POR ENTRE AS ROCHAS PERTO DO FIRMAMENTO
A Citânia de Briteiros é toda ela um monumento que deve ser visitado por qualquer português pelo menos uma vez na vida.
Foi, há milhares de anos, uma povoação pré-romana - eventualmente celta ou, pelo menos, arcaicamente indo-europeia - posteriormente ocupada pelos Romanos e consiste hoje num amontoado de ruínas localizado num monte.
O grande Martins Sarmento, sábio do princípio do século XX que dedicou a sua vida ao estudo da Lusitânia, conseguiu arranjar maneira de reconstruir duas das muitas casas desse povoado, só para que os portugueses contemporâneos tivessem uma ideia de como viviam os seus antepassados.
Martins Sarmento estava firmemente convencido de que os Portugueses eram descendentes em linha directa dos Lusitanos, e que estes eram Lígures, isto é, na sua óptica, Arianos muito antigos.
Tendo sido a princípio desprezado no seu próprio país, só aqui veio a ser reconhecido como homem de valor depois de ser premiado no estrangeiro, em França, pela extensa, incansável e valorosa obra arqueológica que realizou em Portugal... ou seja, só não foi respeitado antes disso porque a elite político-cultural portuguesa seria, eventualmente, uma chusma de estrangeirados subservientes perante o que quer que viesse de França e com um imenso desprezo pela sua própria Nação e, consequentemente, pelas suas raizes.
Tomei entretanto conhecimento - tenho de averiguar, porque não posso crer que seja mesmo verdade... - que não há por ali nenhuma expedição arqueológica portuguesa desde 1968.
Tomei também conhecimento, pela mesma fonte - o guarda do local, senhor muito prestável e informativo - de que a maior parte dos visitantes da citânia são estrangeiros. Parece que muitos dos portugueses que lá chegam, dizem, no momento de pagar a entrada, qualquer coisa como «Eu, pagar para ver pedras??!...», e dão de frosques.
Estreitamente relacionado com a citânia, está o Museu da Sociedade Martins Sarmento, onde se encontra espólio retirado da citânia, bem como a famosa Pedra Formosa, bloco de rocha esculpido com símbolos arcaicos e que, ao que tudo indica, seria utilizado nos banhos de vapor e de água fria, típicos destes povos arcaicos do ocidente ibérico - ver, por exemplo, Estrabão, em «Geografia III».
Como curiosidade, tenho de referir que Martins Sarmento mandou gravar uma suástica na porta do seu próprio jazigo, tal era o seu apreço pelas antigas tradições indo-europeias, já que os antigos colocavam suásticas nos túmulos castrejos.
Deixe-se para trás a incultura e a bastardia que fazem com que o local esteja hoje quase abandonado. Visite-se aquele sítio com a consciência de que naquela pureza pétrea e austera, nobre e altiva como só a fraga mais próxima do céu consegue ser, reside um testemunho trans-milenar da raiz da Estirpe Nacional.
Foi, há milhares de anos, uma povoação pré-romana - eventualmente celta ou, pelo menos, arcaicamente indo-europeia - posteriormente ocupada pelos Romanos e consiste hoje num amontoado de ruínas localizado num monte.
O grande Martins Sarmento, sábio do princípio do século XX que dedicou a sua vida ao estudo da Lusitânia, conseguiu arranjar maneira de reconstruir duas das muitas casas desse povoado, só para que os portugueses contemporâneos tivessem uma ideia de como viviam os seus antepassados.
Martins Sarmento estava firmemente convencido de que os Portugueses eram descendentes em linha directa dos Lusitanos, e que estes eram Lígures, isto é, na sua óptica, Arianos muito antigos.
Tendo sido a princípio desprezado no seu próprio país, só aqui veio a ser reconhecido como homem de valor depois de ser premiado no estrangeiro, em França, pela extensa, incansável e valorosa obra arqueológica que realizou em Portugal... ou seja, só não foi respeitado antes disso porque a elite político-cultural portuguesa seria, eventualmente, uma chusma de estrangeirados subservientes perante o que quer que viesse de França e com um imenso desprezo pela sua própria Nação e, consequentemente, pelas suas raizes.
Tomei entretanto conhecimento - tenho de averiguar, porque não posso crer que seja mesmo verdade... - que não há por ali nenhuma expedição arqueológica portuguesa desde 1968.
Tomei também conhecimento, pela mesma fonte - o guarda do local, senhor muito prestável e informativo - de que a maior parte dos visitantes da citânia são estrangeiros. Parece que muitos dos portugueses que lá chegam, dizem, no momento de pagar a entrada, qualquer coisa como «Eu, pagar para ver pedras??!...», e dão de frosques.
Estreitamente relacionado com a citânia, está o Museu da Sociedade Martins Sarmento, onde se encontra espólio retirado da citânia, bem como a famosa Pedra Formosa, bloco de rocha esculpido com símbolos arcaicos e que, ao que tudo indica, seria utilizado nos banhos de vapor e de água fria, típicos destes povos arcaicos do ocidente ibérico - ver, por exemplo, Estrabão, em «Geografia III».
Como curiosidade, tenho de referir que Martins Sarmento mandou gravar uma suástica na porta do seu próprio jazigo, tal era o seu apreço pelas antigas tradições indo-europeias, já que os antigos colocavam suásticas nos túmulos castrejos.
Deixe-se para trás a incultura e a bastardia que fazem com que o local esteja hoje quase abandonado. Visite-se aquele sítio com a consciência de que naquela pureza pétrea e austera, nobre e altiva como só a fraga mais próxima do céu consegue ser, reside um testemunho trans-milenar da raiz da Estirpe Nacional.
3 Comments:
É verdade, o homem dedica uma vida 'à causa' para gerações bastardas lhe roubarem o espólio!
Há muitas ricas e raras peças que não se encontram á vista 'desarmada'!
Mas como acontece muitas vezes ninguem foi preso.
Legionário
Pois é Legionário, só que, em muitos casos, nem houve má intenção - noutros tempos, a Arqueologia ainda não estava bem desenvolvida e os amadores, por vezes, tiravam as peças da terra quando as encontravam, o que, nalguns casos, fazia com que a sua função e significado originais ficassem desconhecidos, devido à retirada do contexto.
O pior nem é isso. O pior não é o que se fez - é o que não se fez. É o abandono a que está votado um local que é testemunho da ancestralidade nacional.
Caro Caturro, não me referia aos amadores mas a uns 'senhores' que não as roubaram da terra (do solo).
Se voltar lá puxe um pouco a conversa...
Legionário
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