A AXIALIDADE DO SER NACIONAL
Hoje, quem diz isso é quem manda no Ocidente…
Evolução? Não. Doença.
Vem das palavras de um outro opinioso, também marginal na sua própria cultura, que há dois mil anos andou no Próximo Oriente a pregar o dever de amar sem fronteiras.
Tal doutrina não dizia nada aos Povos naturais, mas ganhava adeptos no seio dos escravos e de estrangeiros desenraizados.
Isso convinha ao Império Romano, construído por ambição e sustentado na subordinação de várias Nações.
Esta doutrina impôs-se pela política e pelas armas.
Uma vez estabelecido o seu domínio formal, eis que o espírito da coisa começou, a pouco e pouco, a infiltrar-se no mundo ocidental, sobretudo ao nível das elites, enquanto o grosso da população permanecia agarrado às antigas tradições superficialmente crismadas com o nome da nova religião.
O cerne desta nova ideologia religiosa, a saber, o universalismo militante, nunca ganhou grande terreno no seio das massas europeias – mas, a pouco e pouco, influiu no seio das minorias mais pensantes, que não são necessariamente as que têm mais razão, mas sim as que desenvolvem mais o intelecto e a reflexão – para o melhor ou para o pior, consoante as opiniões.
Desenvolveu-se por isso neste contexto sócio-cultural o universalismo moral, depois moralista, hoje militante, como, de resto, era o do dito opinioso.
O seu fruto é o anti-racismo moderno.
Quem mais apoia e impõe esta moda ideológica no mundo ocidental é a gente das elites intelectuais, que controla as universidades, a grande imprensa e os principais partidos.
A sua influência só muito superficialmente chega às classes populares, motivo pelo qual é no seio das classes populares que há mais potencial, não para o anti-racismo, mas sim precisamente para o oposto, o voto no Nacionalismo político, o que muito indigna as elites já quase por completo tomadas pela sanha anti-racista.
Porquê que, apesar da cristianização de quase dois milénios e da recente quase total hegemonia da elite anti-racista nos meios de transmissão de ideias – escolas, universidades, jornais, televisão, filmes e séries, até anúncios… - pois porque é que permanece o potencial «racista» no seio das massas?
Porque o privilégio dado aos seus, às pessoas do seu próprio sangue, é óbvio e natural em todo e qualquer grupo humano. Não há apelo mais forte do que o da Raça, da Nação, da Família, numa palavra, da Estirpe.
É este o motivo que faz com que a essencial preferência pelo que pertence à sua gente seja característica das classes populares – os seus familiares, o seu país, as pessoas fisicamente mais parecidas consigo, a sua língua, a sua religião popular…
Trata-se tão somente do que é natural e comum a todas as humanidades da história: o eixo central de cima a baixo – cada Povo é uma identidade étnica e racial integral, com o seu próprio idioma e a sua própria religião – em suma, Sangue, Língua e Céu. Pro Aris et Focis, pelos Altares e pelos Lares, como se dizia na antiga Roma.
Esta inteireza natural foi posta em causa pela imposição do universalismo – a partir da cristianização da Europa, o vértice superior da sua existência, a saber, o da Religião, foi substituído por um credo alógeno. Foi esta a primeira grande brecha na identidade europeia. A partir daí, assistiu-se a um efeito de bola de neve – a partir do momento em que o argumento étnico perde valor na definição da religião, ou seja, a partir do momento em que adorar uma determinada Divindade só por ser uma Divindade do seu Povo, a partir do momento em que este princípio perde relevância, está em causa a coesão do próprio Povo.
Dizer hoje a um ocidental de classe média para cima, sobretudo se intelectualizado, que se segue uma determinada religião «porque é a religião dos meus pais», é provavelmente ouvir o comentário que, no contexto social europeu, é o mais óbvio: «Mas o que é que a verdade de uma religião tem a ver com os pais ou com os avós?» A «verdade» passou a ser, desde a cristianização, o critério de escolha de uma determinada religião, como se as religiões não fossem todas verdadeiras, ou como se houvesse religiões falsas. É, com efeito, o Cristianismo que veicula na Europa a ideia de que há Deuses «falsos», conceito que não faria qualquer sentido no mundo pré-cristão – pois quem tem autoridade para determinar que uma Divindade de outro Povo é uma Divindade falsa? Quem assume ter esta autoridade é quem prega uma religião universalista, afirmadora de um Deus único comum a toda a humanidade. A partir do momento em que se aceita esta declaração como certa, a noção de adorar os Deuses da sua própria estirpe queda-se destituída de sentido, o que, repita-se, só pode ter como consequência o enfraquecimento da etnia como valor máximo e óbvio de coesão grupal.
