CELEBRAR A SOBERANIA - CELEBRAR A REPÚBLICA
Cinco de Outubro de 1143: Castela reconhece a independência de Portugal.
Cinco de Outubro de 1910: Portugal torna-se numa república.
Ou seja, primeiro livrámo-nos de um rei em particular, mais tarde livrámo-nos de todos, boa evolução... evolução no sentido da Liberdade: primeiro, a liberdade nacional face ao estrangeiro, depois a liberdade do povo face a quem não pode ser escolhido democraticamente...
Quanto à implantação da República, é preciso dizer que, independentemente de se ter tratado ou não de uma iniciativa maçónica, e de a época ter sido subsequentemente marcada por violência e instabilidade, o feito não deixa a meu ver se revelar meritório. A República é, por princípio, uma instituição mais democrática do que a Monarquia, o que está longe de significar, obviamente, que toda a república seja democrática ou que toda a monarquia seja anti-democrática. É verdade, admita-se, que o país europeu com mais tradição democrática na Idade Contemporânea, o da velha Albion, é monárquico; enquanto isso, os dois expoentes máximos do totalitarismo no século XX foram as repúblicas comunistas soviéticas e chinesa. Tais factos históricos não ofuscam contudo a essência da diferença entre República e Monarquia - é incontornável que um dos regimes permite a escolha e, mais importante do que isso, a remoção dos líderes, ao passo que no outro tal substituição é notoriamente mais difícil. Acresce que, entrementes, afigura-se muito mais democraticamente edificante ser cidadão do que ser súbdito...
Por mais que as tradições indo-europeias sejam todas originariamente monárquicas, não me sai da cabeça que a República é um modo de governo tipicamente indo-europeu. Surgiu entre Povos indo-europeus: formalmente na Grécia e na Roma antiga; em esboço, no seio de certas tribos gaulesas e celtibéricas... Atente-se por exemplo na propaganda de guerra (que frequentemente diz mais sobre a própria mentalidade de quem a faz do que sobre o seu inimigo propriamente dito) helénica aquando das Guerras Médicas: os Gregos comparavam-se a si próprios com os Persas para destacarem a sua própria liberdade, que alegadamente os distinguiria dos Asiáticos, orgulhando-se os Helenos de obedecerem, não a um homem, como o «rei dos reis» persa, mas unicamente à Lei... é oportuno lembrar, a propósito, que já foi observada a diferença, na Ibéria pré-romana, entre, por um lado, os reis e príncipes tendencialmente divinizados do sul e oriente, de influência marcadamente mediterrânica, e, por outro, as assembleias e líderes eleitos das áreas centro, norte e ocidente da Ibéria, portanto, da grande zona indo-europeia da Península Hispânica, sendo esta característica tendencialmente «republicana», passe o anacronismo, particularmente visível entre os Lusitanos - todos os seus líderes cujos nomes são actualmente conhecidos, nomeadamente Púnico, Caucainos, Caisaros, Viriato, Tautalos, foram escolhidos pelo seu mérito, não consta que tivessem qualquer estatuto de carácter real.
De
resto, um bom nacionalista, isto é, um racialista-etnicista, sabe bem o
perigo que as famílias reais europeias andam a representar para a
Europa... compostas de gente completamente educada na Igreja e no
consenso politicamente correcto das elites, facilmente se moldam pela
mentalidade da abertura ao alógeno, como se constata no apreço que o
eventual herdeiro da coroa real portuguesa tem por África e
especialmente por Timor, pela militante receptividade à imigração e à
ligação africana da parte de outro que diz ser seu rival e verdadeiro
herdeiro do trono, e também de um príncipe do Mónaco que já tem um filho
mulato e ainda do herdeiro da coroa britânica, sempre tão simpatizante
do Islão... e do recente apoio declarado do rei de Espanha à
imigração... Imagine-se o que era esta gente ter mais influência na
Europa do que tem actualmente, a relativa facilidade, por exemplo, de
algum mestiço vir a ser monarca português ou monegasco, o modo como isso
poderia ser utilizado para abater de vez toda a resistência «racista»
do pobre cidadão ingénuo e psicologicamente indefeso diante dos mestres e
propagandistas da retórica anti-racista... rapidamente se ouviria aos
quatro ventos a conversa totalitária do
«todo-o-nacional-que-se-preze-tem-que-ser-anti-racista!» a ser
duplicada, multiplicada e elevada ao cubo...
Outra vantagem da República é que os Portugueses até ficaram brilhantemente bem servidos com o Hino «da República», A Portuguesa, cuja letra é simplesmente uma das mais belas coisas que o País tem...
