sexta-feira, agosto 25, 2017

EXTREMA-DIREITA CRESCE NO SEIO DAS FORÇAS ARMADAS DA MAIOR POTÊNCIA PLANETÁRIA

A 12 de Agosto, James Alex Fields Jr. atropelou uma multidão de manifestantes que protestavam contra a acção de membros da Extrema-Direita em Charlottesville, na Virgínia. Em 2015, tentou entrar para o exército dos EUA, mas foi expulso por desconformidade com os padrões de treinamento básico de combate. De facto, não conseguiu ser soldado.
Contudo, os membros do Estado-Maior Conjunto dos EUA declararam que as forças armadas norte-americanas se manifestam contra o racismo e extremismo e não vão permitir isso nas fileiras.
Coincidência ou tendência? 
A reacção inesperadamente rápida e pública dos generais surgiu como resposta às declarações dos média norte-americanos que o exército dos EUA é um foco de ideias de Extrema-Direita.
Por exemplo, Dillon Hopper, o líder do grupo Vanguard America, que organizou a acção em Charlottesville, é um antigo fuzileiro naval que prestou serviço no Iraque e Afeganistão.
Há muitos exemplos de radicais de Extrema-Direita no exército norte-americano, entre os mais recentes é o ex-militar Wade Michael Page, que matou seis paroquianos num templo sique no Wisconsin. Em Março deste ano, o veterano da guerra no Afeganistão James Harris Jackson matou ostensivamente um cidadão afro-americano em Nova York. Finalmente, em Abril do ano em curso, um veterano da guerra no Iraque, que é fundador de um grupo extremista local, bateu numa feminista.
Estatística nada confortante    
O Federal Bureau of Investigation (FBI) publicou em 2008 um relatório sobre os militares e os militantes de Extrema-Direita. De acordo com ele, após o 11 de Setembro, os extremistas aproveitaram-se da falta de pessoal e alistaram-se.
Só no período de 2001 a 2008, o FBI classificou 203 soldados ou veteranos como membros activos de grupos de Extrema-Direita.
Em 2009, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos publicou o seu próprio relatório a indicar que os grupos de Extrema-Direita se podem aproveitar dos problemas psicológicos dos veteranos das guerras, o que pode levar ao surgimento de novos grupos radicais ou terroristas nos EUA. O relatório provocou a crítica dos conservadores, por isso a ministra Janet Ann Napolitano teve que pedir desculpas aos veteranos e desmentir as conclusões do relatório.
O professor de Sociologia Pete Simi, da Universidade Chapman, estuda as organizações de Extrema-Direita há muitos anos. De acordo com ele, em 31% dos casos de terrorismo de Extrema-Direita nos EUA participaram antigos militares.
A luta sem fim contra os neonazis
Não se pode constatar que nos EUA não compreendem a ameaça da radicalização dos militares.
As forças armadas dos EUA não recrutam ultra-direitistas e a presença de grupos extremistas ou a pertença a organizações radicais pode ser razão para recusa de incorporação no serviço militar.
Mas Dillon Hopper, da Vanguard America, serviu precisamente como recrutador no Corpo de Fuzileiros Navais durante vários anos. Hoje em dia, qualquer soldado apanhado tendo laços com organizações radicais será expulso das Forças Armadas.
O exército norte-americano tentou-se livrar dos ultra-direitistas: em 1986, no contexto da luta contra o Ku Klux Klan, nos anos noventa, após o atentado do veterano da guerra no golfo Pérsico Timothy McVeigh em Oklahoma City, que causou 168 vítimas mortais, e em 2009 após a eleição de Obama. Actualmente, o exército empreende a quarta tentativa após a eleição de Trump. Vejamos se vai ser bem-sucedida.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/201708249188236-numero-de-neonazistas-no-exercito-dos-eua-aumenta/

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Independentemente das tendências mais extremadas e lamentavelmente contrárias à Democracia que possam existir entre estes militantes, é bom sinal que pelo menos as armas da maior potência possam estar cada vez mais nas mãos de quem, no cômputo geral, estará com maior disposição para defender o Ocidente branco.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Também houve um caso de 1 ex-fuzileiro negro que matou uma serie de policias brancos no Texas, e já não foi o primeiro ex-militar negro a cometer homicídios e aquilo que os midia apelidam quando o assassino é branco "crimes de ódio". A tendência demografia é que cada vez haja menos brancos no exercito dos EUA.

26 de agosto de 2017 às 17:19:00 WEST  

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