terça-feira, novembro 23, 2004

PELO CARVALHO

Finalmente, os ambientalistas começam a falar da necessidade de preservar os carvalhos e de aumentar o seu número em território nacional. Afirmam que esta árvore é benéfica para a terra, além de fazer parte da «identidade nacional».

Pus «identidade nacional» entre aspas, para que a expressão não caia na vulgaridade por uso excessivo, mas, de facto, considero que a vegetação é realmente um elemento, conquanto secundário, da identidade pátria. É bom andar por terras de Portugal e ver árvores autenticamente europeias, e não as palmeiras do costume (tanto em Lisboa como até em Aveiro...), cuja presença maciça em solo luso descaracteriza a paisagem nacional.

Que retorne pois em força o carvalho, rei das florestas do Ocidente, consagrado, desde a noite dos tempos, aos Deuses do Céu - Júpiter, Zeus, Thor, Perkunas, Perun - escolhido, de entre todas, pelo Raio, e suporte, também noutros tempos, dos rituais sacerdotais ancestrais... o carvalho é pois, não um pilar da nossa identidade em si, mas sim um símbolo da mesma.