terça-feira, julho 26, 2022

ITÁLIA - LÍDER DOS «IRMÃOS DE ITÁLIA» PODERÁ VIR A SER PRIMEIRA-MINISTRA




Na semana passada, o Primeiro-ministro italiano Mario Draghi voltou a apresentar a demissão ao Presidente Sergio Mattarella, que a aceitou, depois de a coligação que suportava o governo ter perdido o apoio de três parceiros. Agora, os partidos de extrema-direita podem estar a ganhar terreno na corrida à liderança governamental, e podem eleger uma mulher para o cargo de Primeiro-ministro pela primeira vez na História do país.
Com 45 anos, experiência profissional na área do Jornalismo e eleita para o parlamento italiano em 2006, Giorgia Meloni é a co-fundadora e presidente do partido ‘Irmãos de Itália’ e está a ser cada vez mais olhada como a possível próxima líder do governo italiano. Se Meloni vier a ganhar as eleições legislativas do próximo dia 25 de Setembro, será a primeira líder do governo italiano desde o ditador Benito Mussolini.
O partido ‘Irmão de Itália’ passou de uma popularidade de 4% em 2018 para ser hoje considerado um dos mais populares no país. Uma sondagem do ‘Politico’ mostra que o partido ‘Irmãos de Itália’ conta com 23% das intenções de voto, face às 22% do Partido Democrático. A ‘Liga’ de Mateo Salvini, também da ala da direita radical, aparece com 15% das intenções de voto.
Os números colocam Meloni como a líder natural do bloco da direita política italiana, que tem agora em frente a possibilidade de destronar a francesa Marine le Pen como a nova cara da direita no seio da União Europeia.
A especialista em ciência política Elisabetta de Giorgi, da Universidade de Trieste, contou à ‘TSF’ que Meloni “é uma líder muito carismática”, percepção que é impulsionada por ser mulher. A especialista prevê que a corrida eleitoral será disputada entre dois blocos: um do centro-esquerda e outro do centro-direita, do qual se destacará o ‘Irmãos de Itália’ e, consequentemente, Meloni.
Quanto à possibilidade de Mario Draghi poder voltar a concorrer ao cargo de Primeiro-ministro, Elisabetta de Giorgi diz que “é muito improvável” que isso venha a acontecer, mas aponta que a natureza da política italiana não permite afastar terminantemente essa possibilidade.
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Fonte: https://multinews.sapo.pt/atualidade/italia-extrema-direita-da-muito-carismatica-giorgia-meloni-tem-caminho-aberto-para-a-lideranca-depois-da-saida-de-draghi/?fbclid=IwAR3kPN2E7wMKOCsIr9ZKtpk1dj0C7kXXM8EegGSR2XpvtmEmoA-848XoQI8   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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De quatro por cento (4%) para vinte e três por cento (23%) em quatro anos - confirmação retumbante do que ando a dizer há colhões: a Democracia leva água ao moinho do Nacionalismo.