terça-feira, outubro 05, 2004

ACORDA, EUROPA

Não são só uns poucos políticos franceses que falam do referendo nacional para decidir a entrada da Turquia na U.E.. Durão Barroso, por exemplo, que sempre se mostrou favorável a tal evento, agora, conquanto mantenha oficialmente a mesma posição, já fala também na realização de referendos em cada país da U.E. para que os povos europeus possam escolher a opção mais acertada a este respeito.
O que acontece é que até já alguns neo-liberais percebem que a entrada da Turquia na U.E. pode significar a morte da Europa.
Durão Barroso e outros políticos europeus estão talvez a entender o perigo que é meter esse país asiático no Velho Continente, contrariando a geografia e a etnicidade, e a cultura.
E, por isso, embora não queiram tomar partido directamente contra a Turquia, para não indispor os Turcos e os Americanos (que querem a Turquia na Europa porque isso lhes faz jeito), preferem que os povos europeus digam o que eles não podem dizer: NÃO À TURQUIA.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os turcos não cabem nem pertencem à Europa.

5 de outubro de 2004 às 23:43:00 WEST  
Blogger vs said...

Os 'et~ereos poderes' têm sempre várias maneiras de fazer entrar o camelo no buraco da agulha.
Pensei que já soubessem.

Nelson Buiça

6 de outubro de 2004 às 00:17:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A ver vamos, Buíça. Saiba que nenhum poder é invencível.

6 de outubro de 2004 às 00:22:00 WEST  
Blogger vs said...

Pois é Caturo, mas mesmo os opositores á entrada da Turquia na UE dão de barato que é necessário uma espécie de compromisso com esse país, ainda que não a adesão PLENA á UE. Mesmo eles sabem que não se pode simplesmente (nem deve) bater com a porta nas trombas dos turcos, por várias razões.
Convem não esquecer,por exemplo, que mantemos uma importantíssima aliança militar com esse país. Esta aliança com a Turquia ('Pilar Oriental da Nato' e 2º maior exército da Nato a seguir ao dos EUA) é essêncial para manter a expansão integrista controlada.
Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguem.


NOTA: não sei se sabia que há notícias de que o ancestral paganismo siberiano (por via do shamanismo) está a voltar a entrar na etnia turca, que talvez tenham sido os únicos convertidos ao Islão que, lá no fundinho, nunca esqueceram os tempos pagãos em que habitavam as margens do Baikal e as estepes siberianas.

6 de outubro de 2004 às 15:27:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Buíça, era preciso que fosse a Turquia a precisar da Europa e não a Europa da Turquia. Era o que faltava estarem os Europeus dependentes do poder de um país asiático tradicionalmente inimigo da Europa, que nasceu até contra a civilização europeia.
Quanto às forças turcas, poderiam ser substituídas, com vantagem, pelas russas...


Sobre o Paganismo turco, pois que se desenvolva e muitos parabéns da minha parte. Que os seus adeptos se disseminem pela Ásia Menor e façam frente ao Islão, e, com isso, terão a minha simpatia...

Naturalmente que não é por causa disso que fico com mais vontade de os integrar na Europa, bem entendido, do mesmo modo que não integraria o Japão só porque este mantém uma religião pagã nacional, o Xintoísmo.

6 de outubro de 2004 às 16:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A turquia está em acelarado processo de reislamização e só mesmo os pacóvios, que sempre defenderam a existênciua das armas do Saddam, podem afirmar o contrário.
TURCOS FORA DA EUROPA!

6 de outubro de 2004 às 22:23:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Um turco médio é basicamente um europeu de raça meridional, por vezes até de pele mais branca do que a de um ibérico. A maior parte das suas mulheres não se distingue de uma europeia e é uma cultura cuja única ligação ao Médio Oriente é mesmo o islamismo, que na Turquia é uma versão muito laicizada desta religião, laicismo aliás que se vê no resto da sociedade. Muitos dos argumentos economicistas que se apontam contra a sua adesão são os mesmos que ouvi do Giscard D'Estaing, em 1979 - mas desta feita eram contra a integração da Espanha e de Portugal nas Comunidades Europeias. Convém não abusar do termo asiático para com os turcos. Em muita coisas, a sua história é mais importante e está mais ligada à da Europa do que a maioria dos países eslavos, que mais não eram do que colónias suas no tempo bizantino.

6 de outubro de 2004 às 23:10:00 WEST  
Blogger vs said...

O último anónimo falou muito bem.
100% de acordo.


Nelson Buiça

7 de outubro de 2004 às 02:58:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Antes de mais nada, parece ser do conhecimento comum que são mais as vezes em que o ibérico tem pele mais clara do que o turco do que o contrário... vamos lá ver se não se torce demasiado a etnografia, que isso dá mau aspecto às ciências humanas.

Depois, o Islamismo é bem mais forte do que qualquer outro lado cultural e dizer que «só isso é que liga a Turquia ao Oriente», é o mesmo que dizer só a língua, a cultura, a História e a fronteira política é que faz com que Portugal não seja Espanha.
Para um muçulmano, nada há de mais importante do que a religião.


Quanto ao laicismo, ele viu-se na tentativa do próprio primeiro ministro Erdogan em instituir uma punição por adultério de acordo com a lei islâmica. Não foi um sacerdote qualquer de bairro, foi o primeiro ministro eleito pelo povo.



«Convém não abusar do termo asiático para com os turcos. Em muita coisas, a sua história é mais importante e está mais ligada à da Europa»

Está sim - como inimiga. A Turquia nasceu contra a civilização europeia. E os países eslavos, colónias do Império Otomano, são de autêntica raiz europeia, motivo pelo qual deverão ser ouvidos a respeito do que são de facto os Turcos.

7 de outubro de 2004 às 03:22:00 WEST  

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