ONU CONDENA PROIBIÇÃO FRANCESA DE USAR O VÉU ISLÂMICO
A proibição do véu islâmico nos espaços públicos volta a levantar polémica, em França. Segundo a lei adoptada pelo Parlamento francês, em 2010, a multa pode chegar até aos 150 euros. Para as Nações Unidas, trata-se de uma violação do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, do qual França é signatária.
Um grupo de especialistas condenou Paris por ter multado duas mulheres, em 2016, dizendo que França deve compensar as queixosas e rever a lei: "Houve uma violação de dois artigos: o artigo 18 do Pacto, que garante a liberdade de religião e de a manifestar e do artigo 26, que proíbe a discriminação", adiantou Ilze Brands-Kehris da Comissão dos Direitos Humanos.
O parecer da Comissão de Direitos Humanos não é vinculativo. Num comunicado, a diplomacia francesa reafirmou "a plena legitimidade" da lei de 2010.
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Agradecimentos à Helena Vilarinho por me ter dado a conhecer esta notícia: https://pt.euronews.com/2018/10/24/onu-proibicao-do-veu-islamico-integral-em-franca-viola-direitos-humanos
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O véu islâmico é em si mesmo uma ferramenta de subordinação feminina ao patriarcado mais dominador - uma forma de entregar o controlo total da mulher, até da própria beleza da mulher, ao homem. A proibição é em muitos casos a única protecção das mulheres muçulmanas mais liberais diante da pressão sobre elas exercida pela comunidade muçulmana, algo que é bem sabido nos meios laicos da Turquia, onde a intenção de acabar com a proibição do véu na universidade, medida de Erdogan, preocupou severamente a elite secular e kemalista deste país. Ora a ONU resolve acabar com essa defesa... será por causa da presença do lóbi islamista nessa organização ou trata-se aqui de mera xenofilite e subsequente dimitude por parte da elite ocidental reinante?
3 Comments:
Toma e publica:
https://i.postimg.cc/gz88g4B9/shot-20181024-28139-9idytl.jpg
O facto de proibir a burka vai fazer com que as mulheres que a usam (seja por opção ou não) fiquem remetidas à própria casa pois nunca poderão sair da mesma. Isso retira-lhes direitos. E não é pela proibição que se combate a tradição e se emancipa mulheres.
Se isso fosse assim, não havia mulheres nas ruas da Turquia, do Irão ou do Afeganistão nas ruas durante os anos setenta... No Ocidente, um Estado forte não permitiria o sequestro de milhares de mulheres em suas casas.
De resto, se não é pela proibição que se combate a tradição e se emancipa as mulheres, então a proibição dos piropos e dos apalpões seria inútil, não?...
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