terça-feira, julho 10, 2018

AFRIKANERS NA RÚSSIA

Cerca de 15 mil bôeres, descendentes dos colonos holandeses, franceses e alemães, querem emigrar da África do Sul para a Rússia, onde planeiam estabelecer uma colónia agrícola e investir na economia russa.
A África do Sul está no limiar de uma guerra racista e de um desastre económico. A devastação, racismo e confiscações, bem como os assassinatos de agricultores brancos, fazem com que os Bôeres estejam a pensar em emigração maciça.
Actualmente, 30 famílias bôeres estão prontas para se mudarem para a Rússia imediatamente, e mais 15 mil pessoas querem o mesmo.
Irina Volynets, presidente da organização não governamental Comité Nacional de Pais, que participou num encontro com uma delegação de bôeres na região russa de Stavropol, no sul do país, falou com a Sputnik Sérvia sobre as perspectivas dessa emigração.
Segundo ela, os Russos e os Bôeres têm um espírito semelhante, apreciam os valores familiares e as tradições. 15 mil bôeres manifestaram o seu desejo de se mudarem para a Rússia para se ocuparem de agricultura e ciência. 
"É de assinalar que os representantes dos Bôeres, os delegados que vieram [à região de Stavropol], são trabalhadores intelectuais. Não apenas pessoas com ensino superior, um deles é cientista, doutor em ciências. Ou seja, trata-se não de pessoas que querem vir para cá como dependentes e viver aqui às nossas custas, mas de pessoas que planeiam dar o seu contributo para o bem-estar geral", explicou Volynets.
Quanto à assimilação, a política sublinhou que os valores dos Bôeres coincidem com os dos Russos, o que facilitará este processo: "Não somos contra o facto de que os Bôeres, bem como outros grupos étnicos que chegam à Rússia, mantenham a sua identidade. É uma tendência comum da nossa história: a Rússia como o irmão mais velho, como amigo generoso para os Povos pequenos, representa um berço para eles. Desde a antiguidade, os povos que chegaram aqui em paz, mantiveram a sua identidade na Rússia, tornando-se ao mesmo tempo parte desta família multiétnica", afirmou ela.
Segundo ela, a Rússia deve prestar ajuda aos Bôeres e oferecer-lhes a oportunidade de viverem, trabalharem e criarem os seus filhos em território russo.  A política sublinha que os Bôeres poderiam estabelecer-se nas regiões agrícolas russas – no sul do país. Quanto à criação das condições necessárias para essa migração, Volynets afirmou que é uma questão muito difícil que levará bastante tempo e que deve ser resolvida ao nível político mais alto.
Não se trata de ajuda não reembolsável. Os bôeres estão prontos para trabalharem na Rússia, são pessoas que têm capital inicial para se estabelecerem no território russo.
Volynets espera que em vários meses as autoridades russas tomem a sua decisão sobre a emigração de bôeres para a Rússia.
Além da agricultura, os bôeres, sendo pessoas bastante abastadas, podem investir na economia russa: "Esta migração poderia tornar-se num óptimo projecto de investimento, que seria benéfico para todos: tanto para os moradores como para os investidores, que com os bôeres, vão aplicar o seu dinheiro no desenvolvimento de uma região", declarou ela.
"Estas pessoas sabem trabalhar, gostam de trabalhar e fazem-no perfeitamente. Na Rússia essas pessoas serão um bom exemplo do que precisamos", disse a política, acrescentando que esses migrantes contribuirão para a diversidade do povo multi-étnico russo.
*
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://br.sputniknews.com/russia/2018070811666942-africa-sul-boeres-russia-migracao/

* * *

É lamentável que a Holanda não esteja a receber estes seus descendentes e que se possam estabelecer na Rússia condições para futuros conflitos étnicos ou descaracterizações identitárias... mas enfim, enquanto o pau vai e vem folgam as costas e é incomparavelmente melhor que milhares de euro-descendentes se salvem do que morram em África...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

" É lamentável que a Holanda não esteja a receber estes seus descendentes"

o que os holandeses querem é descendentes de marroquinos estuprando suas mulheres,isso sim.ainda bem que os boeres vão para a Russia,por que indo para ditos países europeus ocidentais,estarão trocando seis por meia dúzia,iriam sofrer as mesmas mazelas das quais estão sofrendo na Africa.

10 de julho de 2018 às 16:02:00 WEST  

Enviar um comentário

<< Home