quarta-feira, janeiro 01, 2025

RELEMBRANDO A PRIMEIRA GRANDE VITÓRIA EM BATALHA NAVAL CONTRA O VENENO DO ISLÃO NO ÍNDICO

A 2 de Janeiro de 1501 termina a Primeira Batalha de Cananor, que foi a primeira grande batalha naval portuguesa no Oceano Índico. Neste embate, as forças navais portuguesas em desvantagem numérica, sob o comando do galego João da Nova, bateram as dos Samorim de Calecute.
De notar que os muçulmanos da zona tinham persuadido os mercadores nativos de Kerala a não fazerem comércio de especiarias e têxteis com os Portugueses. A frota de cento e oitenta - ou duzentos e vinte embarcações, incluindo pelo menos quarenta navios de grande porte, enviada de Calecute - Kozhikode - estavam cheias de muçulmanos, apostados em impedir que os navios portugueses carregados de mercadorias regressassem à Europa. Contra tal poderio, as quatro carracas portuguesas provaram a superioridade do seu poder de fogo.
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Fontes:
https://en.wikipedia.org/wiki/First_Battle_of_Cannanore https://en.wikipedia.org/wiki/Zamorin_of_Calicut#Relations_with_the_Portuguese

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O Samorim até era um monarca hindu e tinha boas relações com Portugal, mas a presença islâmica envenenou o cenário e levou ao conflito. Directa ou, neste caso, indirectamente, o Islão configurou-se sempre como inimigo mortal da Europa.

CELEBRE-SE O CULMINAR DA RECONQUISTA IBÉRICA

Boabdil entrega Granada à coroa católica. Ilustração para Cristóvão Colombo do Conde Roselly de Lorgues


A dois de Janeiro de 1492 as forças hispânicas tomaram Granada aos Mouros, o que constituiu o corolário da gesta europeia que foi a Reconquista, vasto e longo movimento de resistência ao inimigo externo no seio do qual se forjaram, a ferro, fogo e sangue, os actuais países ibéricos.
É uma memória de grandeza para toda a Hispânia, Portugal incluído, dado que também houve forças militares portuguesas a participar neste derradeiro embate em solo ibérico. Um dia que urge celebrar, não apenas por uma questão do mais elementar brio nacional, europeu, mas também para avivar a consciência do valor que teve o combate para livrar solo europeu de presença inimiga alógena. Merecia bem um feriado europeu, a data, ou pelo menos ibérico.

Alguns pormenores da efeméride podem ser lidos aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomada_de_Granada
As negociações com o último rei mouro de Granada, Boabdil, começam no Outubro de 1491. Na véspera do dia 1 de Janeiro de 1492 Boabdil envia cerca de 400 mouros como reféns, carregados de presentes para os reis, enquanto um grupo de oficiais toma a colina do Alhambra, a fim de ocupar pontos estratégicos. Na manhã do dia 2, segue Fernando de Aragão e a sua Corte, seguidos por Isabel com o príncipe João e as suas irmãs e, atrás, as tropas, ao encontro do rei mouro. Boabdil entrega as chaves da cidade diante de 100 000 espectadores muçulmanos, judeus, cristãos, castelhanos e estrangeiros e é içada, pela primeira, a bandeira dos reis de Espanha na mais alta torre do Alhambra.
Não houve pilhagem nem saque; a vitória era celebrada por vários dias de festejos e por isto outorgava-lhes o Papa Alexandre VI o título de «Reis Católicos».
Boabdil estava obrigado a aceitar as condições dos vencedores, como a liberdade de culto, a segurança das pessoas, e a liberdade de emigrar levando ou vendendo os bens. Esta opção rapidamente se mostrou inevitável, provavelmente devido às situações constrangedoras em que se veriam os muçulmanos no seguimento da derrota. As pressões acumulam-se — a Inquisição representava uma forte ameaça ao islamismo e os impostos eram insuportáveis — e grande parte dos vencidos decide retirar-se no Outono de 1492, à semelhança de Boabdil.
Rebentam as revoltas, pois as promessas dos Reis Católicos não estavam a ser cumpridas, e a Espanha vê-se vítima de represálias conduzidas a partir do Magrebe em algumas aldeias costeiras. A emigração assume agora um carácter de expulsão — que se coloca em paralelo com a dos judeus — e, com a recente descoberta da América (Índias Ocidentais).

