domingo, dezembro 03, 2017

ESQUERDA AUMENTOU MENOS OS IMPOSTOS QUE A DIREITA - MAS MANTÉM UM ESTADO DE DESIGUALDADE SÓCIO-ECONÓMICA GRAVE

O aumento de impostos aplicado pelo governo PSD-CDS nos três anos que vão de 2012 a 2015 foi o dobro da subida prevista para o triénio de 2015 a 2018, marcado pelo governo do PS (apoiado pela esquerda, PCP e BE), diz um estudo do economista Eugénio Rosa, divulgado este sábado, que ataca os dois partidos da Direita por tentarem “fazer esquecer o enorme aumento de impostos que realizaram”. O trabalho elaborado pelo economista do PCP, com data de 1 de Dezembro, conclui que “entre 2012 e 2015, as receitas fiscais totais aumentaram 19,9% (6.509 milhões de euros), enquanto que, entre 2015 e 2018, aumentarão 10,1% (3.949 milhões de euros)”. O aumento percentual aplicado pela direita é praticamente o dobro do que será aplicado pelo PS, assumindo as previsões de colecta que constam do novo Orçamento do Estado para 2018.
O antigo deputado comunista diz que “um dos ataques mais frequentes do PSD e CDS ao actual governo, com o objectivo de virar a opinião pública contra ele, é que a carga fiscal tem aumentado muito com o governo PS”. Eugénio Rosa refuta totalmente esta ideia. A carga fiscal é dada pelo peso das receitas no produto interno bruto (PIB). De acordo com os seus cálculos, “entre 2012 e 2015, ou seja, com o governo PSD/CDS, a carga fiscal aumentou de 19,4% para 21,8% do PIB“. “Em 2016, já com o governo PS, ela aumentou para 22,1% do PIB, mas em 2017 já diminuiu para 21,9% e, em 2018, prevê-se que diminua novamente para 21,6%, portanto uma percentagem inferior à de 2015.” 
Analisando a evolução das receitas de IRS, “um imposto pago fundamentalmente por trabalhadores e pensionistas (tenha presente que mais de 90% do rendimento declarado para efeitos de IRS são rendimentos do trabalho e pensões)”, Rosa conclui que, entre 2012 e 2015, pela mão do PSD-CDS, as receitas “aumentaram 3.463 milhões de euros, enquanto que, entre 2015 e 2018, com o governo PS com o apoio dos partidos de esquerda, a receita de IRS diminuirá 553 milhões de euros”. Eugénio Rosa não o refere, mas durante os anos do PSD-CDS Portugal tinha um défice orçamental muito elevado (7,4% do PIB em 2011 e 5,7%), com uma dívida de quase 130% do PIB, e estava sem acesso aos mercados de crédito. 
Daí também “o enorme aumento de impostos” decretado na altura pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar. Alívio do IRS financiado com mais impostos indirectos.
Mas nem tudo no estudo permite defender o PS e o governo. O economista diz que se pode criticar a política fiscal do governo do PS não por estar a aumentar a carga fiscal, “como afirma a Direita”, mas porque “o desagravamento fiscal do IRS está a ser compensado com o aumento dos impostos indirectos (+19,1% entre 2015 e 2016)”. Estes impostos — o mais pesado em termos de receita é o IVA, logo seguido do ISP — “são injustos porque não atendem ao rendimento do contribuinte, quando devia ser feito com impostos sobre as grandes fortunas (a desigualdade de rendimentos tem-se agravado fortemente em Portugal) e sobre centenas de milhões de euros de dividendos transferidos todos os anos para o estrangeiro sem pagar impostos, no lugar de serem investidos em Portugal para criar emprego e riqueza”, argumenta o autor. No debate sobre o OE2018, Hugo Soares, o líder parlamentar do PSD, chegou a dizer que “tudo o que o Governo apresentou ao país foi de um eleitoralismo primário em relação ao Orçamento de Estado” e que este trouxe “aumento de impostos, invenção de novos impostos e aumento brutal de impostos para os trabalhadores independentes, a recibos verdes”. O parlamentar chegou a dizer que o OE é um ataque brutal à classe média e que “é injusto do ponto de vista social porque continua a agravar impostos indirectos”, no fundo, a mesma crítica que é feita pelo economista do PCP.
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Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/economia/aumento-de-impostos-do-psd-cds-foi-o-dobro-face-ao-do-ps/

