CONAN, FIGURA MAIOR DA BANDA DESENHADA E DA CULTURA «POP» CONTEMPORÂNEA
Dezembro de 1932, estreia na literatura «pulp» de Conan da Ciméria, personagem do género «Espada e Feitiçaria», da autoria do norte-americano Robert Erwin Howard. Conan é um típico produto do Romantismo literário: um homem do norte bárbaro e álgido a viver como mercenário, salteador, soldado, e, futuramente, rei, em contextos civilizacionais de cariz marcadamente meridional e também oriental, aqui caracterizados por uma sofisticação decadente, sensual e entorpecedora, dominada por líderes e feiticeiros ardilosos, abissalmente corruptos. No mundo imaginário criado por Howard, que teria existido antes do actual, a terra natal de Conan, a «Ciméria», é, ao fim ao cabo, o mundo céltico, ou, digamos, proto-céltico, antepassado mítico dos Celtas da Irlanda e da Escócia. Com efeito, «Conan» é bem um nome céltico irlandês, como são célticos irlandeses a maior parte dos Deuses que Conan invoca: Crom (Cruaich), Morrigan, Macha, Nemain, Manannan Mac Lir, etc.. Note-se que isto não é uma invenção tirada do nada: os Cimérios da história real eram um Povo do norte do Mar Negro, sombrio, parentes étnicos dos Citas e dos Alanos - e, efectivamente, na mitologia irlandesa os ancestrais míticos dos Irlandeses, os Filhos de Mil, chegaram à Irlanda a partir da Hispânia mas têm a sua origem na Cítia...
No final dos anos sessenta chegou à banda desenhada; nos oitenta, ao cinema, e actualmente tem menos popularidade do que já teve, talvez porque o seu mais recente filme, de há poucos anos, ficou muito aquém do que se esperava, inclusivamente por ter posto um mestiço a interpretar o papel de um setentrional, porque Conan é, essencialmente, isto mesmo: um setentrional em contraste constante com a civilização decadente do sul/oriente.
1 Comments:
Gosto mais de cona!
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