificados fossem criminosos, traidores, enfim...). E os gritos dos animais dentro do boneco de palha são realmente revoltantes, tanto como na matança do porco.

A respeito do «Wicker Man« ou «Homem de Palha» em si, trata-se de um elemento religioso cuja existência entre os antigos Celtas aparece documentada apenas numa das fontes clássicas - em «De Bello Gallico», César informa que os Druidas (sacerdotes) costumavam erigir um enorme boneco de palha no interior do qual queimavam criminosos como oferenda aos Deuses (porque os Deuses gostavam mais deste tipo de vítimas), embora sacrificassem inocentes quando não havia criminosos. Pensa-se que o Deus ao qual Se sacrificava o «homem de palha» era Taranis, Deus do Trovão, isto porque, de acordo com o autor clássico Lucano, a Taranis (teónimo proveniente da palavra gaulesa «Taran» que significa «Trovão») ofereciam-Se sacrifícios humanos por meio do fogo.
A maior parte dos actuais celtólogos, porém, considera que houve aqui um tendenciosismo da parte do romano, o qual disseminava deste modo um boato infundado porque tinha todo o interesse em representar os Celtas Gauleses como povo sanguinário que merecia ser conquistado e colonizado pela cultura romana.


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P.S.: Além do mais, não é todos os dias que se consegue ver um filme no qual não aparece um só negro.

17 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caturo, dá lá atua opinião sobre o aborto. Que diabo, estamos a 15 dias do referendo! O Povo quer saber o que pensas, homem!!!

29 de janeiro de 2007 às 23:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

ainda não vi esta nova versão, mas pelo pouco que vi cheira-me que não há nada como o original :-D

-Sara

30 de janeiro de 2007 às 00:51:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

vou ver logo que possa!

30 de janeiro de 2007 às 00:52:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Psico Kid o amante de negros.

30 de janeiro de 2007 às 11:00:00 WET  
Blogger Caturo said...

Apoias os sacríficios humanos quando são criminosos e traidores?

Porque não? É o mesmo que aprovar a pena de morte, mas juntando o «útil ao agradável», por assim dizer.



Mas diz-me uma coisa, que tipo de sacrifício humano defendes para estas gentes? Arrancar os corações? Mete-los num boneco de palha?

Algo que se decidiria a seu tempo... mas que estranho, estás tão preocupado... sentiste-te picado?... :)



>> Pensei e escrevi - mas porque raio de caralho é que os Ianques têm de abastardar tudo aquilo...

Raio de caralho? Sempre com muita classe, Caturo.

Sim, eu sei. Embora não sejas propriamente a pessoa mais indicada para avaliar a classe seja de quem for, visto que não tens nenhuma.



>> Além do mais, não é todos os dias que se consegue ver um filme no qual não aparece um só negro.

Mais uma vitória da escumalha nazioracista.

Mais uma irritação da infra-humanidade antirra - isto é sempre agradável.

30 de janeiro de 2007 às 11:17:00 WET  
Blogger Caturo said...

>> Mais uma irritação da infra-humanidade antirra - isto é sempre agradável.

Quando vejo filmes, não ando a contar o número de pessoas de raça diferente. Isto não é racialismo, é simplesmente a doença do racismo primario

Não - é simplesmente uma questão de gosto. Quando se vai ao cinema ver certos filmes, aprecia-se ter pela frente belas imagens, sem nada a estragar o tipo de estética que se procura. Aí está um dos motivos pelos quais a trilogia do «Senhor dos Anéis» tem tanto valor. Claro que houve quem dela não gostasse, e a acusasse de racismo, sendo que a ausência de personagens de raça negra muito contribuiu para tal «denúncia».

É também estar farto de ter de gramar com imagens de gente de raça negra em tudo quanto é filme de grande divulgação, sabendo-se que nalguns casos até há problemas «sociais» quando não se encontra um africano em parte nenhuma da película, sendo por isso que, por exemplo, os últimos filmes da saga «Guerra nas Estrelas» arranjaram um jedi negro.

Além disso, dizer estas coisas é sempre bom para irritar a súcia antirra como tu. Ajuda-nos a ter um soninho descansado, sabendo que andamos a cumprir o nosso dever.

É aliás uma boa maneira de detectar um rasca antirra - se ele estiver calado e for desconhecido, a maneira de descobrir que duma besta como tu se trata é mandar uma destas. Acusa logo o toque, é matemático...

Não me metem pena. Metem-me é nojo.

30 de janeiro de 2007 às 15:48:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

nao foram os suevos que se estabeleceram no norte de portugal e formaram o reino da galecia? alguem me pode confirmar?

e os visigodos estabeleceram-se na lusitania, é assim não é?

Thorpe

30 de janeiro de 2007 às 19:25:00 WET  
Blogger Caturo said...

Correcto.

Os Visigodos já vieram cristianizados, mas os Suevos, quando chegaram e estabeleceram o seu reino, eram ainda pagãos. O primeiro rei suevo do noroeste ibérico, Hermerico, morreu pagão.