É por isso fácil, hoje em dia, dizer-se a um «racista» europeu «então e o nosso Jesus Cristo, como é que é?, ele era um judeu do Médio Oriente, não era europeu…» É fácil, facílimo, muito frequente até; no Natal, por exemplo, não faltam os «memes» políticos a «lembrar» que Jesus, Maria e José também eram imigrantes, aliás, o próprio papa salienta isto mesmo nos seus sermões anti-racistas, para com isso «envergonhar» os Europeus, porque dá por adquirido que os Europeus «racistas» são cristãos. Infelizmente, não se engana muito, por enquanto. É exactamente a partir do momento em que este argumento sobre Cristo «imigrante» se usa, que toda a Direita conservadora passa imediatamente à defesa, é que é logo: «ah, mas Jesus era diferente», ou «isso é religião, é outro assunto», bem como «Jesus portava-se bem, não vinha trazer terrorismo e criminalidade…» e depois é sempre a descer, até ao paupérrimo «a gente nem é contra a imigração, a gente só não quer é ruas cheias de desempregados e criminosos e assim…»
Ideologicamente já estão batidos. Ou, pelo menos, já não estão a defender o Nacionalismo mas sim um conservadorismo que se sustenta numa situação cultural temporária, transitória, sem um princípio crucial de raiz. Nasce então o «cristão cultural», noção sem qualquer valor espiritual, pois que o Cristianismo é uma religião, não é uma «cultura». Não tem cabimento dizer «eu acredito em Jesus mas só culturalmente». Isto é o desenraizamento completo mas em estado de negação. Deve recordar-se que o próprio Jesus expulsou os vendilhões do templo por eles estarem a usá-lo para outra coisa que não o culto religioso…
A um japonês não se pode dizer que ele está moralmente impedido de ser racista devido ao «nosso Jesus Cristo que pregava o amor sem fronteiras» e etc., e não se lhe pode dizer isto porque pura e simplesmente o Japão nunca foi cristianizado. Quando a tropa do Crucificado andava por lá a evangelizar, e a deitar abaixo templos pagãos japoneses, a autoridade japonesa não foi de modas nem esteve com meias medidas, proibiu o Cristianismo e crucificou uma data de cristãos na praia, para que os jesuítas os vissem à distância, nos seus navios, e percebessem que em terra nipónica não mandavam. Quando em 2015 houve forças mundialistas a querer convencer o Japão a aceitar refugiados, este país rejeitou 99% dos pedidos de asilo e o governo japonês respondeu com cristalina lógica: «Temos de momento um problema com a nossa baixa natalidade, precisamos de mais actividades para as mulheres e para os idosos, pelo que não nos podemos dar ao luxo de deixar entrar imigrantes».
Repare-se: diante do mesmo alegado problema que o Ocidente enfrenta, o da baixa natalidade, o Japão opta pela solução diametralmente oposta à das elites do Ocidente,
e porquê?
porque
mercê da mentalidade universalista que se impôs no Ocidente, a elite ocidental vê toda a gente à partida como unidades de trabalho e de povoamento,
ao passo que a elite nipónica, que ainda não foi ocidentalizada e nunca foi cristianizada, vê as pessoas antes de mais nada pela sua identidade étnica, sabendo por isso que a imigração em massa só pode fazer com que a população autóctone corra o risco de perder terreno diante de alógenos.
Outro asiático de uma cultura nunca cristianizada é o Dalai Lama. Aqui há poucos anos, disse, pelo menos duas vezes, com toda a clareza, o seguinte:
«A Europa deve aceitar refugiados mas apenas temporariamente, porque a Europa não deve tornar-se árabe». Disse-o assim, com estas palavras. A maralha «woke», anti-racista, extremo-esquerdista e afins, que usualmente gosta tanto de romantizar tudo o que é cultura não europeia e os sábios orientais e tal e coisa, desta vez nem piou…
Fora da bastardia mental universalista, tudo é claro como o cristal mais boémio e/ou atlântico: um Povo é raça, idioma, religião, e corre tanto mais para o seu desaparecimento quanto mais deixar que estes fundamentos identitários se corroam ou sejam substituídos.
O Nacionalismo verdadeiramente completo, integral, é pois o da ligação às raízes religiosas pré-cristãs, as do verdadeiro e milenar Ocidente.
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