ESPANHA - PARTIDOS NACIONALISTAS NÃO COMPARECEM EM CERIMÓNIA MONÁRQUICA
Leonor de Espanha jura fidelidade a uma nação dividida no seu 18.º aniversário
A princesa Leonor, herdeira do trono espanhol, entrou formalmente na ribalta ao jurar fidelidade à Constituição no seu 18.º aniversário, nesta Martes, apesar dos boicotes de políticos de Esquerda e separatistas terem sublinhado as divisões sobre a monarquia.
A cerimónia no Parlamento assinalou a maioridade de Leonor, o que significa que será a sucessora do seu pai, o rei Felipe VI. A princesa, que frequentou a escola no País de Gales e, em Agosto, iniciou três anos de treino militar em Espanha, prometeu defender a lei, respeitar os direitos dos cidadãos e das regiões e ser fiel ao rei.
Mas os ministros em exercício da Igualdade, dos Direitos Sociais e dos Assuntos do Consumidor — os três da coligação de Esquerda Unidas Podemos — recusaram-se a participar, afirmando que um chefe de Estado hereditário e não eleito não é democrático. Os deputados dos movimentos independentistas da Catalunha, do País Basco e da Galiza também não compareceram.
Uma sondagem realizada em 2022 pela Sinaptica revelou que 51,6% dos Espanhóis queriam que o país se tornasse uma república, enquanto 34,6% preferiam uma monarquia, embora uma outra sondagem realizada um ano antes mostrasse que 55,3% apoiavam a coroa.
O Centro de Estudos Sociológicos, gerido pelo Estado, deixou de pedir aos cidadãos que classificassem o monarca em 2015, um ano depois de Felipe VI ter subido ao trono na sequência da abdicação do seu pai, Juan Carlos I, vítima de escândalos.
O avô também não esteve presente nesta cerimónia. Juan Carlos deixou Espanha em 2020, no âmbito de investigações sobre alegadas irregularidades financeiras relacionadas com negócios na Arábia Saudita, e vive actualmente em Abu Dhabi.
As investigações foram posteriormente arquivadas devido à insuficiência de provas e ao estatuto de limitações. Juan Carlos recusou-se a comentar as várias alegações de irregularidades.
Os opositores da monarquia consideram ilegítima a coroação de Juan Carlos em 1975, afirmando que ele foi preparado para suceder ao ditador Francisco Franco.
Os defensores da monarquia afirmam que os Espanhóis puderam escolher a forma de Estado quando votaram a Constituição de 1978, que consagrou uma monarquia parlamentar que descrevem como simbólica e apolítica.
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Fonte: https://www.publico.pt/2023/10/31/impar/noticia/leonor-espanha-jura-fidelidade-nacao-dividida-18-aniversario-2068632* * *
Bons sinais - coerência nacionalista de quem sabe que o seu caminho autenticamente nacional é o da república; apoio da maioria da população ao ideal republicano.
É também assim que a Democracia continua a levar água ao moinho do Nacionalismo.
É também assim que a Democracia continua a levar água ao moinho do Nacionalismo.
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