30 de janeiro de 2007 às 19:39:00 WET  
Blogger Caturo said...

Já agora, os Visigodos estabeleceram-se em toda a Ibéria. Na Lusitânia propriamente dita tinham estado os Alanos (de origem irânica), mas estes seguiram depois com os Vândalos para o norte de África, embora alguns deles tenham certamente ficado na Lusitânia e sido absorvidos pelas populações locais.

30 de janeiro de 2007 às 19:41:00 WET  
Blogger Caturo said...

Coitado, tenho pena que a presença de um jedi negro

Curioso que nem tiveste nada a dizer do facto dos teus amiguinhos negros ficarem ofendidos por não haver negros num filme de acção importante... para ti é natural proceder dessa maneira, claro, foste educado assim, ou não fosses tu um lacaio da Nova Inquisição.



>> Não me metem pena. Metem-me é nojo.

Não esperava outra coisa

Óptimo.


Pena é um sentimento nós temos de vocês

Não, rapaz, não é. Eu explico-te: a vossa «pena», escreve-se «pena» mas lê-se «cagaço e rancor impotente», é assim que se lê. :)

Porque isso de estar a dizer «ai, nós temos é pena de vocês», é realmente conversa de petiz ranhoso, raivoso e choroso mas incapaz de se vingar dos «maus». E então, como não lhes pode bater, diz que... tem «pena» deles... :)



Mas nojo vem de quem já apanhou e continuar a apanhar da sociedade e do sistema

Não - nojo vem de quem olha para vocês e, tendo ainda um sentido de honra, não pode deixar de sentir viva repugnância por tudo aquilo que vocês representam, por aquilo em que os vossos donos vos transformaram depois de vos castrarem, vos «lavarem» o cérebro e vos extraírem cirurgicamente a coluna vertebral, pondo-vos a rastejar às suas ordens.

E continuará a ser assim, enquanto vocês tiverem influência política - continuarão a meter nojo, porque tal forma de ser faz parte inerente da vossa súcia.

30 de janeiro de 2007 às 19:48:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O ciscokid não é um traidor nem à raça branca, Nem ao continente europeu. Para quem ainda não reparou, O cagaço do ciscokid está precisamente relacionado ao facto dele ser preto...

30 de janeiro de 2007 às 20:41:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

cisco o Caturo nao é racista por nao gostar de ver pretos metidos À força e sem cabimento em certos filmes, filmes que nao tem sentido estarem pretos.
Em filmes de historia europeia da idade media como por ex senhor dos aneis nao tem sentido entrarem pretos, e o que acontece é que muitas vezes fazem força para manipular a historia so para entrar um pretinho e isso é ridiculo.

Eu então ponho-te ao contrario.
Os negros querem fazer filmes da sua historia, do seu passado em que nao havia brancos nenhums no seu territorio.
Ja viste o que era agora os brancos andarem a protestar e meterem brancos à força num filme onde nao tem sentido entrar um branco??
Muitos pretos nao iam concordar com essa posiçao de meter brancos à força. Segundo tu, por eles nao concordarem sao racistas, ja que dizes que o caturo é racista por nao concordar que sejam metidos pretos à força em filmes.

E Star Wars foi um filme realizado por um americano de ascendencia europeia, ele estava no pleno direito de nao querer meter pretos no filme, assim como qualquer preto que faça um filme futurista esta no pleno direito de apenas meter pretos no filme. Ninguem tem de mandar vir a dizer que tem de meter um branco.

Portanto isto nao tem nada a ver com racismo, nada mas mesmo nada. Ninguem gosta que certas coisas sejam obrigadas a acontecer.

Thorpe

31 de janeiro de 2007 às 02:56:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

hmm obrigado pela informaçao Caturo.

ja agora podes-me dizer porque é que esse reino galaico formado pelos suevos se desmembrou e uma parte ficou para espanha e outra ficou independente?
porque é que portugal nasceu sem a Galiza?


e ja agora quando os visigodos e suevos chegaram à peninsula tiveram de lutar contra os nativos iberos para se estabelecerem e formar os seus reinos ou foi tudo aceite com paz?
geralmente so se ouve falar da guerra lusitana contra roma e nunca contra os visigodos

31 de janeiro de 2007 às 03:02:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

A mensagem anterior é minha

Thorpe

31 de janeiro de 2007 às 03:03:00 WET  
Blogger Caturo said...

E continuo a não dizer nada sobre o assunto

Então informa-te. O negro Samuel Jackson apareceu a representar o papel de Mace Windu depois dum grupo de negros norte-americano ter protestado contra o facto de não haver heróis negros na saga. (Fonte: revista do Expresso).
Sobre as acusações de racismo contra a saga, ler
http://www.intellectualconservative.com/article1022.html



>> Eu explico-te: a vossa «pena», escreve-se «pena» mas lê-se «cagaço e rancor impotente», é assim que se lê.

