ALEMANHA - IMPRENSA DOMINANTE NEM REFERE CRESCIMENTO NOTÓRIO DA ULTRA-DIREITA

As actuais pesquisas eleitorais para a eleição do Bundestag mostram um fortalecimento da Alternativa para a Alemanha (AfD). Em alguns casos, a jovem força de oposição atinge os mesmos números de dois anos e meio atrás.

O instituto de pesquisa YouGov deu ao AfD 14 pontos percentuais na pesquisa de 12 de Agosto, enquanto o Infratest dimap o vê em 13%. Nas suas pesquisas mais recentes, o INSA e o Forschungsgruppe Wahlen assumiram 12 pontos percentuais cada.

Preocupações reais são descartadas como provenientes de 'forças extremistas'

De onde veio esta ascensão? As consequências visíveis, mas também esperadas, da guerra na Ucrânia parecem estar a lançar as suas sombras. Os eleitores estão a começar a ficar inquietos, o que sempre foi o terreno ideal para um partido de protesto. As temidas crises no Outono e Inverno podem trazer mais turbulência ao cenário político partidário da Alemanha, já que os números da AfD nas pesquisas continuam a aumentar.

O ministro do Interior da Turíngia, Georg Maier, alertou para protestos maciços no leste da Alemanha devido à inflação e à crise energética. Algo está-se a formar que “me preocupa”, disse o político do SPD ao jornal alemão Die Welt. Ele temia que nos próximos meses “acima de tudo, forças extremistas se mobilizassem nas ruas. Pelo menos é o que indicam as conclusões das autoridades de segurança”.

Extremistas e anti-vacinas muitas vezes estiveram por trás dessa mobilização, disse Maier. “Essas forças querem assustar ainda mais a população.” No entanto, não estão preocupados com protestos legítimos contra o aumento dos preços da energia, “mas sim em criar desprezo pelo governo e pela nossa democracia”. Eles querem convencer as pessoas “de que deve haver outra forma autoritária de governo na Alemanha”.

Mentiras mentiras mentiras

As razões para a crescente insatisfação com os Verdes, SPD e os antigos atlanticistas de Merkel, na verdade não são difíceis de encontrar – são muitas. Incluem o desdém pelas mentiras óbvias do ministro da Saúde do SPD Karl Lauterbach, as inverdades da ministra das Relações Exteriores dos Verdes Annalena Baerbock (que se opõe ao gasoduto Nord Stream 2, é oponente da energia nuclear e da China e falsificou as suas credenciais académicas e de pesquisa), bem como o apoio contínuo do governo à imigração ilegal e aos líderes corruptos e criminosos da Ucrânia.

De facto, é difícil acompanhar o grande número de deturpações e funcionários corruptos.

De acordo com o Ministério Federal de Assuntos Económicos e Protecção Climática (BMWK), liderado por Robert Habeck, por exemplo, “o nível de pensão alemão é um dos mais altos do mundo”. O BMWK reivindicou essa falsidade manifesta no Twitter.

Na plataforma de média social, os usuários criticaram duramente uma entrevista com Habeck (que também actua como vice-chanceler) no Süddeutsche Zeitung que foi distribuído pelo ministério.

Na verdade, os aposentados na Alemanha recebem apenas 51% do seu último salário. Este é o resultado de um estudo comparativo mundial da OCDE. Assim, um aposentado em Itália recebe em média 90% do último salário, na Áustria é 89% e em Espanha 83%. Mesmo Brasil, Índia e China estão muito à frente da Alemanha. A média para todos os países é 12 pontos mais alta, com 63%.

De acordo com informações oficiais do seguro de pensão alemão (DRV), o nível de pensão na Alemanha é de apenas 49,4%.

Ignorando evidências

"Senhor. Habeck, você parece não conhecer os dados económicos, a Alemanha caiu muito na comparação internacional, temos as piores pensões, as escolas e a infraestrutura estão em dificuldades e a dívida está a aumentar”, tuitou Renate Apfelthaler. O Ministério então rebateu: “Isso não é verdade. A economia alemã é estável, o nível das pensões alemãs é um dos mais altos do mundo e a dívida alemã é comparativamente mais baixa.”

Os usuários do Twitter novamente se opuseram. Alguns falaram de “notícias falsas”, outros encaminharam a mesa da OCDE e um escreveu: “Se essa é realmente a crença e o 'conhecimento' do ministério, então agora estou realmente em pânico”.

O Ministério Habeck não excluiu o tweet com a óbvia alegação falsa. Mesmo três dias após a distribuição, persistiram simplesmente em ignorar as evidências.

Mais impostos

O Ministério da Economia vê o novo imposto sobre o gás em 2.419 centavos de euro por quilowatt-hora como resultado da guerra na Ucrânia. Isto exacerbou drasticamente a situação já tensa nos mercados de energia.

A portaria entrará em vigor em 1 de Outubro e terminará em 1 de Abril de 2024. Todos os consumidores de gás devem pagar a sobretaxa para “estabilizar” os importadores de gás que enfrentaram dificuldades devido às sanções da UE contra a Rússia. Isto significa um enorme encargo financeiro adicional para os consumidores.

O imposto sobre o gás recém-planeado resgatará doze importadores de gás no valor de 34 biliões de euros. A informação foi divulgada nesta Lues pelo Ministério Federal da Economia. A soma total refere-se ao período de alocação até o início de Abril de 2024 e corresponde a 90% dos custos de reposição esperados para este período.

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Fonte: https://freewestmedia.com/2022/08/16/german-media-ignore-the-growing-afd-elephant-in-the-room/

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«Preocupações reais são descartadas como provenientes de 'forças extremistas», diz o artigo. Claro que são descartadas - em primeiro e único lugar porque a elite não tem as mesmas preocupações e prioridades do «povinho». A criminalidade cometida por imigrantes, a estagnação salarial das classes baixas devido ao excesso de mão-de-obra imigrante, nada disso incomoda os representantes das classes que mandam, pelo contrário, são simplesmente «danos colaterais» do que é preciso fazer para beneficiar as hostes plutocráticas; «danos colaterais» também da sua guerra universalista e anti-racista contra todas as fronteiras. Se entretanto um «povinho» se queixa de que as ruas já não parecem nem nacionais nem europeias porque estão pejadas de alógenos, qualquer típico representante da elitezinha olha com um misto de incompreensão e desprezo, como que perguntando «então mas qual é o problema?», e claro que para a sua laia não há problema nenhum, pois se esta gente dá o cu e oito milhões de tostões para ir tostar o nutrido coiro no Brasil, em Cabo Verde, em Cuba ou em qualquer outro paraíso multi-racial, porque cargas de água é que eles não haveriam de querer ver essa maralha castanha em solo europeu? 
Agora, como ontem, provavelmente amanhã, continua bem evidente que, no que mais interessa, a elite quer uma coisa, o povo quer outra - e só os Nacionalistas estão, nisso, em sintonia com a verdadeira vontade popular, motivo pelo qual a Democracia leva água ao moinho do Nacionalismo.