quarta-feira, agosto 10, 2022

SOBRE A ESQUERDA CONTRA ISRAEL

A assertiva anti-Israel dos Palestinos, embora profundamente leviana, virou tema central da ideologia da Extrema-Esquerda, em especial entre aqueles que abraçam a chamada interseccionalidade.
Porque é que a causa palestina atrai tanta atenção, quando há causas muito mais impositivas ao redor do mundo, como a dos Curdos, Uigures e outros apátridas e oprimidos? Há mais manifestações nos campi universitários contra Israel do que contra Rússia, China, Bielorrússia e Irão. Porquê? A resposta tem pouco a ver com os Palestinos e tudo a ver com Israel, Estado-Nação do Povo Judeu. Trata-se de uma manifestação política do anti-semitismo internacional. É apenas e tão somente porque a Nação acusada de oprimir os Palestinos é Israel.
Isto não quer dizer que é errado apoiar a causa palestina. É dizer que é errado e preconceituoso priorizar essa causa profundamente leviana acima de outras causas igualmente ou ainda mais merecedoras. A Extrema-Esquerda não só não prioriza os Palestinos, ela em grande medida dá de ombros às outras causas, o que realmente visa é Israel. A razão é realmente simples assim. Tem pouco a ver com os méritos e tudo a ver com anti-semitismo. Diz a Esquerda ser anti-sionismo, mas isto é simplesmente uma fachada do fanatismo anti-judaico.
Um exemplo recente foi a decisão da marca de gelados Ben and Jerry's de boicotar partes de Israel, enquanto continua a vender a países onde ocorrem abusos para lá de maiores. Quando questionados porque limita a Ben and Jerry's o seu boicote a Israel, os seus fundadores admitiram não ter a mínima ideia. Bem, eu tenho uma ideia. No caso da Ben e Jerry's, os seus ignorantes fundadores são simplesmente idiotas úteis, seguindo inquestionavelmente a multidão de anti-semitas de Extrema-Esquerda. Parafraseando uma velha expressão: "Maria-vai-com-as-outras" (no mau sentido).
Quem é que está a liderar a multidão de fanáticos anti-semitas? O movimento que escolhe a dedo única e exclusivamente o Estado-Nação de Israel para o boicote, conhecido como BDS, foi idealizado por um palestino radical chamado Omar Barghouti, que não esconde o facto de que o seu objectivo é a destruição de Israel e a substituição do país por um Estado Palestino "do rio ao mar," o que significa do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo, ou seja, todo o Estado de Israel. Ele e outros que lideram o movimento BDS querem ver toda esta região judenrein, ou seja, etnicamente limpa de mais de 7 milhões de judeus que agora, segundo um pressuposto, "ocupam" terras muçulmanas e árabes. Estes supostos "ocupantes" incluem judeus que são negros e pardos, europeus, asiáticos, africanos e americanos, muitos são descendentes de pessoas que viveram ali muito antes do aparecimento do Islão e sem a menor sombra de dúvida antes de muitos "palestinos" de hoje se mudarem para aquela região vindos do Egipto, Síria, Líbano, Golfo e Norte de África. Os judeus são tão nativos de Israel quanto os descendentes de imigrantes são nos Estados Unidos.
Os Palestinos merecem ter um Estado? Sim, mas não mais do que os Curdos e outros apátridas. Porque não mais do que eles? Porque a condição de soberania foi oferecida, inúmeras vezes, aos Palestinos e eles rejeitaram-na. Conforme salientou o então líder do Povo Palestino, de forma expressiva, quando a solução de dois Estados foi proposta pela primeira vez no final da década de 1930: é mais forte não querermos um Estado Judeu do que querermos um Estado Palestino.
Este líder, Mohammed Amin al-Husseini, aliou a si e seu povo à Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial. Al-Husseini passou os anos de guerra em Berlim com Hitler, planeando a implementação da "solução final" contra os Judeus onde hoje é Israel. Ele foi declarado criminoso de guerra nazi. No entanto, a foto dele aparece destacada em muitos lares de árabes palestinos, ele era considerado herói e líder.
Não obstante estar do lado derrotado na guerra, foi oferecido aos Palestinos um Estado em grande parte em terras aráveis, como parte de uma solução de dois Estados proposta pelas Nações Unidas, aos Judeus foi oferecido um Estado numa área muito menor de terra arável. Na área proposta para o Estado Judeu, os Judeus compunham uma maioria substancial da população. Os Judeus aceitaram a solução do acordo de dois Estados. Os Árabes rejeitaram-na e foram à guerra contra o incipiente Estado Judeu com o objectivo de destruí-lo. Foi este acto ilegal de agressão militar que resultou na situação dos refugiados palestinos, a que eles chamam "Nakba" ("catástrofe"). Mas foi uma catástrofe auto-induzida. E muitos líderes e seguidores palestinos de hoje culpam os seus predecessores por não terem aceite a solução de dois Estados oferecida pelas Nações Unidas há 75 anos, conforme vários já me disseram.
Em vez de procurar negociar um Estado nos anos seguintes, a liderança palestina chefiada por Yasser Arafat optou pelo terrorismo contra alvos civis israelitas e internacionais. Os Palestinos poderiam ter tido um Estado em 1948, 1967, 2000/2001, 2005 e 2008. Eles ainda preferiam nenhum Estado Judeu a um Estado Palestino e viver em paz com Israel. Eles podem ter um Estado agora, se negociarem um acordo em vez de fomentar o terrorismo.
Pergunto-me quantos dos que participam em manifestações contra Israel têm alguma ideia desses acontecimentos. Ou será que eles também estão a servir apenas de idiotas úteis para aqueles que conhecem a história, mas querem esvaziá-la porque resultou num Estado-Nação para o Povo Judeu? Na realidade não faz diferença. A conclusão é que a oposição irracional da Extrema-Esquerda a Israel é uma manifestação moderna da discriminação mais antiga e duradoura do mundo.
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Alan M. Dershowitz é Professor de Direito da Cátedra Felix Frankfurter, Emérito da Harvard Law School e autor do seu mais recente livro The Price of Principles: Why Integrity Is Worth Its Consequences. Também é Fellow do Jack Roth Charitable Foundation no Gatestone Institute e também apresentador do podcast "The Dershow".

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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/18751/causa-palestina-extrema-esquerda 

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Anti-semitismo? Não. É mais profundo que isso. É leucofobia. Etno-masoquismo. Xenofilia - aliás, xenolatria, especialmente quando o «xeno» é escurinho. O ódio esquerdista contra Israel é o ódio etno-masoquista contra um Estado-Nação caucasóide, democrático, extensão da civilização ocidental no Médio Oriente. É, por isto mesmo, um ódio ao «Branco», leia-se, a visceral repulsa contra o «Nós», hostilidade esta que é produto ideológico, moral, da singular convergência de universalismo militante com complexo de culpa colectivo, duas heranças morais da Cristandade.


1 Comments:

Blogger lol said...

Palestinos centro?os reds cultuam e bantus e os judeus odeiam ocidentais

11 de agosto de 2022 às 07:45:00 WEST  

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