segunda-feira, agosto 14, 2017

ESTÁTUA DE DIVINDADE CHINESA COBERTA NA INDONÉSIA PARA NÃO IRRITAR MUÇULMANOS



Na província de Java, Indonésia, a estátua de uma Divindade chinesa, com vários metros de altura, foi coberta por um vasto lençol depois da pressão muçulmana local para que o ídolo não pudesse estar à vista.
A estátua constitui uma representação do general chinês Guan Yu, do século III, que veio a ser adorado como Deus em diversas religiões chinesas.  Há várias estátuas desta entidade em diversos locais do mundo, sendo esta a maior do sudeste asiático. Contra a exposição deste monumento em Tuban, edificado há um mês, ergueu-se uma campanha muçulmana que começou na Internet e depressa se disseminou até chegar aos portões do templo confuciano (da religião de Confúcio) em que a estátua se encontra. Os activistas muçulmanos condenaram a estátua como uma afronta «incivilizada» ao Islão e à população nativa da ilha; uma multidão reuniu-se junto à legislatura de Java Oriental, na cidade de Surabaya, para exigir a destruição da imagem.
Deve notar-se que nos últimos anos várias estátuas, consideradas como contrárias ao Islão, foram destruídas ou vandalizadas na Indonésia; neste país vários templos chineses têm sido incendiados. 
Cobrir a estátua com um lençol foi a proposta dos dirigentes do templo depois de terem sido pressionados pelas autoridades religiosas governamentais.
A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo. Aí, a minoria étnica chinesa - que é sobretudo de religião cristã, budista ou confuciana - constitui menos de cinco por cento da população total do país. Esta minoria tem nos últimos tempos sido perseguida por incitação de muçulmanos
Um dos muçulmanos que organizou os protestos explica a posição da sua hoste a respeito da estátua: «Na verdade, podemos permitir-lhes a construção da estátua, desde que não seja tão alta e que esteja dentro do templo, não fora dele. Somos tolerantes.»
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Fonte: https://mobile.nytimes.com/2017/08/10/world/asia/indonesia-chinese-statue-islam-muslims-protest-guan-yu.html?smid=fb-nytimes&smtyp=cur&referer=https%3A%2F%2Flm.facebook.com%2Fl.php%3Fu&h=ATPGaCBh8LAuVZK5TrmxFrBObEneMI4pnsTbMi5T8rU4RAONb9Y9JTqmqQsuzw_LgCcdKBQA2_dIcoGuE7dG20GF5smUna4NClcLy9JKdRGJ5sU97vzAV9cUADE3Xib-YHzn69peRXSermeJ8I7VOI4uywED&enc=AZMvL0h86J-vhcpwobcsjNKDBO9Hm1o3Wo1bmIsFEXutBHL7Mw60LQ2smNP7Jj_vYxBUMi1dZZYQccdMD5mS5a5Xl1VxjlVcULV2_nUVTEvYN5WIIIF46jhJQsXgaARPzFuxkAfHmOJdUSbdeSNyTFUiqd0y0onYKirajZxvFlJyBYTtzEalFZNmk4OYdvWQNtzUeMK2PcQwruquM_Gq16WEnuGVhfi_67Ylay1v6MVmVGf-8_QsxtZ_EcZQK--zkHSoVCEzfwTVHc9pnZXlnJ7KaT2ClQHTcd9gpC0GWNLY0UlCuFcdVQpbywiu91PtpOD265WUSvpS2a78gg6EYjMV&s=1

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É mais uma demonstração do real significado do conceito de «tolerância» na boca de muçulmanos. Os fulanos que exigem a abolição da imagem da divindade pagã não são provavelmente terroristas do Daesh ou califado. São, eventualmente, cidadãos muito normais e bem integrados num país maioritariamente muçulmano que contam com o apoio do próprio governo muçulmano, como acima se lê. Isto é o Islão, um credo que não aceita em caso algum a igualdade de religiões e exige estar legalmente acima de todas as outras por se considerar como única portadora da verdade toda e tendo por isso o direito de impor uma posição de subordinação aos grupos religiosos não muçulmanos. Isto é em toda a linha visceralmente incompatível com o Ocidente e não o perceber a tempo de travar a disseminação demográfica de muçulmanos em solo europeu pode tornar-se num erro mortal para a Europa.