PCP OPÕE-SE À RECEPÇÃO DE UM CHEFE DE ESTADO QUE RESISTE A UMA INVASÃO MILITAR
A líder parlamentar do PCP considerou esta Mércores que a proposta de sessão parlamentar com o presidente ucraniano contraria o papel da Assembleia da República "em defesa da paz", justificando assim a oposição do seu partido à iniciativa.
"A Assembleia da República, enquanto órgão de soberania, não deve ter um papel para contribuir para a confrontação, para o conflito, para a corrida aos armamentos. O seu papel deve ser exactamente o oposto. O papel da Assembleia da República deve ser um papel em defesa da paz", sustentou Paula Santos, em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos, no parlamento.
A deputada comunista considerou que "a proposta que está em cima da mesa não vai ao encontro" desse propósito. "Daí o PCP não ter acompanhado esta mesma proposta, não vai ao encontro do objectivo de defender a paz, de procurar uma solução negociada", sustentou.
Paula Santos acrescentou que a "realização de sessões com intervenção de chefes de Estado na Assembleia da República, ao longo dos últimos anos, têm sido muito limitadas" e ocorrem sempre na sequência de visitas institucionais ao país, o que "neste caso concreto não ocorre".
"A solução para este conflito, a solução para a Ucrânia, para a Europa e para o mundo passa por avançar numa perspectiva de cessar-fogo, de avançar numa solução negociada, no respeito e no cumprimento da Carta das Nações Unidas", referiu a deputada.
A dirigente comunista acrescentou que o partido não está "a defender a paz para a Ucrânia desde 24 de Fevereiro de 2022".
"Estamos a colocar esta necessidade de se avançar num caminho de paz desde 2014 e ficámos sozinhos estes oito anos relativamente a esta matéria", declarou.
A conferência de líderes parlamentares aprovou hoje, com oposição do PCP, uma sessão solene com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por videoconferência.
A porta-voz da conferência de líderes, a socialista Maria da Luz Rosinha, referiu que o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, irá contactar o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, para que seja endereçado um convite formal ao presidente Volodymyr Zelensky para discursar perante o parlamento português.
"A decisão foi tomada por maioria, com a oposição do PCP. A data em que acontecerá essa sessão ficou dependente do convidado", Volodymyr Zelensky, apontou Maria da Luz Rosinha, adiantando que a expectativa é que a intervenção do Presidente ucraniano aconteça na semana entre 18 e 22 deste mês.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://www.jn.pt/nacional/pcp-diz-que-sessao-com-zelensky-contraria-papel-do-parlamento-de-defesa-da-paz-14748176.html* * *
Nada de novo - o PCP, que sempre apoiou o totalitarismo soviético, manifesta-se agora contra a recepção na A.R. de um chefe de Estado soberano que resiste a uma invasão totalitária russa. A Esquerda caviar não se "indigna" enquanto os "direitinhas" vão continuar a dizer que merece respeito pelo seu papel em prol da Democracia o partido de Cunhal, que em 1974 traiu o Estado democrático de Portugal ao entregar arquivos militares da OTAN ao Pacto de Varsóvia...
1 Comments:
Só estão a ser coerentes: os comunistas sâo aliados da Russia de Putin no leste da ucrania desde 2014, tanto que o partido comunista ucraniano foi ilegalizado.
Mas a coerencia deles não tem limites: os russos podiam genocidar e bombardear literalmente todos os metros quadrados da Ucrania com tudo o que têm e mais outros países a seguir, que eles continuavam a dizer que a resistencia contra a Russia não é pela paz. Para além disso o sonho dos comunas é o fim da nato. Estão a ser coerentes só que a coerencia deles é assassina.
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