ALEMANHA - TRÊS QUARTOS DO POVO DIZ QUE O GOVERNO FALHA EM PROTEGER O PAÍS CONTRA A IMINVASÃO

Três em cada quatro alemães acreditam que o governo federal não está a combater a imigração ilegal, revelou um novo relatório.
De acordo com uma pesquisa recente da YouGov realizada em nome da Agência de Imprensa Alemã, 75% dos cidadãos estão descontentes com a abordagem frouxa do governo de coligação de Esquerda em relação ao controle de fronteiras.
Apenas 14% estão satisfeitos com os esforços actuais, enquanto 2% consideram a questão como não problemática.
As descobertas expõem as consequências desastrosas da imigração em massa, com a grande maioria dos Alemães a pedir medidas mais rigorosas contra a imigração ilegal e questionando os benefícios gerais da imigração na última década.
A preocupação é partilhada por todo o espectro político, com a maioria dos eleitores de todos os partidos — com excepção dos Verdes — a criticar os esforços do governo.
Alarmantemente, 71000 entradas não autorizadas foram registadas nos primeiros 10 meses deste ano, apesar da reintrodução dos controles de fronteira. O número, embora menor que os 127500 do ano passado, continua desconfortavelmente alto para a maioria dos Alemães.
O descontentamento em relação à imigração como um todo estende-se além da Alemanha para a Europa mais ampla. A Remix News relatou em Maio uma pesquisa em toda a UE revelando que mais de 7 em cada 10 europeus acham que o seu país recebe muitos imigrantes, enquanto apenas 39 por cento em todo o bloco achavam que a Europa “precisa de imigração hoje”.
Quatro em cada cinco entrevistados em cada Estado-membro da UE acreditam que o bloco precisa de tomar mais medidas para combater a imigração ilegal.
Os Alemães não são diferentes, com um em cada dois entrevistados da pesquisa YouGov a ser da opinião de que a imigração tem sido ruim para o país nos últimos 10 anos. Apenas 15 por cento dos cidadãos defenderam a política liberal de fronteiras abertas de sucessivos governos federais.
Espera-se que a imigração seja uma questão-chave na eleição federal de Fevereiro. A oposição União Democrata Cristã (CDU), que se deve tornar no maior partido no Bundestag, falou duramente sobre deportações e maior controle, mas os eleitores continuam cépticos, dado o seu histórico anterior no governo sob a então chanceler Angela Merkel.
Enquanto isso, o partido linha-dura Alternativa para a Alemanha (AfD) deve-se beneficiar da actual desilusão entre o eleitorado e tornar-se no segundo maior partido no parlamento federal pela primeira vez, e os recém-chegados de Esquerda, socialmente conservadores, podem obter 8% dos votos, somando-se à maioria parlamentar de cépticos em relação à imigração em massa.

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Fonte: https://rmx.news/article/three-quarters-of-germans-say-government-has-failed-to-combat-mass-illegal-immigration/

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Mais uma demonstração, mais uma, mais outra, mais outra ainda, ainda mais outra, de que a Democracia é aliada natural do Nacionalismo...



