quinta-feira, novembro 18, 2004

O CERNE DO NACIONALISMO

Na terceira observação que faz às minhas mensagens, ACR acusa o meu pensamento de ser monolítico, por se centrar na Raça.
Neste caso, é preciso dizer que, antes de mais nada, ACR tenta reduzir aquilo que digo de um modo caricatural e simplista, não assente nas minhas palavras. Eu afirmo o valor incontornável da Raça, a par com a Etnia, a Família e, naturalmente, a Nação em si – numa palavra, a Estirpe. Ao nível da política, chama-se a isto Nacionalismo – e, daí, a promoção da Nação como entidade soberana. É a partir daqui que tudo deriva em termos políticos: soberania, preservação das tradições (folclore), do bem-estar do povo, da ordem, etc..
Isto parece, aos olhos de ACR, uma atitude racista, tão somente porque ACR é de tal modo partidário do universalismo cristão, que não pode aceitar, em momento algum, que a Raça seja vista como um elemento de crucial relevância na definição de qualquer ideologia política. Nesse aspecto, assemelha-se, não só em termos formais mas até em mentalidade (o anti-racismo universalista) aos ideólogos de extrema-esquerda.

E, por isso mesmo, o seu monolitismo consiste em pôr, no centro de tudo, o seu universalismo cristão, que usa a Nação como ferramenta para alcançar o seu intuito, nem que isso implique a diluição das raças, das etnias, enfim, da própria nação em si.

O meu modo de ver, concretiza-se numa afirmação de uma forma de ser que, em termos ideológicos, vive e deixa viver; a doutrina de ACR, pelo contrário, é totalitária, porque pretende subjugar toda uma Nação a uma ideologia universalista e igualitária, hostil à salvaguarda das identidades étnicas e raciais.

E, quando enaltece os feitos do passado português, ACR não tem outro intuito para além de querer por meio deles indicar a obrigatoriedade do caminho único a todo o português – como se todo o português estivesse fadado, à nascença, a ser universalista só porque os seus antepassados de determinada época empreenderam um movimento de expansão.
Nesse contexto, refere a Reconquista, quando antes só tinha falado nos Descobrimentos.
E porque o faz?
Eu tinha dito que, antes da Expansão iniciada no século XV, já Portugal tinha concretizado o seu maior feito, que foi o da sua própria criação e existência, contra o poder da Moirama. Acto contínuo, ACR tentou subjugar, com linguagem messiânica, a Reconquista aos Descobrimentos, na seguinte passagem:
«Mais do que possíveis: a Reconquista é de tal modo assombrosa e como que predestinada, que parecia já trazê-las no ventre como um desígnio que largamente ultrapassava o simples propósito reconquistador, arredondador do território próximo.»

E, com tal atitude, ACR continua a tentar desprezar a essência étnica/racial, procurando para isso fazer crer que é nas acções de determinada época que reside a verdadeira Portugalidade – o ser é por si anulado perante o devir, isto é, a Nação não tem para si um valor em si mesma, mas tão somente uma utilidade como ferramenta ao serviço de um universalismo, espiritualmente imperialista.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"ACR acusa o meu pensamento de ser monolítico, por se centrar na Raça."

E eu acuso o pensamento de ACR de ser monolítico por se centrar em tudo menos na Raça! (Se nós nos centramos demasiado na Raça, ele, por seu turno, nunca se centra nesta.)


Imperador

18 de novembro de 2004 às 19:14:00 WET  

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