SOBRE A EVENTUALIDADE DE A ALEMANHA ADQUIRIR ARMAS NUCLEARES
Os ataques do presidente dos EUA, Donald Trump, à OTAN e Alemanha reacendem a necessidade de Berlim em possuir um bomba nuclear, escreveu o cientista político alemão Christian Hacke no jornal Die Welt. Agora que o país europeu é o "inimigo número um" dos EUA, Berlim precisa de repensar a sua política de segurança.
"No seu novo papel como inimigo número um do presidente dos EUA, a Alemanha precisa de repensar completamente a sua política de segurança (…) Pela primeira vez desde 1949 a República Federal da Alemanha ficou sem o escudo nuclear dos EUA. A Alemanha não está protegida contra situações extremas", adverte Hacke.
O cientista político tem certeza de que possuir armas nucleares permitiria a Berlim proteger-se de ameaças. Acrescenta, além disso, que a diplomacia só é efectiva quando há forte apoio militar por trás.
Poucos diplomatas, militares e especialistas, entretanto, compartilham a opinião de Hacke. Muitos acreditam, porém, que o assunto deve ser discutido.
Caso contrário, a Alemanha poderá transformar-se "num brinquedo", em vez de participante activo na política internacional.
Para alguns, por outro lado, repensar a política de segurança alemã implicaria a quebra do status quo e de uma série de acordos internacionais.
O ex-embaixador da Alemanha em Londres e Washington, Peter Ammon, cujas palavras também são citadas pelo jornal alemão, acredita que "a Alemanha ficará isolada e tornar-se-á objecto de críticas dos seus aliados" se uma bomba nuclear for construída. Além disso, a medida pode resultar em sanções económicas por parte dos EUA.
"Para os nossos aliados, os tweets selvagens do presidente dos Estados Unidos não são motivo suficiente para violar o regime internacional de não-proliferação (…) Isto levará a uma terrível perda de confiança", alerta o ex-embaixador.
Amon propõe assinar um acordo com França, que contemple uma profunda integração dos dois países no que diz respeito à defesa, já que França possui armas nucleares.
"A Europa só pode sobreviver se a Alemanha for política, económica e militarmente forte contra a Rússia, a China e os Estados Unidos", adverte Harald Kujat, ex-chefe do Bundeswehr, as Forças Armadas alemãs.
No entanto, adverte, se a Alemanha não quiser renunciar à sua segurança, deve-se basear no novo mundo multipolar, confiando na União Europeia e na OTAN. "Agir de forma independente como uma potência nuclear colocará em risco a base sólida dessa segurança".
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Fonte: https://br.sputniknews.com/defesa/2018072911830337-eua-alemanha-atrito-bomba-nuclear/
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Uma Alemanha com armas nucleares sim, mesmo que num futuro relativamente próximo venha a fragmentar-se nas Nações que realmente a compõem... Para já, constitui um dos potentados da Europa Unida, que não deve descurar o aspecto militar do seu desempenho político.
5 Comments:
A Alemanha é uma nação com uma só língua.
Não. Tem várias línguas.
Bem eu já vi este discurso de União da Europa contra os Estados Unidos antes,e foi com o finado Charles de gaulle quando disse que a Europa deveria se unir aos países do Oriente médio contra os Estados Unidos,toda uma geração de políticos europeus(incluindo os atuais),aderiram a esta ideia estapafúrdia,e nem preciso dizer os resultados disto,o mais engraçado é que mesmo sofrendo as terríveis consequências da palhaçada chamada multiculturalismo muitos europeus ainda acreditam,de forma até ingênua que conseguem controlar seus próprios países,o que acredito que pode acontecer com a Europa nos próximos anos são varias guerras civis no estilo Iugoslávia a medida que as hordas muçulmanas ocupam cada vez mais espaço e se tornem mais violentas ,a exemplo da invasão muçulmana da Índia,ocasionando na divisão étnica e cultural do território da até então chamada Europa.
Sim, mas é mais complicado do que parece. De facto o anti-americanismo primário foi e continua a ser um autêntico tiro no pé quando é defendido por europeus, e até hoje os EUA têm-se revelado fundamentais para a defesa do território europeu, mas não é impossível que esta defesa venha a ser integralmente feita pelos próprios Europeus. Este é um dos primeiros sinais nessa direcção, juntamente com o anúncio da criação de um Exército Único Europeu.
Blogger Caturo disse...
Sim, mas é mais complicado do que parece. De facto o anti-americanismo primário foi e continua a ser um autêntico tiro no pé quando é defendido por europeus, e até hoje os EUA têm-se revelado fundamentais para a defesa do território europeu, mas não é impossível que esta defesa venha a ser integralmente feita pelos próprios Europeus. Este é um dos primeiros sinais nessa direcção, juntamente com o anúncio da criação de um Exército Único Europeu.
os desgovernos democratas abriram um rombo no med junto com os de sempre trump e os republicanos tem é que fazer isso mesmo incentivar a ue nuclear por si como os eua fazem consigo mas o problema é que bruxelas é toda fail
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