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caturo:

https://www.noticiasaominuto.com/pais/908868/lisboa-vai-ter-um-memorial-a-escravatura-para-que-nao-esqueca-o-passado

3 de dezembro de 2017 às 16:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Pertenço à clientela a quem lhe venderam um “produto” da banha da cobra que chamam de excelência, com pagamento mensal de entrega de mais de 50% dos seus rendimentos em impostos, mas recebe um serviço de porcaria onde tem direito a uma saúde que não presta, uma educação miserável , uma segurança inexistente, uns transportes ineficientes. Que recebe aumentos de pensões, salários, redução de IRS de uns míseros euros para depois deixar centenas deles no supermercado, na gasolineira, renda, gás, luz e água porque o ROUBAM com impostos indirectos em 3 orçamentos de Estado consecutivos.
Pertenço à clientela que ganha legionella numa consulta de rotina, morre queimada numa estrada a fugir do fogo , vive inundada sempre que chove, que é obrigada a pagar IMI de cinzas, come carne crua com E.Coli na escola e vai desta para melhor sem entrar nas estatísticas por ser vítima indirecta. Sou aquela junto de quem se congratulam que dão “topos de gama” mas em concreto não passam de “carroças sem bois”. Que deixa o pêlo e o pelaço do seu suor para lhes alimentar a gula e recebe migalhas para se poder sustentar. Que tem de trabalhar cada vez até mais tarde para que possam ao fim de 15 anitos reformarem-se à nossa conta.
Sou aquela que para pôr comida e pão na mesa tem de trabalhar arduamente porque não lhe cai do céu como no Parlamento. Sou cliente desgraçado que tem 1 “contrato” ruinoso tipo SIRESP com o Estado incompetente, mas não o pode rescindir porque é vitalício. Sou aquela que deixou de ser cliente há muito para ser mero sobrevivente
Sou da clientela que os sustenta enquanto gastam à fartazana, riem da nossa cara, mentem à descarada, porque sabem que uma vez dentro do Parlamento, SÓ o partido os pode tirar dali.
NÃO SOU da clientela que não faz voto de pesar por ver partir um grande empreendedor e empregador no país mas que tem uma overdose de tristeza quando morre ditadores assassinos que condenaram seu povo à fome e miséria. .
NÃO SOU da clientela que não admite riqueza nos outros mas esconde o elevado património do partido, recusa-se a pagar IMI e IVA e muito menos o imposto Mortágua.
NÃO SOU da clientela que passa a vida a defender o sector público mas transporta-se em Porsches e Maseratis, quando tem tonturas vai para o hospital da Cuf, e pôe filhos a estudar no privado. Que come com luxo na cantina do Parlamento pelo preço de uma diária. Que se auto-aumenta 10% todos os anos e repos as subvenções vitalícias. Que nunca moveu uma palha na vida mas vive como um lorde, sem mérito, à conta dos nossos impostos cada vez mais altos. Que emprega toda a família no Estado, faz adjudicações directas aos amigos, dá tachos no Banco Portugal e outros tantos organismos públicos sem concurso
E você, meu caro, de que clientela é?»

3 de dezembro de 2017 às 22:52:00 WET  
Blogger Caturo said...

Lisboa vai ter um memorial à escravatura para que não esqueça o passado? Qual, o de que os Portugueses foram uns criminosos esclavagistas ou o de que Portugal foi dos primeiros países da História a acabar com a escravatura, obrigando até mesmo alguns chefes negros africanos a deixarem de fazer negócio com a escravização dos seus «irmãos»?...

4 de dezembro de 2017 às 20:18:00 WET  
Blogger Caturo said...

«E você, meu caro, de que clientela é?»

Eu sou da clientela de quem tem um familiar que eventualmente já estava morto se não tivesse um SNS que é dos melhores do mundo, porque a sua magríssima reforma não seria suficiente para pagar a merda dos medicamentos na farmácia, muito menos para pagar as contas na CUF, ou no hospital da Cruz Vermelha, o qual, já agora, tem um serviço inferior ao da generalidade dos hospitais públicos de Lisboa, como ele próprio também experimentou na pele...

4 de dezembro de 2017 às 20:39:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ainda bem que não apanhou legionela no tal SNS que é dos melhores do mundo...

4 de dezembro de 2017 às 22:59:00 WET  

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