SRI RAM SWARUP - UM VERDADEIRO ARIANO
Chamo a atenção dos bons europeus para a figura de Ram Swarup, o mais influente pensador hindu do século XX. Anti-comunista, anti-cristão, anti-islâmico, promoveu o orgulho pelas raizes hindus da sua nação árica.
A respeito da Europa, lançou um olhar crítico, mas construtivo (coisa rara, nos dias que correm) sobre o problema, mais do que falado, da crise de valores que afecta todo o ocidente. Nesse contexto, deixo aqui um magnífico trecho de uma entrevista que deu à revista belga «Antaios», em Junho de 1996:
O Renascimento pagão era para ontem. É necessário que a Europa cure a sua psique. Sob a Cristandade, a Europa aprendeu a rejeitar os seus ancestrais, o seu passado, o que não pode ser bom para o seu futuro. A Europa adoeceu porque se afastou da sua própria herança, o que significou uma negação das suas raízes. Se a Europa quiser ser curada espiritualmente, tem de recuperar a sua espiritualidade do passado: pelo menos, não a deve ter em tão grande desonra.
Há muito para os pensadores europeus fazerem. A tarefa não será fácil, e irá requerer décadas de fervorosa dedicação e imensa introspecção também. A Europa foi sujeita durante séculos a uma semitização espiritual sistemática. Não será missão fácil alterar esta situação. A Europa terá de redescobrir as suas antigas sensibilidades a respeito do seu povo, do seu ambiente, dos seus animais, da sua natureza.
Anteriormente, o Renascimento Europeu do século XVII foi incompleto. Foi uma restauração da literatura e das artes grega e romana sem os Deuses gregos e romanos. Se a Renascença tivesse tomado o seu curso pleno, também teria tomado consciência dos seus laços orientais, hindus, mas cedo foi abortada. De facto, começou um movimento oposto, um movimento anti-renascentista, na forma de Protestantismo, um movimento de «retorno à Bíblia», «retorno aos apóstolos».
Eu espero que o movimento neo-pagão compreenda a importância e a imensidão da sua missão. Em certos meios ocidentais, o Paganismo tem sido bem-vindo porque era suposto promover a sensualidade e o hedonismo, a liberdade sexual. Mas esses pagãos têm de perceber que os antigos filósofos pagãos eram grandes místicos e grandes moralistas, e o movimento pagão europeu terá de perceber o Paganismo desta maneira.
Acredito que o Hinduísmo tem um papel muito importante na auto-descoberta religiosa da humanidade, particularmente na Europa. A razão é simples. O Hinduísmo representa a mais antiga tradição ainda viva. Preservou no seu seio todo o passado espiritual da humanidade.
Para uma auto-recuperação, estes países (ocidentais) têm de reviver os seus antigos Deuses. Mas isto é uma tarefa que não pode ser feita mecanicamente. Eles têm de recapturar a consciência que se expressava na linguagem de muitos Deuses. Aqui, a Índia pode ajudá-los com a sua tradição do yoga. No meu livro, «A Palavra como Revelação: Nomes de Deuses», eu falei de uma forma de peregrinação: um retorno ao tempo dos Deuses. Entretanto, os estudiosos europeus podem fazer muito. Eles deviam escrever a história da Europa de um ponto de vista pagão, o que iria mostrar o quão perseguido foi o Paganismo. Eles deviam compilar um directório de templos pagãos destruídos, de santuários pagãos e locais pagãos que foram profanados. Os pagãos europeus deviam também reviver alguns destes sítios como locais de peregrinação.
Aqui, pode ler-se mais sobre o autor.
A respeito da Europa, lançou um olhar crítico, mas construtivo (coisa rara, nos dias que correm) sobre o problema, mais do que falado, da crise de valores que afecta todo o ocidente. Nesse contexto, deixo aqui um magnífico trecho de uma entrevista que deu à revista belga «Antaios», em Junho de 1996:
O Renascimento pagão era para ontem. É necessário que a Europa cure a sua psique. Sob a Cristandade, a Europa aprendeu a rejeitar os seus ancestrais, o seu passado, o que não pode ser bom para o seu futuro. A Europa adoeceu porque se afastou da sua própria herança, o que significou uma negação das suas raízes. Se a Europa quiser ser curada espiritualmente, tem de recuperar a sua espiritualidade do passado: pelo menos, não a deve ter em tão grande desonra.
