ÁFRICA DO SUL - LEÕES MANTIDOS EM CATIVEIRO PARA SEREM CAÇADOS POR «DESPORTO»
Milhares de leões são criados em recintos fechados para serem abatidos por caçadores que os matam por diversão.
Segundo o artigo do jornal britânico Daily Mail, alguns felinos são mortos para que os seus "ossos possam ser transformados em medicamentos e bugigangas" e revendidos por valores exorbitantes no Extremo Oriente, enquanto outros são transportados para matadouros e "mantidos em condições terríveis até serem abatidos".
Esta indústria repugnante foi exposta após investigação de um ano, feita por Lord Ashcroft e sua equipa de investigadores infiltrados, que acusou o Governo britânico de ser cúmplice no comércio por não ter proibido a importação de peles destes animais: "A África do Sul é o único país do mundo que permite a criação de leões em larga escala, com animais majestosos mantidos em cercados ou gaiolas em mais de 200 fazendas e recintos fechados", escreveu o activista no artigo.
Neste domingo (28), a revelação de Ashcroft teve um final feliz, após um leão ter sido resgatado da morte e libertado para a selva.
A edição escreve que, em apenas dois dias, "54 leões foram mortos num matadouro miserável".
Os conservacionistas afirmaram que leões e tigres são cruzados em cativeiro numa "tentativa repugnante de obter maiores lucros com o comércio bárbaro de ossos" e que as suas peles são "contrabandeadas para os EUA através da Grã-Bretanha".
"Surpreendentemente, os 12.000 animais que foram reproduzidos e criados em cativeiro superam em número os leões selvagens no país em quase quatro para um", adicionou Ashcroft.
Um leão de 11 anos, chamado Simba, e que esteve no centro da investigação de Lord Ashcroft, foi criado em cativeiro e apresentado a caçadores estrangeiros à procura de espécimes de primeira qualidade para abate.
Graças aos investigadores infiltrados, Simba foi salvo e libertado de um grande recinto secreto horas antes de ser abatido por um caçador profissional que já estava a caminho para matar o leão.
O felino havia sido oferecido para abate no ano passado ao caçador britânico Miles Wakefield, de 48 anos, que pagou cerca de £ 3.000 para perseguir o animal através de uma área de caça fechada antes de disparar sobre ele dois poderosos dardos tranquilizantes. Wakefield alegou que foi "enganado" pelos chefes dos safaris que organizaram a caçada, acreditando tratar-se de uma operação legal.
"Os clientes de caça pagam até £42.300 para matar um macho grande, muitas vezes colocando depois triunfalmente a sua cabeça numa parede", revelou o activista.
A investigação aumenta a pressão sobre o governo, enquanto o secretário do Ambiente da Grã-Bretanha, Michael Gove, disse que está prevista uma reunião referente ao assunto.
*
Fonte: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2019042813772924-chacina-leoes-investigacao-expoe-comercio-repugnante-de-felinos-africa-do-sul/
* * *
Comércio abjecto que só na desordem corrupta do terceiro-mundo se pode levar a cabo, independentemente de alguns dos seus mandantes se encontrarem estacionados na Europa civilizada.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home