FRANÇA - 3 MOUROS COM ORDEM DE DEPORTAÇÃO VIOLAM UMA MULHER POLACA

Outro caso de estupro colectivo envolvendo imigrantes, desta vez em França, envolvendo três argelinos que atacaram uma mulher polaca dentro de um apartamento ocupado na cidade de Gap.
O caso envolve uma mulher polaca de 42 anos que estava a visitar a sua filha e uma amiga em 13 de Dezembro. Ela parou no apartamento da amiga no centro da cidade, que por acaso era ao lado do apartamento dos três homens acusados, que, segundo os promotores, estão a ocupar o apartamento deles. “Estes três homens, de nacionalidade argelina, estão em situação irregular no território.” Marion Lozac'hmeur, promotora pública, especifica: “Um deles tinha uma OQTF (obrigação de deixar o território francês) e os três eram objecto de uma nova OQTF da autarquia de Hautes-Alpes.”
Os promotores dizem que os três homens estupraram a mãe polaca em grupo, mas há poucos detalhes disponíveis sobre o caso. As notícias indicam que havia seis homens ocupando o apartamento, mas até agora, apenas três foram presos após interrogatórios policiais. Não está claro como as mulheres entraram no apartamento ou que relacionamento tinha ela com os homens — se é que tinha algum — antes do suposto estupro colectivo.
Embora os homens tenham ordens de deportação, também não está claro porque não foram deportados. No entanto, como o Remix News relatou anteriormente, as taxas de deportação para argelinos em França com uma ordem de deportação são de abismais 0,2 por cento. Por outras palavras, apenas 2 em cada 1000 argelinos com ordem de deportação são realmente enviados de volta. Estes dados vieram à tona após o estupro, tortura e assassinato de Lola, de 12 anos, em Paris, por uma mulher argelina com ordem de deportação de longa data, um caso que chocou a Nação em 2022.
Os três homens argelinos no caso nasceram entre 1995 e 2005. Eles estão agora em prisão preventiva e enfrentam acusações de estupro colectivo, de acordo com a publicação francesa Le Dauphine.
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Fonte: https://rmx.news/article/france-3-algerians-gang-rape-polish-mother-inside-squatted-apartment-in-city-of-gap/

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Mais um caso em que gente da elite escapa a ser devidamente julgada e punida em tribunal popular por andar a enganar o povo com alegadas «ordens de deportação» que eventualmente só servem para «provar!!!» que a Ultra-Direita não tem razão nos números de criminosos alógenos que apresenta porque, ao contrário do que os «fachos» dizem, a «verdade» é que imeeeensos delinquentes norte-africanos são deportados, ai são são!, os documentos «provam-no»...


OUVIDO AGORA MESMO NA TVI...

«Trump sugere que o atentado está ligado à imigração mas não apresenta provas.»
Não apresenta o quê, provas?...
Não apresenta provas, cuaralho? Então o nome do gajo que cometeu o atentado, Shamsud Din Jabbar, será um nome tipicamente norte-americano? Anglo-saxónico? De que carvalho de canto do Reino Unido é que terá saído tal nome? Do Wessex, mais ocidental dos reinos saxónicos? De Kent, reino dos tipos oriundos da Jutlândia? De Northumberland, o mais setentrional dos reinos germânicos ocidentais? Inglês de alguma maneira? Ou pelo menos irlandês, escocês, galês, alemão, holandês, polaco, francês, norueguês, sueco, grego, castelhano, português? Será Shamsud Din Jabbar um nome de algum sítio da Europa? Ou, pelo menos, pelo menos, dos índios norte-americanos?...
Eis a fuça deste Jabbar:
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e a texto
https://www.thetimes.com/world/us-world/article/new-orleans-terrorist-attack-bourbon-street-latest-news-slwgmpw9f?fbclid=IwY2xjawHj1wRleHRuA2FlbQIxMAABHeD-yoUtwN30CpTXY_NTmNlGghpCEu-qa09pWV6okNoKRt-Jk2KNwPrPOA_aem_g3kDu9bd7XArc87DECP6ng

Portanto, ou é imigrante a partir de fora ou é imigrante já a partir de dentro... filho de alógenos que afinal deu para o torto, mais uma facadazita na converseta da «integração»...
Mas isto nada significa para quem controla os grandessíssimos mé(r)dia. Depois são «jornalistas» destes que, com toda a sua sinceridade autista de merda, não percebem porque é que o «povinho» vota cada vez mais nos «racistas»...

FRANÇA - CALOR HUMANO NATALÍCIO...

O Natal foi cancelado para muitos em França devido a uma série de roubos, incêndios criminosos e ataques com faca, além de actos de destruição de propriedade em vários locais do país.

