quarta-feira, março 28, 2018

ESTADO AFUNDA MAIS UNS MILHÕES EM BANCO PRIVADO


Pela voz da deputada Mariana Mortágua, o BE diz que o Governo poderia contar com ele para uma solução como a nacionalização, mas escolheu a desastrosa. O PCP fala de um "processo de obscenidade".
Após a instituição liderada por António Ramalho apresentar prejuízos recorde de 1,39 mil milhões de euros, os partidos à esquerda do Governo criticaram a actuação do Executivo de António Costa, afirmando ser uma intervenção desastrosa e até obscena.
Pela voz da deputada Mariana Mortágua, que falava aos jornalistas na Assembleia da República, o Bloco de Esquerda disse que o Governo “poderia contar com o Bloco de Esquerda para uma solução que não passasse por uma doação de capitais públicos a fundos abutres”, ou seja, a nacionalização, mas que este “preferiu uma solução que prevíamos ser um desastre”. E, segundo a mesma, assim foi.
“Há um ano atrás o Bloco de Esquerda convocou um debate de urgência porque achávamos que esta venda ia ser um descalabro para as contas públicas e que o país não ia ganhar nada”, afirmou Mortágua. “O Governo preferiu uma solução que prevíamos ser um desastre e que se provou ser um desastre.”
Já o Partido Comunista, pela voz de Miguel Tiago, criticou também a intervenção do Estado neste que é um banco privado, afirmando que “o Estado comprometeu importantes valores públicos no banco desde a resolução”, transformando-se num “processo de obscenidade” para “limpar um banco em vez de ficar com ele”.
Ao reiterar também a nacionalização da fatia “boa” do Banco Espírito Santo, Tiago afirma que “não dizemos que esta injecção podia ser evitada, mas podíamos estar a injectar num banco público”.
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Fonte: https://www.sapo.pt/noticias/economia/pcp-e-bloco-classificam-intervencao-do-estado_5abbe0b44cc20ac82ccdc6d4

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O esquerdalhame parlamentar volta a ter razão, como tem quase sempre quando se fala em matéria estritamente económica e se denuncia as manigâncias da elite plutocrática que reina impunemente num país que já o rei D. Carlos - insuspeito de esquerdice - dizia ser «um país de bananas governo por sacanas».