quarta-feira, junho 25, 2025

AUMENTO DOS GASTOS COM A DEFESA? CLARO - O GRANDE CAPITAL É A RESPOSTA

Num momento em que o império euro-asiático putineiro adopta uma postura eminentemente militarista e declaradamente anti-ocidental, ataca impunemente um Povo irmão e Estado soberano, e, mais recentemente, junta forças militares ao longo da fronteira de mil quilómetros com a Finlândia - imagine-se o que pode isto fazer, por exemplo, à pequena Estónia - torna-se óbvio que ignorar o perigo oriundo de onde vieram os Hunos é nada menos que suicidário, quando não é, por outro lado, cumplicidade com o agressor. 

Havendo, por isso, necessidade de aumentar notoriamente os gastos de cada um dos países da OTAN com a sua própria defesa militar, parte da defesa militar de todos os outros, urge decidir como se sustentarão tão brutais gastos. Parece-me óbvio qual é ou seria a forma mais justa de o fazer - da criação, a nível europeu, de um pacote legal de semi-urgência, que incluiria a nacionalização parcial das grandes empresas e bancos em todo o espaço da UE. Nacionalização apenas parcial, sublinhe-se, para que nenhum dos proprietários privados ficasse sem a sua empresa, bem entendido... Com efeito, todas as grandes multinacionais em solo da UE poderiam continuar nas mãos daqueles que hoje são seus detentores, sucedendo simplesmente que
1 - Não poderiam vender nenhuma empresa a outros privados, 
2 - não poderiam mover quaisquer materiais ou capitais para países de fora da UE,
3 - teriam de pagar impostos muitíssimo elevados sobre os seus rendimentos para sustentar o esforço industrial bélico do Ocidente,
4 - esta lei seria aplicada de imediato, tendo este imediatismo o propósito de não dar tempo aos proprietários do grande capital para deslocarem os seus proventos em direcção a países onde não pagassem impostos.

Seria evidentemente uma linha de procedimento muito mais sensata do que tirar dinheiro aos sectores da Saúde ou da Segurança Social, pois que todo e qualquer Estado tem ou deve ter como primeira função a defesa da Pátria, da Nação, do Povo, defesa esta que se exerce, em primeiro e mais imediato lugar, pela defesa das fronteiras nacionais contra ameaças externas, pela defesa da população contra ameaças internas, pela saúde da sua população - e, só depois disso, pela defesa da propriedade privada, nomeadamente a dos mais abastados.