Um trio de ladrões de carros e pacotes, operando no distrito de Melun Val de Seine produziu centenas de milhares de euros em danos e privou famílias dos seus presentes de Natal. A equipa, que tem entre 19 e 21 anos, roubou 11 contentores contendo presentes de Natal para serem entregues na noite de 14 para 15 de Dezembro pela Chronopost. Também roubou duas carrinhas de entrega pertencentes à empresa de entrega em Brie-Comte-Robert.
No entanto, o grupo só foi apanhado em 19 de Dezembro, perto da floresta Rougeau em Seine-et-Marne, depois de um polícia de rodovia pública os ver ao volante de um veículo Renault Megane roubado. Quando o polícia tentou pará-los, uma perseguição em alta velocidade começou e chegou até Essonne, quando os três homens ficaram sem combustível. Foram presos por forças policiais especializadas, de acordo com Actu.f r. Dentro do veículo, encontraram-se pés de cabra e as chaves de outros cinco veículos roubados que foram levados de uma concessionária em Cesson nos dias 15 e 16 de Dezembro, o que significa que os ladrões invadiram a concessionária logo após o roubo do presente de Natal. “Eles estavam muito activos e uma quantidade significativa de comunicação telefónica (entre a polícia) permitiu que fossem apanhados em outros casos cometidos na noite anterior”, disse uma fonte policial. A princípio, os suspeitos negaram os roubos, mas na verdade filmaram-se a colocar balaclavas logo antes dos roubos, com os quais a polícia os confrontou. “Eles acabaram por pelo menos admitir os factos”, disse a fonte policial.
Dois aguardam julgamento criminal, enquanto o terceiro está sob supervisão judicial.

Reincidente violento aterroriza loja um dia depois do Natal
No dia seguinte ao Natal, o reincidente Mustafa Bessam, de 53 anos, roubou um gerente na Obral Déstockage, uma loja na Avenue des Prés-le-Roi em Bourges, logo na abertura da loja. O homem sacou um estilete e ameaçou o gerente. Ele roubou uma garrafa de rosé e fugiu do local. Embora tenha sido apanhado pelo gerente, a polícia não respondeu aos seus pedidos de reforço, e o homem fugiu.
Mustafa Bessam tem 43 condenações ao longo de 30 anos e foi acusado de violência com uso de arma e roubo no último caso. O tribunal criminal de Bourges sentenciou-o a trinta meses de prisão, seis dos quais estão suspensos, de acordo com o Le Berry Republican. A sua primeira condenação por violência foi em 1994. No entanto, o homem retornou às 5 da tarde e intimidou os clientes com a sua arma, momento em que foi, dessa vez, abordado e preso. A polícia chegou ao local para prendê-lo.

Camião cheio de presentes de Natal para caridade é roubado e vandalizado
Os ladrões não só roubaram presentes de Natal de caridade de uma associação que montou uma mercearia especial para fornecer comida a idosos e moradores de rua todo mês desde 2020, como também destruíram o camião.
Na noite de 19 de Dezembro, um camião carregado com pacotes de caridade de Natal foi roubado na rue Paul Marcelin em Vaulx-en-Velin. A organização, ASAV solidarity grocery store, foi alertada de que o camião foi encontrado abandonado num estacionamento na mesma cidade, mas sofreu danos extensos, de acordo com Le ProgressUma queixa foi registada na esquadra de polícia, com o presidente da associação, Mohamed Zaiani, afirmando que era “muito triste porque além de roubar produtos, eles quebraram o camião”.

Presépio de Natal é incendiado
Na noite de 27 de Dezembro, houve um suposto ataque incendiário que destruiu um presépio no mercado municipal de La Roque-Gageac, em Dordogne. O presépio tem sido instalado todos os Natais desde há 20 anos, e o autarca, Jérôme Peyrat, disse que era “uma obra notável… projectada por um artesão da cidade”.
Os bombeiros conseguiram evitar que o fogo se alastrasse ainda mais no mercado, segundo Sud Oue. 
“Secularismo muito mal compreendido? Violência contra um símbolo cristão? Imbecilidade grosseira? Um pouco de tudo isso? Qualquer que seja a pergunta real, ela encontrará a mesma resposta”, disse Jérôme Peyrat, que anunciou que apresentará uma queixa criminal. Também anunciou que um novo presépio será construído: “Não nos deixaremos impressionar e preservaremos as nossas tradições e os nossos valores”, escreveu.