«A Portuguesa» cantada por Isabel Silvestre e tocada com gaita de foles
«A Portuguesa» cantada pelo povo
O
carácter mais positivo do que negativo da queda da Monarquia não deve
de qualquer modo permitir que se continue a esquecer outra efeméride que
na mesma data se assinala, ou deveria assinalar - a
da fundação oficial da independência portuguesa: 5 de Outubro de 1143,
assinatura do Tratado de Zamora, em que o reino de Castela e Leão
reconheceu o estatuto de reino a Portugal. A celebração
deste evento por parte do pessoal monárquico em Coimbra constitui
obviamente uma espécie de provocação e bofetada sem mão dada à
República, mas o total esquecimento, por parte da República, do feito de
1143, nunca foi bom sinal da sua boa vontade para com a herança
histórica da Pátria. De ambas as partes há quem tenha por certo que as
duas celebrações se contradizem, o que só pode entender-se numa lógica
de mesquinho, e sobejamente cretino, espírito de partidarismo, ou aliás,
pior ainda, de clubice daquela mais primária e mentecapta. A oposição
que alguns querem fazer crer que existe entre as duas efemérides dá
sempre a impressão de que há demasiados caganifrates da bola a
contaminar questões pátrias com o seu padrão mental rasteiramente
futeboleiro, de quem tem por certo que não se pode elogiar o estádio ou o
presidente ou uma boa jogada da equipa adversária porque do «outro
lado» é tudo para abater. Essa primarice poderá ter o seu lugar numa
tarde de sábado diante do televisor, ou no estádio, ou, num outro
extremo, nalgum campo de batalha real em que seja mesmo preciso matar ou
morrer, mas torna-se soberanamente idiota quando aplicada ao debate
histórico, político e ideológico. A vitória política de 1143 não foi
uma vitória «da monarquia», mas sim da soberania de um Povo, e
obviamente que tal vitória teria de se revestir de uma forma monárquica,
pois se nessa altura todos os poderes políticos soberanos eram
monárquicos, seguramente que não iria passar por baixo do elmo de D.
Afonso Henriques a ideia de subitamente se declarar presidente ou
primeiro-ministro... do mesmo modo, a vitória política contra a
monarquia em 1910 não foi a vitória sobre todo o passado português,
muito menos a sua rejeição, mas tão somente a alteração interna, entre
concidadãos, da forma de governação. Já é mais que tempo de se entender
que tanto o feito de 1143 como o de 1910 serviram para dignificar
a liberdade desta estirpe da faixa ocidental ibérica, como se estivesse
no destino da gente lusa não se submeter nem a forças externas nem a
donos internos, tendência que Júlio César, agastado pela crónica
resistência lusitana, condensou em famosa frase: Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um Povo muito estranho que não se governa nem se deixa governar»... E, fosse neste contexto ou em qualquer outro, não devem esquecer-se as palavras atribuídas a Viriato: «A Pátria está na liberdade.»
Não deixa entretanto de constituir coincidência valiosa que o dia de hoje fosse, na Antiguidade Romana, religiosamente consagrado ao «Mundus Patet», ou Abertura do Poço do Mundo dos Mortos, para que estes, os Ancestrais, voltassem temporariamente ao contacto com os vivos... e vem à memória a passagem do Hino Nacional que fala em escutar a voz dos Egrégios Avós.
Não deixa entretanto de constituir coincidência valiosa que o dia de hoje fosse, na Antiguidade Romana, religiosamente consagrado ao «Mundus Patet», ou Abertura do Poço do Mundo dos Mortos, para que estes, os Ancestrais, voltassem temporariamente ao contacto com os vivos... e vem à memória a passagem do Hino Nacional que fala em escutar a voz dos Egrégios Avós.
1 Comments:
O candidato presidencial dos EUA, Donald Trump, à Coalizão Republicana Judaica: "Você quer dar dinheiro aos políticos para que possa controlá-los."
Os judeus pagam, os políticos obedecem.
Joe Biden, o outro candidato à presidência dos Estados Unidos: "Custa muito dinheiro para concorrer a um cargo e você tem que ir para aquelas pessoas que têm dinheiro e sempre querem alguma coisa."
Os judeus pagam, os políticos obedecem.
"Você pensou em onde conseguiria o dinheiro de que precisava para vencer uma corrida. Você começou a trabalhar, a comunidade escolhida e a comunidade judaica. Mas antes de ir para a comunidade judaica, você tinha que conversar com os liderar a pessoa AIPAC. "
Os judeus pagam, os políticos obedecem.
Cynthia McKinney, ex-congressista dos EUA: "Isso acontece com todos os 535 membros do Congresso - se você não agir de maneira adequada para os judeus, não receberá dinheiro para fazer sua campanha."
Os judeus pagam, os políticos obedecem.
Vamos dizer juntos:
Os judeus pagam, os políticos obedecem.
https://twitter.com/cursedsalad/status/1313604546200047616
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