quarta-feira, novembro 29, 2017

MARCHA CONTRA A VIOLÊNCIA SOBRE AS MULHERES

Centenas de pessoas, entre as quais deputados e três ministros, marcharam neste sábado à tarde, em Lisboa, para pedir que “nem mais uma” mulher seja vítima de violência doméstica e para rejeitar qualquer discriminação contra as mulheres. Assinalando o Dia internacional contra a Violência Doméstica, a marcha começou com uma concentração no Largo do Intendente, em Lisboa, onde foram recordados os nomes das 18 “caídas”, as mulheres que morreram este ano em Portugal vítimas de violência de companheiros ou ex-companheiros, e a forma como foram assassinadas.
Entre as mulheres que representaram as vítimas encontrava-se a deputada socialista Catarina Marcelino, que foi, até Outubro, secretária de Estado da Cidadania e Igualdade. Os manifestantes marcharam depois até ao Rossio, ao som de tambores e de palavras de ordem como “A nossa luta é todo o dia, somos mulheres e não mercadoria”, “Não é Não” ou “Deixa passar, sou feminista e o mundo eu vou mudar”.
Na marcha, com o lema “Contra a violência machista, age!”, podia ler-se, nos cartazes, mensagens como “Não me calo”, “Contra a ditadura da heterocultura” ou “Amor não mata, machismo sim”.
Este é o terceiro ano consecutivo com menos casos de mulheres vítimas de violência doméstica, mas Elisabete Brasil, da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), uma das organizações que promoveram a manifestação, considerou que é “sempre preocupante” quando uma mulher morre “no lugar onde se deveria sentir mais segura, na sua casa”. Elisabete Brasil salientou que “muitas vezes, os casos são conhecidos dos familiares, da polícia ou da justiça” e defendeu a necessidade de apostar na prevenção, alertando os jovens para as questões da igualdade.
Alexandra Silva, presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, realçou que as mulheres são vítimas de “mais do que a violência doméstica”, pedindo a eliminação da “violência de todas as formas, em diferentes esferas da vida das mulheres, em diferentes locais e por diferentes tipos de agressores, como no local de trabalho, na rua, na intimidade”.
Também a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, apontou que a desigualdade entre homens e mulheres continua a prevalecer. “Uma em cada quatro mulheres em Portugal declara-se como tendo sido vítima de assédio e violência física e sexual. As mulheres continuam a ganhar menos dos que os homens, mesmo quando têm mais qualificações. A desigualdade é real e abate-se contra metade da população”, exemplificou. “É importante que se assuma que a violência contra as mulheres é o maior problema de segurança em Portugal e, portanto, é muito importante que estejamos todos envolvidos”, declarou a dirigente bloquista. Luís Brandão era um dos muitos homens que aderiram à marcha, apesar de não pertencer a nenhuma das organizações que a promoveu. Empunhando um pequeno cartaz em que se lia “Namorar não é abusar”, disse que quis associar-se “como homem, como cidadão”. “É uma luta das mulheres, mas seria errado achar que é uma luta só das mulheres”, considerou.
Do Governo, estiveram presentes as ministras da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, e da Justiça, Francisca Van Dunem, e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. O governante recordou que cerca de dois terços das esquadras e postos da GNR e da PSP têm espaços dedicados ao atendimento de vítimas de violência doméstica e sublinhou que o Orçamento do Estado para 2018, que deverá ser aprovado na próxima semana, prevê que qualquer nova instalação ou requalificação contará com um destes espaços. O objectivo, salientou Cabrita, é atingir a plenitude das esquadras e postos em todo o país.
A secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, disse que o executivo pretende “reforçar todas as estruturas que prestam apoio ao nível de atendimento e de suporte” a mulheres vítimas de violência, estando previsto o “reforço com duas casas, destinadas a mulheres vítimas com problemas na área da deficiência e da saúde mental”.
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Fonte: http://observador.pt/2017/11/25/centenas-marcham-em-lisboa-para-que-nem-mais-uma-mulher-seja-vitima-de-violencia/

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No final, quando já a maioria dos manifestantes se tinha ido embora, algumas mulheres usavam o microfone para falarem das suas experiências. O clima reinante no local era o de associação da violência contra as mulheres à violência «racista» da polícia contra os africanos, que a Esquerda é mesmo assim, como a Direita, de resto, tenta juntar um máximo de bandeiras ideológicas num só protesto - até um cartaz de luto pelo 25 de Novembro apareceu neste protesto, como se pode ver na foto 68 desta página: http://www.esquerda.net/content/manifestacao-pelo-fim-da-violencia-contra-mulheres-em-lisboa/52109 - mesmo quando uma coisa não tem corno a ver com outra. Uma das mulheres que falou, brasileira, estava a queixar-se de não ter sido devidamente atendida por polícias a quem se queixou por ter sido vítima de uma forma despudorada de exibicionismo sexual.  Nisto, um tipo disse-lhe, alto e bom som, «volta para a tua terra». Era negro... Imagine-se se fosse um branco a dizer o que ele disse, caía ali o Carmo e a Trindade (que nem estavam longe da cena, passou-se no Rossio). Em vez disso houve uma meia dúzia de pessoas a cercá-lo e a pedir-lhe que saísse do local, o que aliás não fez. Isto traz à memória exigências recentes de que as estatísticas tenham em conta o factor racial. Era interessante saber algo sobre as diferenças entre negros e brancos no que toca à violência sobre as mulheres... nos EUA são óbvias: pode ler-se neste artigo http://time.com/3313343/ray-rice-black-women-domestic-violence/ que a taxa de mulheres negras assassinadas em contexto de violência doméstica é três vezes superior à das mulheres brancas, e a esmagadora maioria das mulheres negras está casada com homens negros, note-se entretanto que uma minoria de mulheres brancas está casada com negros, sabe-se lá o que isso não fará ao número de mulheres brancas assassinadas pelos maridos, enfim... quase aposto que se por cá ou em qualquer outro lado o Esquerdalhame falar das mulheres negras vitimadas pela violência conjugal, eventualmente será para culpar a sociedade «racista» e acabou, quase como o artigo em Inglês que acima indiquei acaba por fazer ao pegar na desculpa do desemprego aumentar a agressividade dos homens, já se sabe como é, um argumento que nunca é usado para desculpabilizar a violência dos skinheads brancos desempregados mas apenas para os rebaixar, como quem diz «estas bestas são uns frustrados desempregados»...
Não há, em suma, nada como o mundo ocidental feito por e de ocidentais para salvaguardar os direitos e dignidades dos mais vulneráveis, mulheres incluídas. 

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Onde é que viste isso do negro que gritou "vai para a tua terra?" Há alguma imagem ou video?
Pergunto por mera curiosidade "morbida" gostava de ver a cena.

29 de novembro de 2017 às 17:09:00 WET  
Blogger Caturo said...

Só vi porque estava lá.

29 de novembro de 2017 às 19:01:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

LOL e as tuas amigas e amigos de esquerda deixam "1 racista do PNR" participar nessas manifs? Sao mais tolerantes do que eu pensava...

29 de novembro de 2017 às 20:16:00 WET  

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