Estátua de Jesus é roubada de cemitério
Um roubo de estátuas de bronze de Jesus ocorreu durante as férias de Natal num cemitério localizado em Ambérieu-en-Bugey, época em que o cemitério está menos movimentado.
Como observa o jornal francês Progress, os fiéis cristãos veem o roubo de estátuas de Jesus neste dia simbólico como uma profanação. “Redireccionámos as reclamações para a autarquia, que administra o cemitério. Furtos em cemitérios não são novidade, mas é a primeira vez que temos um desta magnitude aqui”, disse um funcionário do cemitério.
O jornal francês também observa que estes roubos “exigiam uma mão especialista, já que ferramentas são necessárias para poder destacar a figura religiosa da sua cruz. Apenas os Jesuses de bronze eram removidos. Roubos destes metais são frequentes em cemitérios, por saqueadores inescrupulosos que os revendem.”
Uma família que estava de visita a um ente querido notou um grande número de estátuas de Jesus a faltar em túmulos no cemitério.
A polícia chegou ao local e registou o crime, mas o Progress relata que o “casal está ferido por este dano, ressente-se da municipalidade por não trancar o portão de entrada à noite e considera que é simplesmente profanação. Notificou a polícia e vai registar uma queixa.”
Esta é apenas uma pequena amostra de alguns dos incidentes que aconteceram em França durante a temporada de férias.

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Fonte: https://rmx.news/article/christmas-chaos-in-france-knife-attacks-hundreds-of-gifts-stolen-arson-attack-on-a-nativity-scene-and-a-cemetery-robbed/


JANUS E TELLUS


Tellus e Janus em arte de Maïtre François em 1475-1480.

