terça-feira, agosto 15, 2017

SOBRE AS MULHERES CURDAS EM ACÇÃO

Persistência, determinação e combate – este é o lema das combatentes curdas na província iraquiana de Kirkuk, metade da qual é controlada pelo grupo terrorista Daesh.
Um correspondente da Sputnik visitou as corajosas mulheres curdas nas suas posições de combate perto de Hawija, onde elas se preparam para lutar contra os terroristas. Algumas delas já têm experiência de combate fora de Kirkuk, enquanto outras se juntaram aos grupos de mulheres armadas recentemente. Elas falaram sobre como decidiram pegar em armas e sobre o que passaram na linha da frente.
Difícil no treinamento, fácil no combate
Centenas de mulheres chegaram dos distritos fronteiriços do Iraque para defender o Curdistão iraquiano e libertar as áreas ocupadas pelo Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia). Desde 2014, as mulheres têm tido treinamentos intensos antes e depois do seu serviço activo. Foi naquele ano que os Curdos, homens e mulheres, decidiram levantar-se em luta contra o "califado".
Khamanu Nakshabandi, uma combatente experiente do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), diz que os seus pais se juntaram às forças Peshmerga em 1979, inspirando-a a fazer a mesma coisa.
Agora, sob o comando de combatentes com experiência como ela, as jovens curdas estão a aperfeiçoar as suas capacidades de combate a cada dia, aprendendo a disciplina militar. Estão a preparar-se para a batalha contra o inimigo que elas vêem diariamente a uma distância de apenas alguns quilómetros.
"Após a libertação desta área em 2015, este ponto tornou-se o último a ser libertado. Mesmo à nossa frente tudo o que pode ver são aldeias do Daesh", disse Khamanu, acrescentando que a área é curda e antes era habitada pelos seus ancestrais. Notou que, durante os últimos três anos da guerra, aprendeu não apenas como combater mas também uma nova língua, o Árabe.
Nenhuma diferença dos homens
"Tenho 20 anos e estou aqui para ter orgulho da minha vida e defender o sonho curdo", disse Ayrin Akhmadi, uma das combatentes do PKK.
A mulher afirma que decidiu pegar em armas após ter ouvido histórias sobre mulheres yazidi que foram raptadas, escravizadas e estupradas pelos terroristas.
"Tive que tomar a decisão e pegar em armas para evitar a repetição disto. Não vejo diferença entre homens e mulheres, posso defender o meu país e o meu povo', acrescentou.
Ayrin Akhmadi foi quase morta em Novembro passado quando os terroristas atacaram as combatentes.
"Sofri ferimentos graves, mas a dor causada pela morte da minha amiga foi ainda pior. Fui levada ao hospital, mas cerca de um mês depois voltei para a linha da frente […] Apelo a todos os homens e mulheres para que lutem contra o Daesh até que este seja derrubado", ressaltou.
"Matei muitos terroristas"
Mani Leylakhi, de 22 anos, também fala sobre o orgulho. "Pegamos em armas para nos sentirmos orgulhosas e para sermos o orgulho das nossa famílias. Estou a lutar pelo meu país e pelos Curdos".
Desde 2014, a mulher participou de quatro operações militares contra o Daesh e afirma que nunca recuou perante os radicais.
"Sempre participei de combates contra os militantes. Eu disparei contra eles, eles dispararam contra em mim. Não tinha medo. Não sei o número exacto, mas matei muitos membros do Daesh", disse, acrescentando que a cada hora elas sentiam que os terroristas se tornavam mais fracos.
A guerra tem também outro lado. Uma vez Mani Leylakhi esteve a um passo da morte quando um homem-bomba num caro minado se dirigiu para o grupo de mulheres combatentes. Foram todas salvas por uma amiga, que se aproximou do veículo e lançou uma granada lá para dentro.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/201708159109298-coragem-mulheres-curdas-luta-daesh-foto-video/

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Fica sempre bem mais uma tirada de propaganda pró-curda, isto enquanto a Rússia - país da Sputnik, que publica estes artigos - for aparentemente favorável aos Curdos.