RÚSSIA - PARLAMENTAR DIZ QUE A POLÓNIA SÓ EXISTE GRAÇAS À URSS

A Polónia só existe como Estado graças à União Soviética, que libertou as suas terras dos fascistas, e deveria ser mais grata ao seu vizinho russo, afirmou o presidente da câmara parlamentar baixa da Rússia, Vyacheslav Volodin.

Em comentários que evidenciam um novo declínio nas relações polaco-russas, Volodin acusou a Polónia de perder a sua memória histórica e pediu que o país fosse punido pela sua hostilidade em relação à Rússia, sendo obrigado a compensar Moscovo pela reconstrução da nação após a II Guerra Mundial.

“A Polónia esqueceu que a sua libertação dos invasores fascistas teve um alto preço para o povo soviético”, disse o líder parlamentar em comunicado. Acrescentou que “um terço dos actuais territórios polacos tornou-se parte da Polónia após a Segunda Guerra Mundial apenas graças ao nosso país” e acusou a Polónia de “abandonar a história comum e profanar a memória dos nossos soldados”.

Os comentários provocativos também incluíam um pedido ao governo polaco para “devolver os territórios adquiridos como resultado da Segunda Guerra Mundial” e “reembolsar o nosso país pelos fundos gastos nele nos anos de guerra e pós-guerra”. Estimou uma taxa de cerca de US$750 biliões, consideravelmente mais do que o PIB anual da Polónia.

Além disso, Volodin revelou que um comité parlamentar russo começaria a debater uma possível proibição de camiões polacos entrarem na Rússia na Lues, uma medida que ele alegou que estrangularia a Polónia financeiramente e resultaria em perdas substanciais de empregos.

Respondendo na Lues, o primeiro-ministro polaco Morawiecki deu os parabéns à máquina de propaganda russa, que ele afirmou “tem sido perfeita em distorcer os factos por centenas de anos”. Acrescentou que a União Soviética foi responsável por danos generalizados em toda a Polónia, e o vice-ministro das Relações Exteriores Arkadiusz Mularczyk revelou que o governo polaco está a preparar um relatório para quantificar as perdas causadas pelo regime soviético. “Tem de ser tão solidamente fundamentado como o relatório sobre os danos causados ​​na Polónia em resultado do ataque da Alemanha nazi”, afirmou, citado pela agência noticiosa PAP.

A Polónia posicionou-se como um dos aliados mais próximos de Kyiv após a invasão russa da Ucrânia em Fevereiro do ano passado, recusando-se a reconhecer qualquer acordo de paz mediado que não resulte em derrota russa abrangente e no retorno de todos os territórios contestados à Ucrânia.

O país forneceu ajuda humanitária, financeira e militar substancial ao governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, e as hostilidades na Polónia contra russos têm sido comuns.

Em Março passado, a Polónia expulsou 45 diplomatas russos que, segundo ela, trabalhavam para os serviços de inteligência de Moscovo. Enquanto isso, no início deste mês, activistas polacos recusaram-se a permitir que Sergey Andreev, o embaixador russo do país, colocasse flores no cemitério militar soviético em Varsóvia para marcar o Dia da Vitória, um feriado para comemorar a vitória soviética sobre a Alemanha nazi em 1945.

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Fonte: https://rmx.news/russia/poland-only-exists-thanks-to-the-soviet-union-and-should-show-more-gratitude-claims-russian-parliament-chair/?fbclid=IwAR24cFxeL4RNq3a6oO8sWH3sMD7eabC5Wp9fgQ9S9V5EmPeg5_PfKnduYVU

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Mais descaramento do género putinista, pois que o que a história diz é que os soviéticos invadiram a Polónia pelo leste assim que os nazis invadiram o mesmo país pelo oeste; e, quando as forças da URSS se encontraram com as da Alemanha NS a meio do território polaco, ei-los que deram as mãos, partilhando entre si o que pertencia aos Polacos...

Nunca a URSS libertou fosse que País fosse, pois que o próprio ideal de soberania das Nações não faz sentido na perspectiva comunista da realidade, que ignora a Nação em si e só quer saber de solidariedades internacionais entre proletários, o que só teve como consequência a violação soviética da soberania, não apenas dos Polacos, mas também dos Estónios, dos Letões, dos Lituanos, dos Checos e, genericamente, de todos os pequenos países eslavos que se atrevessem a resistir ao domínio moscovita, excepto a Jugoslávia, que, mercê da sua situação geográfica e posição não alinhada, conseguiu escapar-lhe.