PAPA COMPARA MORTE POR APOSTASIA COM EUTANÁSIA

O papa disse na semana passada em entrevista que não devemos culpar apenas os muçulmanos, também nos devemos «culpar a nós»... Em que contexto? Falava ele da proibição da apostasia no Islão. Nalguns países muçulmanos, a apostasia é punida com pena de morte. E então diz ele assim, repare-se: «Mas há algo mais que me preocupa: a regressão de nós cristãos quando retiramos a nossa própria liberdade de consciência. Pense nos médicos cristãos e nas instituições hospitalares que não têm direito à objecção de consciência, por exemplo, a respeito da eutanásia. Como? A Igreja evoluiu e vocês países cristãos estão a regredir? Pense nisso porque é a verdade. Hoje, nós cristãos temos o perigo de que alguns governos nos retirem a liberdade de consciência, que é o primeiro passo para a liberdade de culto. A resposta não é fácil. Mas não acusemos os muçulmanos. Acusemo-nos a nós próprios também nestes países em que isto acontece. É uma vergonha...»

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Fonte: https://www.jihadwatch.org/2019/04/pope-lets-not-accuse-muslims-lets-accuse-ourselves-also

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Claro que o supremo vigário do Judeu Morto tinha de fazer um «mea culpa» colectivo diante do Islão, porque a mentalidade cristã tem a famosa parte de dar a outra face e do complexo de culpa e assim... mas, neste caso, o que salta mais à vista é que o seu «mea culpa» é dos mais baratuchos e moralmente criminosos que se lhe tem visto. Baratucho porque não lhe custa nada - ao falar de «nós», ele não está a falar dos cristãos coerentes e radicais, ele está é a referir-se aos Europeus, porque é graças à liberdade europeia que a eutanásia se pode fazer em diversos países, contra a vontade da Igreja. Moralmente criminoso porque está a pôr no mesmo saco a execução por apostasia e a eutanásia... como se a morte voluntária para evitar o sofrimento físico fosse a mesma coisa que a matança de pessoas que renunciam à sua religião. Só a mais absoluta amoralidade no que respeita à Liberdade permitiria tal comparação - isto nem sequer é só desprezar a Liberdade, isto é nem sequer ter ideia do que ela significa, isto é ser-lhe genuína e sinceramente indiferente.

Note-se que quem está a dizer esta coisa não é uma beata de noventa anos já com Alzheimer, nem é um jovem coitadinho palestiniano que sabe pouco do Islão, nem é um fanático qualquer do califado, não - quem está a dizer isto é o maior líder espiritual da Cristandade e o mais seguido dos líderes religiosos do planeta Terra. 

Passaram dois milénios desde que o carpinteiro filho de uma virgem foi pregado na cruz pela sua subversão - a Cristandade continua a ser o mesmo veneno espiritual inimigo da mais sagrada Liberdade individual.