domingo, setembro 23, 2018

«TEMPLO DE LATONA»



Tapeçaria - «O Templo de Latona»
Trabalho do século XVI (actualmente no Museu de Lamego) no qual se pode ver Latona, Diana e Apolo

Bruxelas, 1525-1530
Lã e seda. Tecelagem de alto liço
Proveniência: antigo Paço Episcopal de Lamego
Inv. 2
A tapeçaria pertenceu a uma armação de quatro panos, representando a história da rainha Níobe e do terrível castigo infligido pelos deuses Apolo e Diana, filhos de Latona, que é contada por Ovídio no poema “Metamorfoses”. Tecida em Bruxelas, uma réplica (hoje desaparecida) desta armação é descrita no Palácio do Cardeal de Trento. As séries de Lamego e de Trento podem ser cópias de um conjunto original, provavelmente encomendado na Flandres para a corte de Habsburgo, devido à inscrição “AEIOU”, presente na orla da túnica da figura ajoelhada em primeiro plano, que a identifica.
O pano exibe o episódio do ataque ao Templo da Deusa Latona, protagonizado pela rainha Níobe e suas filhas após a morte dos filhos varões de Níobe às mãos da deusa.
Ao centro, aparece a Deusa entronizada. Dos lados, sobre altas colunas, as estátuas de seus filhos tidos de Júpiter, Diana e Apolo, segurando feixes de setas, aludindo à morte dos filhos de Níobe. Um grupo de damas armadas com troncos de árvores, precipita-se da direita, interrompendo as libações sacerdotais e ameaçando os que vieram prestar culto à deusa, trazendo-lhe oferendas.
No primeiro plano, ajoelha uma personagem masculina, defendendo-se de um golpe que uma das damas (a rainha Níobe) se apresta a descarregar. À esquerda, agrupam-se os adoradores de Latona, destacando-se no primeiro plano uma dama que se apressa a abandonar o templo, levando sob o braço um bode e na mão um cesto. No extremo oposto está caído por terra um cesto idêntico e junto um porco, ofertas da personagem ajoelhada ao centro da composição. Tomam parte da acção, dispostos à direita, três sacerdotes, cujas mitras abrem dos lados, em meia lua, no estilo do século XVI. Duas destas figuras praticam libações sobre a toalha que se vê quase ao meio do trono, e a terceira agita um turíbulo, incensando a deusa.
O templo abre por arcarias sobre fundo de paisagem e tem sobre a cimalha uma série de lâmpadas ardentes.




2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Porque razão eliminas postagens antigas que publicas Caturo? Tens limite de comentários ao que publicas? Aquilo que é importante deixa de ser? Critica constructiva: o teu blogue devia ter no final de cada post duas opções: Mensagem mais recente e mensagem mais antiga. Assim dava para andar de post em post. Facilitavas a vida a pessoas que seguem o teu blog mas que por alguma razão não podem aceder todos os dias e quando voltam sentem-se perdidas, tamanha é a quantidade das publicações. Penso que me fiz entender. O blog é seu, faça o que quiser, apenas dei a minha opinião de utilizador.

P.s: Os Nacionalistas são anti-democráticos porque não se identificam com esta democracia, a Democracia que nós defendemos é Orgânica, tu sabes disso Caturo, não faças demagogia. Nacionlistas não pactuam com esta democracia, que é a ditadura da mentira, da usura, da ingerência internacional e da ilusão de Liberdade. Uma Respublica (coisa pública) tem de ser mista, ou seja, ter elementos de Império (Sol, elevação Espiritual), Monarquia (Um, o melhor líder), Oligarquia (poucos e bons a governar), Aristocracia (os Melhores), Meritocracia (provas exigentes de seleção natural, para escolher os melhores), Democracia Orgânica (Intituições Naturais Representativas da Nação: familia, municipios , profissões, associações, sociedade civil, enfim, verdadeiro Corporativismo).
Para Nós, Democracia não é partidocracia nem plutocracia, é um Corpo Uno e Indivizivel, uma Colmeia, não um Circo a céu aberto onde os palhaços somos Nós. Não somos contra a Democracia, apenas temos outra visão acerca da mesma. Mais uma coisa, Nacionalistas de verdade não querem o poder a qualquer preço, a Verdade não se muda por conveniência.
Cumprimentos e um puco mais de respeito pelos Nacionalistas " anti-democráticos", que defendem a verdadeira Democracia. Fica bem

24 de setembro de 2018 às 03:23:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não sei do que falas no primeiro parágrafo, não apaguei postagem alguma. Quanto aos comentários, os mais antigos aparecem sempre no topo, ou não?...

No que respeita ao segundo parágrafo, fala por ti. Eu sou democrata da Democracia autêntica, e a Democracia autêntica dispensa considerações «orgânicas» e meios-termos que diminuam o poder de cada cidadão. Quanto mais democrática for a sociedade, menos poder terá a elite regente e mais poder estará distribuído pela população em partes iguais, isto em termos de tendência geral. Nada do que existe na vida humana é absoluto, daí que a Democracia também não possa ser perfeita, mas é, seguramente, perfectível, ou seja, pode sempre ser aperfeiçoada e evoluir no sentido de dar cada vez mais poder ao homem comum. Não há por isso espaço aí para qualquer Império (as considerações «solares» e evolianas são de todo desnecessárias e quase sempre anti-democráticas), nem para a monarquia (nenhum líder pode ser incontestado - algumas monarquias são muito democráticas, como a do Reino Unido, da Dinamarca, da Noruega, mas isso é porque aí o poder do rei está já muito reduzido), nem para a aristocracia nem para qualquer corporativismo que sobreponha vontades de chefes sobre a vontade da massa.
Por esta razão, não há Democracia mais democrática, neste momento, para além da democracia com partidos. Ainda não se inventou melhor do que isso, paciência.
Quanto à Verdade, toda a gente diz que a observa mas ninguém é dela dono. Não explicas o que tem isso a ver com o poder a qualquer preço...

De resto, criticar o Nacionalismo anti-democrático não é desrespeitar nacionalistas anti-democráticos...

Saudações Nacionalistas democráticas.

24 de setembro de 2018 às 19:26:00 WEST  

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