quarta-feira, setembro 27, 2017

INDEPENDENTISMO NA CATALUNHA ACENDE A CHAMA DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL EM GALES



À medida que os líderes separatistas prometem prosseguir com o polémico voto de independência da Catalunha, desafiando o governo central da Espanha, os homólogos do País de Gales acreditam que esta pode ser a plataforma perfeita para que possam surgir movimentos semelhantes.
Os activistas da independência no País de Gales têm observado atentamente os desenvolvimentos em torno da crise catalã, onde separatistas planeiam realizar um referendo sobre a independência no domingo 1 de Outubro, apesar de ser proibido por Madrid — e agora continuam convencidos de que uma mesma votação pode ser replicada no seu país.
Embora ainda não exista um mandato oficial para um referendo de independência sobre se o País de Gales deve deixar o Reino Unido, ao contrário do realizado na Escócia em 2014, a organização YesCymru insiste que agora existe uma crescente onda de opinião que apoia a chamada.
Iestyn ap Rhobert, presidente da YesCymru, diz que está "absolutamente certo" que o País de Gales tem o que é preciso para a independência, tendo-se inspirado na energia e no controle testemunhado na Catalunha.
"Estou absolutamente certo disso, o País de Gales tem o que é preciso para se tornar independente", disse Rhobert à Sputnik.
​"A Palavra com I"
Historicamente, todas as vezes em que a palavra independência soava nas rodas de poderes galesas, era rapidamente abatida por partidos unionistas no País de Gales. "Era derrubado por pessoas que prefeririam ver Westminster [governo britânico] governar Gales", continua o Rhobert. "A independência ainda é vista por alguns como uma palavra suja. A independência é a emancipação, a liberdade é o direito para o País de Gales se governar. E quanto mais se fala sobre os benefícios da independência para as pessoas, mais elas se tornam confiantes, mesmo aqueles anteriormente cépticos sobre a independência, a resposta que temos agora é positiva".
O representante da YesCymru admitiu que nem todos estão convencidos pelo apelo da independência, admitindo que os "sindicalistas do núcleo duro" ainda não são conquistados por qualquer mudança. "Mas a maioria das pessoas está bastante aberta à independência agora", ressalta o Sr. Rhobert.
Poder para se auto-governar
O seu partido encomendou duas pesquisas de YouGov em 2016 e, em ambas as ocasiões, mostrou um crescente apoio à independência no País de Gales — inclusivamente nos centros tradicionais do Partido Trabalhista.
"Na última pesquisa que fizemos, 40% dos eleitores trabalhistas apoiá-la-iam. Agora, se se tiver em mente que ainda não há uma campanha oficial para a independência, [o resultado] é encorajador", diz Rhobert.
​Apoiantes da YesCymru têm ajudado na campanha de independência na Catalunha, tendo auxiliado no voto de independência escocês anteriormente. Rhobert insiste que o voto catalão é importante, não só porque a área tem problemas semelhantes aos que enfrentam no País de Gales e na Escócia — não tendo o poder de se governar adequadamente, especialmente em termos fiscais.
"Sabemos que a Catalunha produz 20% da riqueza do Estado espanhol", diz ele.
Direito à auto-determinação
O Partido da Independência Galesa, explica o presidente, acredita que cada país tem direito à auto-determinação conforme estabelecido na Carta das Nações Unidas.
"[A Carta] afirma que temos o direito de nos tornar um país totalmente funcional por nosso próprio direito, com total controle sobre as políticas estrangeiras e em acordo com os direitos nacionais", disse Rhobert à Sputnik.
Além das fortes relações com os activistas da independência na Catalunha, a YesCymru também estabeleceu vínculos com homólogos do País Basco, Bretanha e Escócia.
Da esquerda para a direita, os estandartes da Flandres, Euskadi (País Basco), Cymru (Gales), Alba (Escócia) e Catalunha

​Enquanto isso, enquanto o impasse continua em Espanha, os separatistas e o governo catalão regional insistem em continuar as eleições, apesar de o voto ser banido pelo tribunal constitucional do país. As preocupações foram expressas pela União Europeia sobre o tratamento do caso por Madrid na sequência de uma série de prisões envolvendo líderes do governo na Catalunha. Um alto funcionário da UE em Bruxelas foi citado como dizendo: "Estamos muito preocupados com a situação catalã. Estamos seguindo com preocupação".
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Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/201709279451960-referendo-catalao-independencia-pais-gales-reino-unido/

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Mais uma nação árica a caminho da liberdade - o Nacionalismo a mostrar que, tarde ou cedo, vem ao de cima.



3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Naçao árica"

Quantos negros tem o país de gales e a Catalunha? quantos jovens brancos estão em relacoes interraciais nesses 2 locais? quantos muçulmanos residem nesses locais?

28 de setembro de 2017 às 16:42:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Na Catalunha, não sei, mas duvido que a maioria da população não seja branca...
Quanto a Gales, parece que é a zona do Reino Unido mais branca:

«The 2011 census showed Wales to be less ethnically diverse than any region of England:[245] 93.2% classed themselves as White British (including Welsh, English, Scottish or Northern Irish), 2.4% as "Other White" (including Irish), 2.2% as Asian (including Asian British), 1% as Mixed, and 0.6% as Black (African, Caribbean, or Black British).»

28 de setembro de 2017 às 16:49:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Trabalho numa empresa onde me passam nomes de gajos que trabalham numa multinacional de Barcelona dia sim, dia não. Metade deles sao Ahmeds e Al-Rafaleks e coisas deste genero. Por isso nao fiquei surpreendido com o que aconteceu nas Ramblas. Para mim a demografia da Catalunha esta apresentada, podem ainda nao ser a maioria mas sao demasiados.

28 de setembro de 2017 às 17:50:00 WEST  

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