terça-feira, maio 11, 2021

FRANÇA - SEGUNDA CARTA ABERTA A AVISAR O PRESIDENTE DE QUE GUERRA CIVIL PODE ESTAR PARA ACONTECER

Menos de três semanas depois de militares da reserva defenderem uma "intervenção" em França, um grupo da activa publicou uma carta aberta afirmando que está a tomar forma o cenário de uma guerra civil no país, e pedindo que o presidente francês, Emmanuel Macron, tome alguma medida diante do "colapso" que a Nação estaria enfrentando.
Apoiada até agora por 133 mil leitores, a carta anónima foi publicada na revista de Extrema-Direita Valleurs Actuelle. O documento tem um tom semelhante a uma publicação atribuída a militares da reserva divulgada em 21 de Abril, que tinha passado despercebida até a líder extremista de Direita Marine Le Pen convidar os signatários a juntarem-se a ela nas eleições presidenciais de 2022. A atitude provocou várias críticas pela tentativa de politizar as Forças Armadas.
"Os nossos superiores têm total razão. Vemos a violência nas nossas cidades", diz um trecho da nova carta. "Vemos que o ódio contra a França e sua história passa a ser norma", acrescenta o documento, endereçado a Macron e seus ministros.
O grupo de militares alega que, por supostamente ser "apolítico", consegue fazer uma análise "profissional" sobre a situação francesa. "Estamos a falar 
da sobrevivência de nosso país", ressalta.
O documento critica ainda supostas concessões feitas ao islamismo pelo governo francês, e diz que, em algumas comunidades religiosas, a França "é apenas objecto de sarcasmo, desprezo ou ódio".
"Falta de coragem"
Ainda não é claro quem está por trás da nova carta e quantos militares apoiaram a iniciativa. Os autores afirmam que fazem parte de uma geração jovem de militares, muitos dos quais muitos participaram na operação Sentinelle, lançada no país após os ataques jihadistas de 2015.
A carta anterior gerou furor e repúdio em França, com a ministra das Forças Armadas, Florence Parly, prometendo punir o grupo de militares que assinou o documento.
Após a nova publicação, o ministro do Interior, Gerald Darmanin – um aliado próximo de Macron –, classificou o documento como "uma manobra grosseira", e acusou os signatários anónimos de falta de "coragem". Já o ministro francês de Economia e Finanças, Bruno Le Maire, acusou o grupo de assumir a retórica da Extrema-Direita.

*
Fonte: https://www.dw.com/pt-br/militares-voltam-a-defender-interven%C3%A7%C3%A3o-na-fran%C3%A7a/a-57485614?fbclid=IwAR3t9wpDwF02junnbyKUBiL0NC022oLdSEc7cteYqm9Q_q8BYr0-VarGCWk

* * *

Fazem muito bem estes militares em manter-se no anonimato, já que a liberdade de expressão está por ali seriamente limitada, como se viu na punição dos militares que tiveram a ingenuidade e frontalidade de apoiar declaradamente a carta anterior... e, entretanto, a sua atitude reforça o valor do apelo e do aviso já lançado antes, que só os «racistas primários!» previram há décadas atrás...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caturo, devias de ler a entrevista toda a um dos generais franceses, que foi corrborada por 20 mil militares franceses:

https://telegra.ph/civil-war-is-inevitable-says-a-french-officer-05-08

A coisa está a ficar complicada, mas felizmente que eles apontam: a grande substituição.

12 de maio de 2021 às 20:59:00 WEST  

Enviar um comentário

<< Home