TROCAS DE IMPRESSÕES

Certo leitor internético brasileiro escreveu aos autores do blogue da Aliança Nacional a expressar a sua admiração pela linha ideológica aí seguida, num texto laudatório que ACR se apressou a publicar, demonstrando assim, amplamente, o seu sucesso além-mar, como sói dizer-se de um projecto tão Minho-Timor como o seu.

A carta até é gira e quase que parece escrita por um português, em certas passagens. E é especialmente gira porque fala de algo que supostamente diz respeito ao meio racialista nacional mas que eu não conheço de todo: diz o brasileiro que encontrou sites nacionalistas portugueses em que se «ficam a invocar Deuses nórdicos»?

Que sites nacionalistas portugueses é que ficam a invocar Deuses nórdicos?

Isso gostava eu de saber para com eles contactar... mas já sei que ACR não vai dignar-se a apontá-los (aparentemente, também os conhece), pois que é do seu interesse que os pagãos nacionalistas tenham o menor contacto entre si que for possível... é que, mesmo com a sua incansável vigilância de dedo em riste!, acusando e desmascarando os nacionalistas portugueses (isto é, os que defendem Portugal sem querer saber desse Eixo do Bem que é Minho-Timor sob a cruz de JC), mesmo assim, o P.N.R. lá vai crescendo, de votação em votação, duplicando os votos em certas regiões... que faria se ACR não existisse, então aí é que os votos no P.N.R., em vez de duplicar, quadruplicavam, quintiplicavam, quadruquintiaumentavam, numa palavra, seriam mais que as mães, e, assim, os nacionalistas autenticamente Portugueses já teriam tomado o País...

Diz ACR que Salazar travou as aspirações dos «ns portugueses do seu tempo». Mas... então afinal os actuais jovens «racistas» não importaram essa moda da Alemanha?... Então agora já há precedentes em Portugal para o nacionalismo etnicamente consciente?...

A verdade, mais tarde ou mais cedo, vem ao de cima e, assim, aquilo que ACR tanto quis esconder, acabou por ser confirmado... pela sua própria escrita...

Mas os nacionalistas-de-futuro nada têm a temer: cada século tem o seu Salazar e o do presente, é precisamente o Dr. António da Cruz Rodrigues. É Salazar no XX e ACR no XXI; é Salazar já no Céu, e ACR ainda à espera de para Lá ir, mas, de momento, na terra.

Longe vão os tempos em que ACR dizia, em reunião, a Múrias, algo como «Mas agora que o Império acabou, acha que vamos trazer o Império cá para dentro com a imigração?! Nem pensar nisso!»...