MAIOR CHEFE DA ESQUERDA TUGA ACABA POR DIZER «OS IMIGRANTES TÊM DE RESPEITAR OS NOSSOS VALORES», PONDO A ESQUERDA TODA EM CONFLITO INTERNO...
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://expresso.pt/politica/2025-01-24-ex-ministros-criticam-pedro-nuno-santos-aproximacao-a-extrema-direita-acusa-ana-catarina-mendes-5aefdb9d
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Zangam-se as comadres... que, no fundo, sempre tiveram medo disto, sabiam que poderia acontecer assim que a Ultra-Direita começasse a crescer...
PNSantos do PS começa pois a ecoar um tema «da Direita» - já percebeu que o caraças do «povinho» é «racista», e que, agora, esse «racismo» do «povinho» tem voz parlamentar; vai daí, urge tentar não perder (ainda mais) eleitorado para as fileiras da «Extrema-Direita»...
Creio bem que, não tivesse o Chega meia centena (sim, 50) deputados na Assembleia da República, dificilmente o chefe-mor da Esquerda falaria assim, uma vez que ele próprio era dos que mais defendia a imigração por via da «manifestação de interesse»...
Alguns opinadores da área da «Direita», ou perto disso, dizem que compreendem a atitude do líder do PS. O comentador Pacheco Pereira, por exemplo, afirmou, aqui há dias, que «foi um erro» nunca se ter falado em Portugal da insegurança.
Ora esta do «foi um erro» é, na melhor das hipóteses, um eufemismo para aquilo que sempre foi um escândalo de todo o tamanho, um escândalo, um nojo, um motivo perfeitamente válido para que os seus responsáveis fossem um dia sentados em banco dos réus de tribunal popular. Esse «erro» era bem conhecido por toda a gente - mas, nessa altura, abafava-se a situação com toda a impunidade, pois que todos os partidos com voz pública, do PCP ao CDS, nem tugiam nem mugiam, na sua esmagadora maioria, sobre o assunto, enquanto os seus coleguinhas na imprensa faziam a sua parte para que não se «empolasse» o «caso» ou os milhares de casos. O sistema repressivo da elite lançou censura e perseguição judicial quando surgiu uma linha telefónica, de nome Orgulho Branco, que, de quando em vez, lançava informação aos cidadãos sobre crimes cometidos por alógenos contra portugueses em território nacional. Quando, há mais de vinte anos, o PNR (hoje «Ergue-te») denunciou, num dos seus tempos de antena, os «gangues étnicos», choveram ameaças de processo em tribunal, enquanto, de resto, o partido era tão boicotado quanto possível, e isto do boicote me(r)diático foi confirmado há coisa de poucos anos quando o PNR denunciou uma mensagem no Facebook em que um jornalista dizia a outro «então mas não tínhamos combinado que não se noticiava nada do que o PNR dissesse ou fizesse», e este flagrante provavelmente só aconteceu porque o profissional, pior que negligente, não imaginava que pudesse estar a ser lido por «fachos»...
Recordo-me bem como já no final dos anos noventa se dizia, entre os «bem-pensantes», que a insegurança sentida pelo «povinho» era só uma «sensação de insegurança», e isto ouvi eu da bocarra de um prófe da Clássica em plena aula, o gajo a falar muito a sério e com ar de quem explica coisas muito óbvias...
Em suma, essa gente das elites já sabia um bocadito sobre a insegurança em Portugal. O que diz agora é a mesmíssima merda que já diziam há vinte e tal anos, tendo entretanto o despudor de afirmar que está com os «números» do seu lado, pois pudera, os seus próprios representantes e agentes estatais de serviço zelam para que os verdadeiros números não possam ser conhecidos, pelo menos no que respeita à ligação entre criminalidade violenta e imigração, uma vez que, volta meia volta, «dão» nacionalidade portuguesa a milhares de alógenos do terceiro-mundo, ao mesmo tempo em que, sem pingo de vergonha, aprovam todos uma directriz estatal que «recomenda» às autoridades e à comunicação social que não refira a identidade étnica dos criminosos, ou seja: «claro que não há ligação nenhuma entre criminalidade e imigração, ou vocês têm provas de que as há??, claro que não têm provas porque a gente impede que essas provas possam ser conhecidas!»
Recordo, a propósito, um saudoso e bem elaborado sitio internético do final dos anos noventa, focado só nas desgraças da imigração, e uma das coisas que me lembro de ali ler foi que o número de imigrantes estava magicamente fixado em quinhentos mil, quinhentos mil era pois uma espécie de número mágico, nunca se alterava, porque entretanto ia havendo mais e mais «naturalizações», mas os quinhentos mil imigrantes «mantinham-se»... até hoje, por sinal...
