sexta-feira, dezembro 01, 2017

SALÁCIA, PADROEIRA DE ALCÁCER DO SAL E PROTECTORA DO POVO


Dia I de Dezembro é consagrado a SALÁCIA, Deusa ligada à água salgada, e ao culto de NEPTUNO, do Qual SALÁCIA é esposa, em reflexo latino do par divino helénico ANFITRITE-POSEIDON.
A etimologia de SALÁCIA aponta para uma ligação ao acto de saltar, pular, aludindo ao movimento das águas do mar, bem como dos rios.

Neste site há uma lenda popular interessante narrada pelo Dr. Rocha Martins em 1935 (texto a itálico):
Na verdade, ao que parece, Alcácer do Sal foi fundada pelos lusitanos no ano Vlll de César, isto é trinta anos antes de Cristo, atribuindo-a a uma lenda que reza o seguinte: Bugud, califa africano, invadiu a Lusitânia, pondo as povoações a ferro e fogo. Havia na região de Alcácer, um tempo dedicado à deusa Salácia (um dos nomes da deusa Diana), que foi profanado pelos africanos. Quando estes se faziam ao mar, porém, um grande temporal destruiu as embarcações, perecendo no naufrágio a maioria dos invasores, e perdendo-se as riquezas roubadas. Os lusitanos viram no acontecimento um milagre da Deusa, e fundaram uma vila a que deram o nome de Salácia. Há também uma corrente de opinião para quem o nome de Salácia se referia, não à Deusa, mas à abundância de sal existente na região."

Antes de ler este texto, aqui a itálico, não tinha conhecimento de que SALÁCIA pudesse de algum modo estar relacionada com DIANA, Deusa Lunar do Bosque, que, tanto quanto sei, nunca teve nada a ver com o mar. No entanto, a menção do Seu nome nesta lenda pode indicar que havia na Lusitânia um extenso culto desta Divindade, ou, talvez, de uma Divindade lusitana que Lhe fosse de algum modo equivalente. No entanto, a menção do Seu nome nesta lenda pode testemunhar a relevância do culto a Diana na Lusitânia, ou, talvez, a uma Divindade lusitana que Lhe fosse de algum modo equivalente. Esta Divindade indígena pré-romana pode bem ser NÁBIA, no dizer do arqueólogo Cardim Ribeiro, neste seu artigo http://ifc.dpz.es/recursos/publicaciones/30/23/04cardimribeiro.pdf, do qual retiro o seguinte trecho, a itálico, referente a NÁBIA:
«Porventura estaríamos perante uma deusa triforme — e trifuncional — correspondente ao protótipo indo-europeu que poderemos designar como de tipo Ártemis, ou seja, simultaneamente celeste (sendo a Lua), vinculada à aretê (sendo uma virgem guerreira) e fecunda (a deusa também é ninfa). Esta divindade, quando consagrada em todas as vertentes da sua complexa personalidade, recebia uma oferenda composta por três diferentes animais, cada qual correspondente a um diferente nível funcional. É isto que podemos ver, por exemplo, na invocação saguntina a Diana Maxuma, a quem se oferece vaccam, ovem albam, porcam (CIL II2, 14, 292). O início da ara de Marecos traduz uma situação basicamente idêntica, constituindo aliás, na nossa opinião, um dos mais sólidos argumentos para se aceitar a hipótese expendida por Melena 1984, 244-245, quanto à inclusão de Nabia no referido arquétipo de deusa trifuncional, em paralelo com Diana e com Ártemis. Em Marecos a deusa é sucessivamente invocada como: O(ptimae) V(irgini) Co(nservatrici) et Nim(phae) Danigom, Nabiae Coronae, que recebe vacca(m) bovem; e Nabiae sem quaisquer epítetos, à qual se sacrificou agnu(m)
Tem especial interesse, digo eu, esta possibilidade de equivalência entre Nábia e Diana, uma vez que explicaria a profusão de referências folclóricas, populares, numa palavra, tradicionais, a esta última Divindade romana, isto a vários níveis sócio-culturais:
- as Janas, espíritos femininos segundo o folclore nacional, serão eventualmente derivadas, etimologicamente, de Diana;
- na «Crónica Geral de Espanha», considera-se que o nome «Lusitânia» radica em «Diana» (por causa dos jogos dedicados a Diana por Hércules, segundo o mito romano-hispânico);
- o mito de Salácia em Alcácer do Sal, considerada como outro nome de Diana;
- a atribuição do templo de Évora a Diana (não é ainda sabido a que Divindade seria consagrada o referido edifício).