JANUS, PRIMEIRO DOS DEUSES


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[2] Os mitógrafos dizem que, quando Janus era rei, todas as casas dos homens eram sagradas e invioláveis e que para a protecção, considerada então como divina, eram devidas honras a Janus, as entradas e as saídas de uma casa eram-lhe dedicadas em gratidão pelo Seu favor.
[3] Xénon relata ainda no primeiro livro das suas Antiguidades Italianas que em Itália Jano foi o primeiro a construir templos aos Deuses e a ordenar cerimónias religiosas e que por isso foi recompensado com o privilégio de ser para sempre o primeiro a ser chamado pelo nome num sacrifício.
[4] Além disso, alguns pensam que Ele recebeu o epíteto de “duas caras” por causa do Seu conhecimento do passado e da presciência do futuro.
[5] Os físicos, por outro lado, produzem fortes indícios da Sua divindade. Pois há alguns que identificam Jano com Apolo e Diana e sustentam que ele combina em Si os atributos divinos de ambos. [6] De facto, como também relata Nigidius, Apolo é adorado entre os Gregos sob o nome de “o Deus da Porta” (Thyraios), e estes prestam-Lhe honras em altares diante das suas portas, mostrando assim que Ele tem entre os Gregos, Apolo é também chamado Ayvistc “o Guardião das Ruas” (Aguieus), por presidir às ruas de uma cidade (pois na Grécia as ruas dentro dos limites de uma cidade são chamadas &yviai ); e a Diana, como Trivia, é atribuída a regra sobre todos os caminhos.
[7] Em Roma todas as portas estão sob a responsabilidade de Jano, como é evidente pelo seu nome, que é o equivalente latino do grego Thyraios; e é representado transportando uma chave e uma vara, como o guardião de todas as portas e um guia em todos os caminhos.
[8] Nigidius declarou que Apolo é Janus e que Diana é Jana, ou seja, Jana com o acréscimo da letra “D”, que é frequentemente acrescentada à letra “i” por uma questão de eufonia (como, por exemplo, em palavras como reditur, redhibetur, redintegratur e semelhantes).
[9] Alguns são da opinião de que Jano representa o Sol e que as Suas duas faces (gémeos) sugerem o seu senhorio sobre cada uma das duas portas celestes, uma vez que o nascer do sol abre e o seu pôr-do-sol fecha o dia. O facto de os homens invocarem primeiro o nome de Jano quando qualquer Deus é adorado indica que é através Dele que se pode ter acesso ao Deus a Quem o sacrifício está a ser feito, e que é como se fosse através das Suas portas que as orações dos suplicantes passem aos Deuses.
[10] Mais uma vez, é para marcar a Sua ligação com o Sol que uma imagem de Jano o mostra vulgarmente a exprimir o número trezentos com a mão direita e sessenta e cinco com a esquerda; pois estes números apontam para a medida de um ano, e é uma função especial do Sol determinar essa medida.
[11] Outros sustentam que Janus é o universo, isto é, os céus, e que o nome é derivado de eundo, uma vez que o universo está sempre em movimento, girando em círculo e regressando a si mesmo no ponto onde começou. É por isso que Cornificius observa, no terceiro livro das suas Derivações, “Cícero não chama ao Deus ‘Janus’, mas sim ‘Fanus, como se fosse de eundo”.
[12] E é por esta razão que os Fenícios, nos seus ritos sagrados, retrataram o Deus como uma serpente enrolada e engolindo a própria cauda, ​​​​como uma imagem visível do universo que se alimenta de si mesmo e retorna a si mesmo.
[13] Assim, também entre nós, Janus olha para os quatro cantos do mundo, como por exemplo na estátua trazida de Falerii. E Gavius ​​​​Basso, no seu livro sobre os Deuses, diz que as figuras de Jano têm duas faces, uma vez que ele é o porteiro do céu e do inferno, e que as figuras são quadriformes, como que para mostrar que a Sua grandeza abrange todas as regiões do o mundo,
[14] Além disso, nas antigas canções dos Salii é cantado como o Deus dos Deuses; e Marcus Messala (que era colega de Gnaeus Domício no consulado e ocupou o cargo de áugure durante cinquenta e cinco anos) inicia uma referência a Jano da seguinte forma: “É Aquele que molda todas as coisas e as guia; foi Ele que, na bússola dos céus, uniu a água e a terra - a força que é naturalmente pesada e tende a cair nas profundezas - com o fogo e o ar, que são leves por natureza e tendem a subir até às alturas ilimitadas acima ; e é este poderoso poder dos céus que uniu duas forças opostas.”
[15] Novamente, nos nossos ritos sagrados invocamos Janus como Janus GeminusJanus PaterJanus JunoniusJanus ConsiviusJanus Quirinus e Janus Patultius e Clusivius.
[16] Já expliquei porque invocamos o Deus como “Gémeos”; chamamos-Lhe “Pater” como o Deus dos Deuses; e como “Junonius” porque o início não só de Janeiro, mas de todos os meses é dele, e Juno tem autoridade sobre todas as calendas ~ e é assim que Varrão, no quinto livro das suas Antiguidades da Religião, escreve que doze altares, correspondentes aos doze meses, são dedicados a Janus. É chamado como “Consivius” de "conserendo", como o patrono da “sementeira”, isto é, como o patrono da propagação da raça humana, cuja sementeira e crescimento são Dele; e é invocado como “Quirino”, como o Senhor das Batalhas, da lança a que os Sabinos chamam curis. Finalmente, invocamo-Lo como “Patultius e Clusivius”’ porque as Suas portas estão abertas (patente) em tempo de guerra e fechadas (clauduntur = cluduntur) em tempo de paz; e para este costume é dada a seguinte razão.
[17] Na guerra que se seguiu à captura das donzelas sabinas, o inimigo apressou-se a atacar uma determinada porta (situada no sopé do Monte Viminal e. posteriormente, em consequência do sucedido, conhecida como porta de Jano) e os Romanos apressaram-se a fechá-la; mas, depois de fechado, o portão voltou a abrir-se por conta própria. Isto aconteceu uma segunda e ainda uma terceira vez; e, como o portão não podia ser fechado, um grande grupo de homens armados ficou de guarda diante do seu limiar, enquanto a luta prosseguia ferozmente noutros locais. De repente, espalhou-se o boato de que as nossas tropas tinham sido derrotadas por Tácio.
[18] Ao que os homens que guardavam o acesso ao portão fugiram aterrorizados, e os Sabinos estavam prestes a irromper pelo portão aberto quando (assim reza a história) um grande riacho de água veio jorrando numa torrente através dele, e pereceram um grande número de inimigos, escaldados pelo calor fervente da água ou oprimidos pela sua força e profundidade. Foi então resolvido manter as portas do templo de Jano abertas em tempo de guerra, como que para indicar que o Deus tinha saído para ajudar a cidade.
Eis pois o que há a dizer sobre Janus.»
- «Saturnalia», Livro 9, por Macróbio, séculos IV-V.

