sexta-feira, dezembro 10, 2004

SOBRE A SUPOSTA «INCONSEQUÊNCIA»

Diz ACR que urge purificar o Nacionalismo de qualquer «preconceito racialista» antes das próximas eleições.

Mas urge porquê?

O que é que preocupa ACR?

O PNR, única força nacionalista que participa em eleições, não pode, devido à falta de liberdade vigente, afirmar um discurso racialista.

Então, porque é que ACR está tão incomodado?

ACR quer tão somente destruir o verdadeiro Nacionalismo - porque Nacionalismo sem consciência racial, pura e simplesmente não tem sentido - e julga que só o seu patriotismo cristão pode subsistir. ACR não gosta que os Portugueses tenham consciência racial, obstinando-se em fazer crer que o combate à imigração não pode ter motivações ditadas pelo sentido de Estirpe. Tal desprezo pelo apego natural à identidade, não augura nada de bom.

De qualquer modo, se, até agora, a sua doutrina não arregimentou jovens, se não motiva nada de sequer remotamente parecido com a FN, que, a julgar pela quantidade de referências que lhe faz, constitui para ACR um verdadeiro pesadelo - se o seu patriotismo cristão não produziu propriamente nada a não ser palavras em blogues e jantares, poder-se-á dizer que a culpa é do Nacionalismo autêntico?

É especialmente bizarro que ACR afirme tantas vezes que o projecto nacionalista autêntico é «inconsequente». «Inconsequente» significa «contrário à lógica».

Ora, quando é que ACR, ou qualquer outro ideólogo, conseguiu demonstrar, por uma vez que fosse, a falta de lógica do Nacionalismo autêntico?

ACR continua talvez a pensar que um rótulo aplicado produz automaticamente um resultado transformador da essência, como se o facto de ele chamar «inconsequente» a um ideal, fosse o suficiente para que esse ideal se tornasse inconsequente...

Enfim, se o ideal nacionalista fosse assim tão inconsequente, se a consciência racial fosse ilógica, então nenhum movimento portador de tal estandarte poderia alguma vez ter sucesso, parece-me.
Sendo assim, porque é que ACR está tão consternado?