quarta-feira, novembro 19, 2025

EGIPTO - PREGADOR AFIRMA QUE O ISLÃO NÃO PERMITE QUE OS MUÇULMANOS GLORIFIQUEM ANTIGUIDADES EGÍPCIAS

O pregador salafista egípcio Mustafa al-Adawy provocou um amplo debate após instar os muçulmanos a evitarem glorificar a antiga civilização egípcia durante a inauguração do Grande Museu Egípcio no Cairo, alertando contra a "fitna" (discórdia) e a admiração pelo Faraó e seu povo.
Al-Adawy alertou para a necessidade de cautela por parte dos visitantes do museu, enfatizando que a visita não deve levar à admiração ou veneração da antiga civilização egípcia.
Em vídeo que rapidamente viralizou nas redes sociais, al-Adawy expressou as suas preocupações, afirmando: "Temo que os Egípcios fiquem fascinados pela estátua de Ramsés e pelos ídolos, estátuas e tesouros dos faraós, juntamente com os métodos de mumificação expostos no museu." 
Enfatizou que estes artefactos devem ser visitados com o propósito de reflexão, e não de orgulho, citando o versículo do Alcorão: "Dize: 'Percorrei a terra e observai qual foi o fim dos criminosos.'"
Al-Adawy criticou ainda mais o Faraó, chamando-lhe "tirano maldito que se dizia divino". Enfatizou que é dever de todo o muçulmano dissociar-se das accccccções e crenças do Faraó.
"Testemunhamos a Alá que o renunciamos, a seus seguidores e às suas crenças corruptas e contaminadas", declarou ele. O pregador exortou os muçulmanos a visitarem o museu com o intuito de extrair lições dos artefatos, e não para celebrá-los.
Na sequência de seus comentários controversos, as forças de segurança egípcias prenderam Al-Adawy na província de Dakahlia.
Ele foi posteriormente libertado sob fiança de US$ 210 (10.000 libras egípcias) depois que a promotoria ouviu seu depoimento sobre o vídeo que circulou amplamente.
Em resposta às declarações de al-Adawy, diversos estudiosos religiosos e figuras da mídia defenderam publicamente o ato de visitar o museu.
Eles argumentaram que tais visitas não conflitam com os ensinamentos islâmicos e, ao contrário, servem para reconhecer e valorizar as contribuições da civilização egípcia antiga para a história da humanidade.
Activistas partilharam nas redes sociais uma fatwa anterior do xeque saudita Saleh al-Fawzan, o novo Grande Mufti da Arábia Saudita, no contexto dos comentários de al-Adawy. A fatwa, publicada em 2023, aborda a permissibilidade de visitar antiguidades faraónicas e foi citada frequentemente após a inauguração do museu. Segundo a fatwa de al-Fawzan, visitar relíquias faraónicas é permitido se o propósito for reflexão, aprendizado e cultivar reverência a Deus Todo-Poderoso. No entanto, alertou que, se a intenção da visita for simplesmente fazer turismo ou glorificar a civilização antiga, isso seria proibido pela lei islâmica: "Se a intenção for meramente turística, recreativa ou glorificá-los como pessoas de civilização e poder, elogiá-los, então isso não é permitido", afirmou al-Fawzan na fatwa.
Com a abertura oficial do Grande Museu Egípcio ao público nesta Martes, o debate sobre como os ensinamentos islâmicos se interligam com a valorização da história antiga do Egipto continua, com líderes religiosos e o público oferecendo perspectivas variadas.
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Fonte:
https://www.turkiyetoday.com/culture/preachers-claim-that-visiting-egyptian-antiquities-contradicts-islam-sparks-outrage-3209446
https://jihadwatch.org/2025/11/egypt-muslim-preacher-arrested-after-claiming-that-egyptian-antiquities-contradict-islam

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Ora este Saleh al-Fawzan não é, como bem se vê, um desgraçadinho-analfabeto-vitimado-pelos-sionistas-racistas-ocidentais.... é, pelo contrário, um dos maiores especialistas em Islão do planeta, visto que o grau de mufti é o mais alto da hierarquia religiosa muçulmana, e a Arábia Saudita está no centro do mundo islâmico. O que ele diz não é segredo nenhum. Já o ianque próximo-oriental Robert Spencer anda há quilos de anos a falar na militância com o que o muçulmano tem o dever de desprezar toda a cultura anterior ao Islão que não seja nem judaica nem cristã. Agora seria talvez conveniente que de várias universidades ocidentais partissem «especialistas» em ciências humanas, relações internacionais e coquices diversas para explicar ao mufti da Arábia Saudita que o Islão é uma religião muito tolerante...