sexta-feira, julho 23, 2004

NAVAS DE TOLOSA

Lamento, cambada leitora, não ter colocado esta mensagem há uns dias, mas como o devido é devido, não devo deixar de lembrar o aniversário de uma batalha que uniu ibéricos, isto é, europeus, contra norte-africanos, a 16 de Julho de 1212, na Batalha de Navas de Tolosa, na qual as forças do rei castelhano Afonso VIII, auxiliadas pelas hostes de Leão, Navarra, Aragão e de Portugal - estas últimas lideradas pelo rei D. Afonso II, o Gordo - esmagaram as tropas islâmicas num combate que marcou o recuo decisivo e irreversível da Moirama.

Neste brilhante site, pode ler-se:

Detendo o avanço dos Almóades na Península Ibérica, os reis de Castela, Aragão, Navarra, Leão e Portugal fizeram reunir um exército coligado contra as tropas do Califa al-Nasir, derrotadas por completo nesse dia.
Esta importante e sanguinolenta batalha foi das mais renhidas da Alta Idade-Média, marcando uma data decisiva para a Reconquista na Espanha. As Fronteiras meridionais de Castela nunca mais recuaram. A batalha ganhou assim foros de autêntica Cruzada Ibérica contra os Muçulmanos, constituindo, portanto, um momento marcante da chamada Reconquista.
O contingente Português, a arraia miúda dos concelhos e a Cavalaria do Templo, sob o comando de Afonso II, tais prodígios de valor obraram, assinalados por vários cronistas, que essa batalha de Navas foi, o baptismo de sangue do novo reino cristão entre os demais da península, a sua carta de nobreza e valentia, o reconhecimento universal da sua robustez e do valor do seu esforço na defesa da grande causa da cristandade.


O valor deste confronto adquire hoje um significado renovado e reforçado, uma vez que as forças europeias têm de se unir - física e sobretudo culturalmente - para enfrentar a crescente ameaça do expansionismo imperialista muçulmano, que se agiganta perante o Ocidente, menos como possível oponente militar do que como cavalo de Tróia espiritual e populacional, mercê, quer da imigração, quer da política de conversão que levam a cabo no seio da Europa, afastando os Europeus das suas verdadeiras raizes.