Há muito para os pensadores europeus fazerem. A tarefa não será fácil, e irá requerer décadas de fervorosa dedicação e imensa introspecção também. A Europa foi sujeita durante séculos a uma semitização espiritual sistemática. Não será missão fácil alterar esta situação. A Europa terá de redescobrir as suas antigas sensibilidades a respeito do seu povo, do seu ambiente, dos seus animais, da sua natureza.
Anteriormente, o Renascimento Europeu do século XVII foi incompleto. Foi uma restauração da literatura e das artes grega e romana sem os Deuses gregos e romanos. Se a Renascença tivesse tomado o seu curso pleno, também teria tomado consciência dos seus laços orientais, hindus, mas cedo foi abortada. De facto, começou um movimento oposto, um movimento anti-renascentista, na forma de Protestantismo, um movimento de «retorno à Bíblia», «retorno aos apóstolos».
Eu espero que o movimento neo-pagão compreenda a importância e a imensidão da sua missão. Em certos meios ocidentais, o Paganismo tem sido bem-vindo porque era suposto promover a sensualidade e o hedonismo, a liberdade sexual. Mas esses pagãos têm de perceber que os antigos filósofos pagãos eram grandes místicos e grandes moralistas, e o movimento pagão europeu terá de perceber o Paganismo desta maneira.
Acredito que o Hinduísmo tem um papel muito importante na auto-descoberta religiosa da humanidade, particularmente na Europa. A razão é simples. O Hinduísmo representa a mais antiga tradição ainda viva. Preservou no seu seio todo o passado espiritual da humanidade.
Para uma auto-recuperação, estes países (ocidentais) têm de reviver os seus antigos Deuses. Mas isto é uma tarefa que não pode ser feita mecanicamente. Eles têm de recapturar a consciência que se expressava na linguagem de muitos Deuses. Aqui, a Índia pode ajudá-los com a sua tradição do yoga. No meu livro, «A Palavra como Revelação: Nomes de Deuses», eu falei de uma forma de peregrinação: um retorno ao tempo dos Deuses. Entretanto, os estudiosos europeus podem fazer muito. Eles deviam escrever a história da Europa de um ponto de vista pagão, o que iria mostrar o quão perseguido foi o Paganismo. Eles deviam compilar um directório de templos pagãos destruídos, de santuários pagãos e locais pagãos que foram profanados. Os pagãos europeus deviam também reviver alguns destes sítios como locais de peregrinação.
Aqui, pode ler-se mais sobre o autor.
6 Comments:
Ler também os interessantes textos de Savitri Devi - curiosamente, a primeira figura de relevo a negar o Holocausto.
http://library.flawlesslogic.com/hindu.htm
«Em certos meios ocidentais, o Paganismo tem sido bem-vindo porque era suposto promover a sensualidade e o hedonismo, a liberdade sexual. Mas esses pagãos têm de perceber que os antigos filósofos pagãos eram grandes místicos e grandes moralistas, e o movimento pagão europeu terá de perceber o Paganismo desta maneira.»
Então, o hedonismo é ok, ou não é ok?
NC
Boa pergunta, NC. Quanto a mim, é ok, porque, no Paganismo, há espaço para todas as tendências e modos do Ser. O que Ram Swarup quis dizer, creio, é que o Paganismo não conduz obrigatoriamente ao hedonismo, porque houve filósofos pagãos antigos que, sendo pagãos, não deixavam de ter uma forte moral, ascética, e é melhor que não se deixe descambar o Paganismo numa orgia colectiva... penso que é mais nessa linha que se inserem as suas palavras.
Mas, se não for, é pouco relevante. Felizmente, não há Papas no Paganismo e esses filósofos antigos nunca foram donos da fé, mas tão somente pagãos como outros quaisquer, sem nenhuma autoridade espiritual sobre os outros.
Nem tão pouco os anti ascetas eram Papas do Paganismo.
Sim, é óbvio que a afirmação de um ideal se deve fazer pela positiva, não pela negativa - pela exaltação de um Valor, não pela negação de outro.
"Quanto a mim, é ok..."
Quanto a mim, também :)
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