COMEÇA O ANO E O MÊS DE JANUS, PRIMEIRO DOS DEUSES, SENHOR DAS PASSAGENS, PORTEIRO DO CÉU...

Janus, Deus dos Começos, o Primeiro dos Deuses, Porteiro dos Céus, Cuja chave como símbolo foi mais tarde «usurpada» por «São» Pedro, o porteiro do céu na tradição cristã... o Seu nome pode derivar do latim Dianus, do indo-europeu primordial *dia- < *dy-eð2 que por sua vez derivaria da raiz indo-europeia  *dey- , que expressa a ideia de céu brilhante e está por isso na origem dos termos «dies» (dia) e do teónimo Júpiter. Não há de qualquer modo registo histórico do nome Dianus. Outra etimologia proposta faz derivar o nome Janus da raiz indo-europeia *yā- < *y-eð2- tema II da raiz *ey- vai, que originou também o sânscrito "yana-" e o avéstico "yah-", em Latim com "i-" e em Grego com "ei-". Do nome de Janus poderá ter vindo a palavra portuguesa «janela».
Nos rituais era em regra a primeira Divindade a ser nomeada. Não tinha nenhum sacerdote específico, mas o rex sacrorum, o mais elevado dos sacerdotes romanos, levava a cabo os Seus ritos.
As portas do templo de Janus em Roma estavam abertas em tempo de guerra e fechadas em tempo de paz.
A celebração do Ano Novo em Janeiro é claramente de origem pagã, tendo inclusivamente sido combatida pelas autoridades cristãs. Há diversos testemunhos de que as igrejas cristãs a condenaram na Península Ibérica - condenaram o festejo das Calendas (primeiro dia) de Janeiro, festejo este que data do tempo da república romana. Martinho de Braga criticou no século VI o costume de celebrar o Ano Novo durante as calendas de Janeiro («De Correctione Rusticorum» 10, 1-2) e não durante a Páscoa, como mandava a tradição judaico-cristã primitiva. Antes disso, no século IV, o bispo Paciano de Barcino, de Barcelona, lamentou num texto (El Cervulus) que se continuasse a praticar o velho costume hispânico de trajar peles e cornos de animais (cervos, novilhos, touros) para festejar a entrada no Novo Ano durante as calendas de Janeiro, quando a população formava coros, cantava e bailava. O cânone do concílio IV  de Toledo (em 633) predica a dedicação de um dia especial, no início do ano, para jejum e abstinência, em contraposição ao costume pagão de celebrar a data. Esta tradição pagã está igualmente atestada no sul da Gália, segundo Cesareo de Arlés. E ainda hoje sucede que em Los Molinos, povoado da Serra de Madrid, se realizam mascaradas no começo do ano, em que homens se cobrem com peles e cornos taurinos (segundo J.M. Blázquez), o que também acontece noutras áreas da meseta ibérica e ainda nos Pirinéus, mas durante o Carnaval.

Em Portugal não sei, que este texto (a parte a itálico) saquei-o de uma site em Castelhano...


Agora Proclo:

Avé Mãe dos Deuses, de muitos nomes, Cujos filhos são belos
Avé, poderosa Hécate do Umbral
E avé também Tu, Antepassado Jano, Zeus Imperecível
Avé a Ti, Zeus altíssimo
Modela o curso da minha vida com Luz luminosa
E preenche-a com coisas boas
Leva a doença e o mal para longe dos meus membros
Purifica-me pelos Teus rituais
Sim, dá-me a Tua mão, rogo,
E quando eu estiver cansado, leva-me ao paraíso da piedade com os Teus ventos.
Avé, Mãe dos Deuses, de muitos nomes, Cujos filhos são belos
Avé, poderosa Hécate do Umbral
E avé também a Ti, Antepassado Jano, Zeus imperecível,
Avé a Ti, Zeus altíssimo

Proclus Diadochus (410-485 AD)