FRANÇA - PRESIDENTE JÁ DIZ SER NECESSÁRIO TRAVAR A IMIGRAÇÃO
A França deve reduzir a imigração, começando pelos imigrantes legais, disse o Presidente Emmanuel Macron numa ampla entrevista à revista política semanal Le Point. A observação de Macron surge depois de no ano passado ter dito que a imigração “faz parte do ADN de França” e ter supervisionado um aumento recorde de imigrantes em 2022.
Durante a entrevista a Le Point, o presidente francês indicou que o seu governo apresentará uma nova lei de imigração ao Parlamento francês no Outono, cuja adopção foi adiada várias vezes ao longo do ano passado.
“Estamos inundados com imigração? Não. Você não pode dizer isso. Mas a situação actual não é sustentável e precisamos de reduzir significativamente a imigração, começando pela imigração ilegal. Temos o dever de cumprir”, disse o presidente francês na entrevista. Para isso, precisamos de proteger melhor as nossas fronteiras externas europeias, porque não esqueçamos que a França não é um país de entrada para os estrangeiros que chegam à Europa, mas sim um país de imigração secundária para os estrangeiros que entraram na União Europeia vindos de outro país”, acrescentou.
Como a Remix News informou no início do ano, Macron supervisionou um aumento recorde na imigração durante o seu mandato.
“Um ano recorde para a enxurrada de imigrantes em França: foram emitidas 320330 autorizações de residência em 2022, o equivalente à população da cidade de Nantes. E isto sem levar em conta a imigração ilegal. É urgente recuperar o controlo das nossas fronteiras!” Marine Le Pen tuitou no início de 2023.
No dia 26 de Janeiro deste ano, o diário de Centro-Direita Le Figaro comentou os números publicados pelo Ministério do Interior com o título “A pressão migratória cada vez mais forte coloca a França contra a parede”. Também publicou o seu editorial diário sobre a “negligência culposa” do governo em relação à imigração.
Macron pode estar a confiar na memória curta do público quando se trata de mensagens sobre a imigração, uma vez que a sua administração está bem ciente de que a imigração em massa é rejeitada pela grande maioria da população francesa.
“Também precisamos de ser mais eficazes na aplicação do direito de asilo, que é abusado pelas redes de contrabando de pessoas”, disse ele. Isto está no cerne do projecto de lei elaborado pelo governo”, sublinhou o chefe de Estado. “Resumindo, sim, temos de reduzir a imigração, mas também temos de continuar a agir através da educação, da integração, da autoridade e da república. E através da economia. Quando tivemos 10% de desemprego durante anos, não nos conseguimos integrar”, destacou o presidente.
Macron também prometeu diminuir as deportações no passado. Na verdade, ele afirmou que o seu objectivo era uma taxa de deportação de 100 por cento para todos os cidadãos estrangeiros ordenados a deixar o país, mas como os números mostraram em 2021, o seu objectivo ficou muito aquém, com apenas 15 por cento dos cidadãos estrangeiros a serem deportados.
Macron aponta mais uma vez para um novo projecto de lei como prova de que fará progressos numa questão que o público francês é veementemente a favor. Ele disse que o ministro do Interior, Gérald Darmanin, continuará a trabalhar no projecto de lei de imigração, que foi debatido no Senado no Inverno, mas depois adiado repetidamente pelo governo.
“Com a primeira-ministra Elisabeth Borne, instruiremos o ministro do Interior no Outono a levar novamente adiante o plano do governo e discuti-lo com todas as forças da oposição que pensam da mesma forma, e a trabalhar em conjunto para chegar a um plano isso seja o mais eficaz possível.”
* * *
Ou já se apercebeu da desgraça que ele próprio ajudou a construir, ou então tem medo da ascensão política do Nacionalismo - de um modo ou de outro, isto é a Democracia a mostrar que leva água ao moinho do Nacionalismo. Se for já demasiadamente tarde para que as forças nacionalistas possam impedir a iminvasão da diluição «final», a culpa recairá evidentemente sobre os macrons que não se arrependeram a tempo de aplicar a política de portas abertas, tal como também recairá nas estreitas e tapadíssimas cacholas de quem andou a dirigir as fileiras políticas nacionalistas enquanto desprezava a Democracia por princípio.
Entretanto, será especialmente útil que este Macron ponha em prática todo o seu discurso, particularmente a parte que diz respeito aos países que deixam entrar imigrantes, para ver se a maralha CDS-PSD-PSeorestodaEsquerdatuga começa a ser encostada chamada à responsabilidade e encostada à parede de maneira a que comece a fechar as fronteiras de Portugal...
1 Comments:
Devem estar a chegar às eleições. Penso que diz sempre isso quando se aproxima as eleições. São eleitos e nada.. e a França cada vez menos francesa.
O sonho de voltar a ter uma França francesa já e impossível.
Enviar um comentário
<< Home