É também de referir a lenda que diz ter a cidade de Castelo Branco sido fundada por Cartagineses que prestavam culto a Leucothea, ou «Deusa Branca» - palavra grega, não cartaginesa - derivando-se daí o nome da cidade. Leucothea é uma antiga Deusa do Mar, grega, não púnica, o que coloca, digo eu, a possibilidade de haver nesta narrativa uma historicização relacionada com uma Divindade feminina das águas adorada na região, baseando-se na ideia de que o Seu culto poderia ter sido trazido por gente que chegou à Ibéria através do Mediterrâneo.
Enquanto houver Portugueses está viva a cepa hispano-romana que tem na sua herança etno-religiosa o culto a esta e outras Divindades latinas e/ou autóctones pré-romanas.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Cada vez mais AMO e RESPEITO os povos Nativos da Polónia, Rússia, Hungria, Ucrânia,Bielorrússia, Servia, Croatas.Eles são a nossa grande esperança,talvez um dia eles se unam e ultrapassem todas as suas divergências históricas.Talvez um dia eles consigam perceber que Israel É O GRANDE nosso aliado da nossa civilizalão que partilhamos e fazer com aquele pais do Medio-Oriente uma aliança militar e conomica só eles um dia poderão libertar os Povos Nativos das nações da Europa Ocidental.São eles a nossa ultima e derradeira esperança

https://www.youtube.com/watch?v=aY4XosJWA0g

1 de dezembro de 2017 às 11:53:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Na Inglaterra mulher de etnia caucasiana, de olhos claros, é vitima de ataque racista

http://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/mulher-fica-com-a-cara-deformada-apos-emboscada-racista?ref=mundo_destaque

1 de dezembro de 2017 às 12:37:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

VIVA A POLÓNIA
https://www.youtube.com/watch?v=bpTcoBgEGS0

1 de dezembro de 2017 às 12:42:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Donald Trump faz grandes elogios á Polónia,uma Nação Europeia que não se esquece quem é e que se recusa em desviar da sua alma Europeia:

https://www.youtube.com/watch?v=a-td0DorFgM

1 de dezembro de 2017 às 12:56:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O que dizes disto, Caturo?

http://www.breitbart.com/london/2017/11/28/eu-president-without-millions-african-migrants-europe-lody/

1 de dezembro de 2017 às 14:54:00 WET  
Blogger Caturo said...

Monstruoso descaramento e total ocultação do elefante na sala: com a automatização/robotização do trabalho que muito provavelmente vai acabar com milhões de postos de trabalho e deixar milhões de europeus em casa, sem trabalhar e a viver do Estado o resto da vida, para que serão precisos os «trabalhadores» africanos? Escrevi isto antes de ler o texto todo e no final está lá isto mesmo, no essencial, que já ando a dizer há anos.
Acrescento: a evolução da Medicina concede aos Europeus um prolongamento cada vez maior das suas vidas. Ao mesmo tempo, os novos métodos de concepção artificial garantem que os Europeus podem procriar quantas crianças quiserem. O envelhecimento populacional será por isso bem menos grave do que os «junckers» querem fazer crer.

3 de dezembro de 2017 às 02:28:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O tipo está a defender a substituição demográfica dos europeus!


acclaim


Publica!

3 de dezembro de 2017 às 12:50:00 WET  

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