FRANÇA - NACIONALISTAS BEM À FRENTE DOS SEUS OPONENTES TODOS EM SONDAGENS PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
Ainda faltam 18 meses para as próximas eleições presidenciais francesas, que marcarão o fim da era Macron. Embora os candidatos ainda não sejam conhecidos, há uma clara tendência a favor do Rassemblement National (RN), que está-se a distanciar dos seus oponentes, sejam eles quem forem.
Uma pesquisa realizada pela BFMTV e TF1 coloca agora a RN, representada por Jordan Bardella — caso Marine Le Pen não possa concorrer devido a uma condenação judicial —, na liderança do primeiro turno, com 37,5%. Diversas outras pesquisas também o colocam em torno de 35%. Em todos os casos, ele está de 15 a 17 pontos à frente do seu adversário mais próximo. Se Marine Le Pen concorresse, obteria resultados semelhantes, embora ligeiramente inferiores.
Outro facto interessante revelado por esta pesquisa é a incapacidade da equipa de Macron de apresentar um candidato viável que consiga ultrapassar a barreira dos 10%. A pesquisa testa a hipótese de uma candidatura de Gérald Darmanin, o actual ministro da Justiça, que mal chega a 7%, concorrendo com o ministro do Interior, de Centro-Direita, do partido Os Republicanos, Bruno Retailleau, que obteria 8,5%.
Faltando um ano e meio para as eleições, existe muita incerteza, especialmente porque ainda não se sabe quem se candidatará como sucessor de Emmanuel Macron, carregando o seu pesado legado: poderá ser Darmanin, ou um dos ex-primeiros-ministros, Édouard Philippe ou Gabriel Attal.
Embora Philippe e Attal tivessem melhor desempenho que Darmanin, nenhum deles parece actualmente capaz de rivalizar com a Marinha Real. Pior ainda, Philippe foi apresentado durante muito tempo pela imprensa francesa como o candidato "favorito" do Povo Francês, mas o ímpeto a seu favor já passou.
Em todas as sondagens publicadas até ao momento, a Direita, como um todo, parece estar a conquistar uma parcela cada vez mais significativa dos votos. Bernard Sananès, presidente do instituto de pesquisas Elabe, observa que, em 2022, a Direita obteve 32,35% dos votos no primeiro turno. Agora, já ultrapassa os 40%. "Isto cria uma dinâmica muito forte para o segundo turno", explica.
Mas o domínio aparentemente inabalável da RN está a paralisar muitos, que são incapazes de vislumbrar uma aliança estratégica que possa levar à vitória. As rivalidades que culminaram em 2022, durante a eleição anterior, não foram superadas, longe disso. Ao lado da RN, o polemista Éric Zemmour, que lançou o seu próprio movimento, a Reconquête, obtendo sucesso nos média, mas não nas urnas, está-se a preparar para concorrer novamente. Em entrevista à BFM TV em 2 de Novembro, ele sugeriu que a sua companheira e coordenadora de campanha, Sarah Knafo, poderia concorrer em seu lugar, dado o forte apoio que ela actualmente desfruta entre parte do eleitorado de Direita. "É extraordinário ver esta mulher, que era desconhecida do público há 18 meses, agora com 6% ou 6,5% nas pesquisas presidenciais", explicou ele, não sem parcialidade. Sarah Knafo, na verdade, está com melhor desempenho nas pesquisas do que o próprio Zemmour. O ensaísta também afirmou estar aberto à ideia de organizar uma primária ampliada dentro da Direita francesa, numa tentativa de chegar a um consenso sobre um único candidato. A ideia ressurge a cada eleição e, até agora, fracassou todas as vezes.
Na Esquerda, pelo menos na retórica, os reflexos de unidade são muito mais fortes. Os números anunciados para a RN (República Nacional) desencadeiam uma retórica alarmista entre activistas que repetem a conhecida ladainha — que já dura 90 anos — da necessidade de uma “coligação anti-fascista”. Preocupantemente, Jean-Luc Mélenchon, presidente do partido de Extrema-Esquerda La France Insoumise, que sofreu nas sondagens devido às declarações ultrajantes e anti-semitas feitas pelo seu partido, parece estar a manter-se firme, alimentando as suas ambições de voltar a figurar como o principal candidato da Esquerda.
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Fontes:https://europeanconservative.com/articles/news/french-presidential-election-polls-rassemblement-national-lead-grows/
https://jihadwatch.org/2025/11/in-france-the-party-of-marine-le-pen-keeps-rising-in-the-polls
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Democracia é democracia, aliada natural do Nacionalismo, assim os nacionalistas saibam aproveitar esta evidência da natureza humana...


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