domingo, agosto 14, 2005

ASSASSÍNIO COMETIDO POR MÃO BRASUCA

Taxista estreante assassinado à facada

Vítor Silva, de 54 anos, pai de quatro filhos, taxista há apenas uma semana, foi ontem assassinado com, pelo menos, dez facadas no peito e abdómen.
Os autores do crime terão sido recolhidos pela vítima junto à estação da CP de Monte Abraão/Queluz. O móvel 56 foi até ao Alto de Colaride, na Agualva, e o motorista de praça aí assassinado.
A PJ investiga, debruçando-se, para já, sobre a possibilidade de o homicídio ter sido praticado após um roubo. À cabeça da lista de suspeitos estão dois ou três indivíduos, ao que tudo indica brasileiros.
O percurso de Vítor Silva, desde que saiu de casa, até ser morto, ainda não foi traçado com pormenor. No entanto, acredita-se que terá feito um serviço em Belas. Depois disso, o taxista estacionou o Mercedes de serviço na praça de táxis da estação da CP de Monte Abraão/Queluz.
Jorge Fernandes, presidente da Taxintra, cooperativa a que estava associada a viatura conduzida por Vítor – o móvel 56 –, referiu ao CM que o carro terá chegado à praça “entre as 22h30 e as 22h45”.
“Estavam poucos táxis. Os colegas contam que ele arrancou com dois ou três clientes, e que lhes pareceu que tivessem pronúncia brasileira”, disse um taxista, que pediu anonimato. Os momentos que se seguiram estão agora a ser investigados pelos Homicídios da PJ. No entanto, uma coisa parece certa. “O Vítor Silva foi direccionado para um ermo”, acrescentou o presidente da Taxintra.
Trata-se de uma zona industrial, no Alto de Colaride, na Agualva. Aqui, algures entre as 23h30 e as 00h00, Vítor Silva foi esfaqueado várias vezes na parte frontal do tronco, com pelo menos dez golpes a dilacerarem-lhe o peito e o abdómen.
Antes de fugirem, os suspeitos roubaram um telemóvel e alguns trocos, feitos por Vítor Silva ao longo das poucas horas de trabalho. Um homem, que passou de carro na zona, denunciou o macabro achado à PSP. Os bombeiros recolheram o cadáver do taxista, envolto em sangue.
Vítor Silva deixa viúva e quatro filhos. Florbela Mendes, mãe de dois dos filhos do taxista assassinado, está desempregada. “Não sei como vai ser o meu futuro. Vou ter de arranjar algo”, lamentou, em lágrimas.

1 Comments:

Blogger João said...

Vi a notícia passar na RTP, na SIC e na TVI. Em nenhum dos canais tiveram a decência de dizer que os suspeitos eram brasileiros.

14 de agosto de 2005 às 22:17:00 WEST  

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