CONFIRMAÇÃO DE CRUZ RODRIGUES

No último artigo, o Dr. A.C.R. escreveu encómios ao Imperador e ao PMG, pois que só estes teriam comentado «como deve ser« o seu artigo a respeito do filme «Untergang».

Ora, sucede que, na leitura desse segundo artigo sobre a película a respeito de Hitler, não há nada de novo, nem um só esclarecimento que traga novidade, nada.

O único esclarecimento que trás, é, porventura contra a sua própria vontade, uma confirmação do que eu disse. Passo a citar as palavras exactas de A.C.R.:
«Por mim, só acrescentaria uma observação.

E é que, mesmo antes dos crimes de que Imperador fala, já o “nacionalismo” hitleriano era inaceitável, pelo seu racismo ideológico.»

(O destaque a grosso é meu).

Ora, para quem não conhece a linha de argumentação do líder da Aliança Nacional, convém lembrar que A.C.R. diz precisamente o mesmo a respeito dos pontos de vista que aqui exponho, raciais mas não racistas, diferentemente do que A.C.R. quer fazer crer.

Logo, salta à vista o seguinte: o que realmente incomoda mais A. C. R., não é o historial dos crimes atribuídos a Hitler (ou então, também condenaria a própria Igreja Católica), mas sim a doutrina racial propriamente dita.

É isso que mais inquieta os defensores do conservadorismo beato e Minho-Timor: a evocação da consciência étnica, porque esta se baseia numa outra escala de valores, inteiramente diversa, que afirma o verdadeiro Nacionalismo, incompatível com o Universalismo e a com a «Fraternidade obrigatória».