A Democracia, entretanto, acabou por levar água ao moinho da Ultra-Direita, como acontece no resto do Ocidente. Por isso é que, repito, já não podem os donos da boa moral anti-racista passar por cima do tema. Está perfeitamente dentro das suas possibilidades o acto de rotulá-lo como extremo-direitista o quanto lhes apetecer, e chamar-lhe racista e xenófobo a ver se pega, que o povinho bem caga de alto nisso. Depois de andarem décadas a diabolizar os «racistas», mormente, nos últimos oito anos, o do «cabelo laranja» no outro lado do Atlântico, e mesmo assim levarem com resultados eleitorais brutais pelas trombas adentro, nomeadamente a esmagadora vitória direitista de há uns meses nos EUA - e a elite fica confusa, não percebe!, genuinamente não percebe, e desabafa pelas esquinas dos sítios bem-pensantes «mas como é que as pessoas podem votar naquilo?, como é que o povinho pode querer mesmo aquilo?, então o povinho não nos ouve, a nós!, seus educadores!!, a dizer que o Trump é racista?, e mesmo assim votam nele, como é isto possível????, o povinho está-se a borrifar para as nossas ideias, isto é o horror dos horrores!, se calhar qualquer dia ainda ficam com os seus países brancos todos branquinhos mesmo, que pesadelo!!!!!!!!!!!» - ora depois disso tudo, dizia, estão hoje diante de um facto consumado:
- ou se calam sobre o tema e deixam portanto que a Ultra-Direita continue a ter o monopólio desta matéria,
- ou então têm mesmo de vir a terreno, o que, só por si, já é dar alguma razão à Ultra-Direita, admitindo que «afinal» há mesmo «um problema», e dizer então de sua «justiça», e apresentar as suas «soluções», para que depois o povo decida entre as duas propostas... que chatice para o anti-racistame que seja desta vez o «povinho» a escolher, sabendo-se o potencial «racista» que há no povo... por essas e por outras é que, por exemplo na Dinamarca, o maior partido da Esquerda, o dos Social-Democratas, está actualmente no governo graças à sua posição tendencialmente anti-imigração... pelo que uma das mais belas cenas televisivas portuguesas do ano passado, ou dos últimos, sei lá, cinquenta anos, desde sempre, foi ver o ex-euro-deputado e ex-director-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino, a dizer, em espécie de debate televisivo, que, no bloco socialista do parlamento europeu, os deputados de vários países viravam-se contra os seus colegas de bancada dinamarqueses para lhes dizer «Então como é que vocês no vosso governo podem ter as políticas de imigração mais restritivas da Europa, isso é contra os nossos valores!», ao que os acusados daneses respondiam «pois, mas temos sucesso...», significando este «sucesso» o apoio popular, democrático, que lhes permite continuar no governo, ou seja, ficou bem à vista que as políticas anti-imigração são as que mais agradam ao «povinho» - e isto dito na televisão por um típico representante do «clero» anti-racista... é oiro...
Ao longo deste artigo escrevi «agora» uma catrefada de vezes. Se não ficou escrito, foi porque substitui o termo por outros, a bem da variedade vocabular. «Agora é diferente» marca, todavia, a ideia do que escrevi, como num refrão dos UHF há quarenta e tal anos, «Agora, agora / agora és um cavalo de corrida...», que agora é toda uma classe dirigente que tem de acelerar o passo, cavalos, éguas, mulas e burros, tudo a galope, que a locomotiva do Nacionalismo já não se trava com duas cantigas, talvez só com dois mil processos em tribunal, para se fazer pela secretaria o que não se conseguir fazer pela Democracia...
3 Comments:
O sistema de facto não esperava esta 'tão cedo' em Portugal, neste momento arrisco-me a dizer que existe muito mais, mas muito mais mesmo, repulsa e mesmo oposição declarada popular a cada vez que um qualquer membro do BE ou PS fala que a "imigração é muita "boa", que existe quando partidos como o Chega, ou Ergue-te dizem que a mesma é muito má. O povo abriu os olhos de uma forma massiva e o status quo não esperava por isto que aconteceu em Portugal.
https://www.milenio.com/internacional/argentina-anuncia-instalacion-valla-frontera-bolivia
«arrisco-me a dizer que existe muito mais, mas muito mais mesmo, repulsa e mesmo oposição declarada popular a cada vez que um qualquer membro do BE ou PS fala que a "imigração é muita "boa", que existe quando partidos como o Chega, ou Ergue-te dizem que a mesma é muito má.»
Tirando meia dúzia de piolhosos de rua e de militantes obedientes ao PCP, o povo das classes baixas nunca teve repulsa por qualquer posição «racista» ou sequer anti-imigração.
A Esquerda É QUE queria que o povo fosse anti-racista, é um velho sonho antirra e antifa, e depois tanto o quer, que pura e simplesmente anuncia-o assim mesmo, como se fosse uma notícia, um dado adquirido - exemplo disto é quando os grandessíssimos mé(r)dia «noticiam» a presença de «populares» nas ruas «contra a Extrema-Direita», quando os tais «populares» são meia dúzia de bardamerdas partidários a fingir que são «gente do povo como outra qualquer» e que, portanto, subentende-se, representam o povo... recordo-me bem de como os mé(r)dia fizeram isso quando noticiaram a oposição de «populares» à visita de Jean-Marie Le Pen a Setúbal, nos anos oitenta ou noventa... Se um grupo de nacionalistas tivesse lata para proceder do mesmo modo e, assim, manifestar-se contra a presença de um figurão de Esquerda estrangeiro em Lisboa, por exemplo, «se calhar» isso era a «Extrema-Direita a intimidar político estrangeiro e a atentar contra a Democracia!»...
Quanto ao que PNSantos diz agora, às vezes imagino que o pessoal dos grandes partidos tem realmente gente a trabalhar no seio da população para se aperceber do «sentir real do povinho», e se calhar colhe dados que depois não revela, mas toma deles nota e actua de acordo com as conveniências partidárias...
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