Só se «cagaço e rancor impotente» significa agora ter dó de pobres coitados

Não, significa mesmo «cagaço e rancor impotente» infantilmente disfarçado de «pena». Ao contrário do que sucede com a vossa laia, a minha linguagem não precisa de ser traduzida.


com problemas afectivos e sociais

E, a completar a auto-caricatura do antirra típico, cá está a «boca» feita de psicologia baratinha e pretensamente «fróidiana», atitude muito típica da gentalha antifa. Claro que, entretanto, não sabes ao certo se Freud é o defesa-direito do Real Madrid ou o guarda-redes do Dínamo de Moscovo. :)



>> não pode deixar de sentir viva repugnância por tudo aquilo que vocês representam

E ainda mais que não podes fazer absolutamente nada

Já faço - e se aquilo que eu e outros fazem não te assustasse, nem sequer andavas aqui a dizer imbecilidades, a querer lançar a dúvida sobre a integridade do blogue e, claro, a comeres com o tiro pela culatra, porque afinal és sempre tu quem acaba desmascarado e argumentativamente batido. :)

31 de janeiro de 2007 às 03:21:00 WET  
Blogger Caturo said...

ja agora podes-me dizer porque é que esse reino galaico formado pelos suevos se desmembrou

Foi vencido e conquistado pelos Visigodos. Assim, toda a Península Ibérica ficou sob domínio visigótico.


porque é que portugal nasceu sem a Galiza?

Porque se formou, no seio do reino da Galiza, o Condado Portucalense. E os nobres do Condado Portucalense queriam ser livres do poder castelhano, que nessa altura controlava mais solidamente a Galiza do que Portucale.



e ja agora quando os visigodos e suevos chegaram à peninsula tiveram de lutar contra os nativos iberos para se estabelecerem e formar os seus reinos ou foi tudo aceite com paz?

Trata-se duma história que ainda está por contar... mas, pelo que se sabe, os Suevos submeteram os Galaico-Romanos, o que pode significar que houve ali uma inimizade e uma rivalidade entre os invasores germânicos e os indígenas romanizados (fusão hispano-romana). De qualquer modo, os Suevos e os Visigodos, embora constituíssem as classes dirigentes a princípio, acabaram por ser absorvidos pelos Hispano-Romanos, visto que os seus idiomas desapareceram, absorvidos pelas línguas latinas da Península Ibérica. Os Visigodos, de qualquer modo, ficaram para a posteridade como símbolo da independência e da força ibérica, visto que ainda na Idade Média tanto os aristocratas portugueses como os aristocratas castelhanos reivindicavam por vezes uma ascendência visigótica, como forma de legitimar o seu domínio sobre as terras ibéricas (porque, antes da invasão norte-africana, toda a Ibéria estava debaixo do poder visigótico).

31 de janeiro de 2007 às 03:30:00 WET  
Blogger Caturo said...

Muito bem para ele. É que se a associação dos wookiees conseguiu que Chewbacca aparecesse na saga - e repara são uma especie extra-terrestre,

Pois, mas esse já aparecia desde o princípio... porque é que os negros tinham de aparecer também? Ou será que, para ti, wookies ou negros vai tudo dar ao mesmo?


>> Ao contrário do que sucede com a vossa laia, a minha linguagem não precisa de ser traduzida.

Ou levada a sério.

Mas é levada a sério, e especialmente temida, ou então não andavas aqui a querer desacreditá-la, porque ninguém perde tempo a desacreditar o que não é levado a sério; e, de facto, a linguagem que uso é levada a sério, por mais que tentes o contrário de todas as vezes em que és batido, como aconteceu agora mesmo com o caso dos negros com inveja dos wookies... :)


>> Já faço

Não interessa o que tu fazes

Interessa, interessa. Por te interessar é que andas aqui. :)


O que interessa são os resultados. E isto, não há nada

Há sim. Para começar, há a irritação impotente de escumalha como tu e o esmagamento sistemático de cada um dos vossos «argumentos», sem escapar nenhum. É obra :)


> a querer lançar a dúvida sobre a integridade do blogue

Faço porque posso

Tanto não podes que não fazes. Porque, de facto, «o que interessa são os resultados. E isto, não há nada.» :) :) :)



> e, claro, a comeres com o tiro pela culatra, porque afinal és sempre tu quem acaba desmascarado e argumentativamente batido. :)

Porque é que tens de por legendas?

Para tu perceberes. Já que aqui não se pode fazer desenhos... :)


Se me tivesses batido no que quer que seja, não estarias a dizer explicitamente tal coisa vezes sem conta

O argumento volta-se contra ti - porque tu é que vieste dizer que eu não fazia absolutamente nada. Portanto, regista bem: se eu não fizesse o que quer que fosse, não estarias a dizer explicitamente que eu não fazia nada vezes sem conta, pois seria evidente, certo? :) :) :)

5 de fevereiro de 2007 às 03:24:00 WET  

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