COLOCAÇÃO DE ESTÁTUA DE DEUS PAGÃO EM LOCALIDADE SÉRVIA É CONTESTADA PELA IGREJA ORTODOXA

O novo proprietário do antigo hotel "Slavija" em Vrnjacka Banja, enviou uma proposta à Assembleia Municipal para a futura rotunda perto do novo hotel, a da colocação aí de uma estátua Deus Perun, o Deus do Raio, do Céu e da Chuva, porque o Seu nome vai ser a marca registada do futuro hotel. A empresa agora proprietária do hotel é a «Tonanti», palavra quase igual à portuguesa «Tonante», que significa «o/a que troveja». 

A Igreja opôs-se fortemente a essa proposta, argumentando que era uma blasfémia e que seria mais aceitável construir, por exemplo, uma mesquita.

A ideia de colocar a estátua de Perun veio de um investidor que está a construir um novo hotel em Vrnjacka Banja. Numa audiência pública, os representantes da Igreja Ortodoxa Sérvia alegaram que não há necessidade de voltar atrás no tempo antes do Cristianismo: «Acho que na rotunda não deve ser colocado um monumento que está desactualizado e não pertence a Vrnjacka Banja. Se se olhar para a história, o início de Vrnjacka Banja é cristão", disse o padre Zarko Dončić.

Em vez dessa proposta, mencionada durante o debate, o parecer foi ouvido e a igreja alvitrou que seria melhor colocar na futuras rotunda um monumento a representar o cavalo de Popovic, que, segundo a lenda, estava já a morrer mas foi curado por beber a água de Vrnjacka Banja.

Os cidadãos de Vrnjacka Banja geralmente não ouviram que a sua cidade poderia obter a estátua com a figura de Perun, e alguns ainda não sabem que Perun era Divindade eslava.

Chegou a haver um debate público e uma reunião da comissão parlamentar local a respeito do caso.

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Fontes: 

http://rs.n1info.com/a395075/Vesti/SPC-protiv-statute-Perunu-u-Vranjackoj-Banji.html

http://www.politika.rs/sr/clanak/404321/SPC-protiv-biste-boga-Peruna

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Tal como há dois mil anos, quem representa o Cristianismo continua a ser intolerante e totalitário; tal como há mil e setecentos anos, os representantes da Cristandade continuam a querer pressionar o poder político no sentido de impedir qualquer presença pagã na sociedade, nem que seja a presença no espaço público de uma simples estátua de cariz formalmente turístico e comercial. A arrogância com que se assumem donos da consciência do povo rivaliza com a dos muçulmanos, seus «irmãos» mais novos, inclusivamente porque reivindicam o «passado» cristão que foi imposto à força precisamente por eles próprios ou pelos seus «colegas» de há séculos. A propósito de muçulmanos, repare-se como o vigário do Judeu Morto disse que até era melhor uma mesquita do que uma estátua pagã, de facto a irmandade natural abraâmica está cada vez mais à vista...