segunda-feira, julho 24, 2017

NOVA DESCOBERTA INDICA QUE TEORIA DA ORIGEM HUMANA EM ÁFRICA PODE ESTAR ERRADA

Uma proteína encontrada em amostras de saliva de africanos sub-sarianos oferece forte evidência que contradiz a teoria «Out of´Africa» ou da origem africana da espécie humana. Enquanto investigavam a evolução de uma importante proteína, MUC7, cientistas da Universidade de Buffalo deram de caras com um marcador genético de uma miscigenação africana até agora desconhecida.
Até agora, a África sub-sariana tem sido considerada como o berço da humanidade. A população Khoisan tem sido considerada como a mais antiga linhagem do planeta, elementos sobreviventes da população humana que é antepassada de todos os humanos modernos. Ora esta nova investigação, dirigida por Omer Gokcumen e por Stefan Ruhl, traz à luz novos dados que destituem os Africanos sub-sarianos da posição de ancestrais de todos os humanos: «A nossa pesquisa traçou a evolução de uma importante proteína mucina denominada MUC7 que se encontra na saliva. Quando observamos a história do gene que transporta a proteína, vemos a prova de uma mistura arcaica nas modernas populações africanas sub-sarianas.»
Novos estudos têm revelado que os ancestrais dos actuais humanos na Ásia e na Europa se misturaram com outras variantes da família humana, entre as quais os Neandertais e os Denisovans. A pesquisa da MUC7 contribui para a evidência crescente de que antigos africanos também se encontraram e misturaram com populações hominídeos locais. 
Durante a pesquisa, os genes MUC7 em mais de dois mil e quinhentos genomas humanos foram examinados meticulosamente. Um grupo de genomas da África sub-sariana apresenta uma variante do MUC7 que é extremamente diferente das versões observadas em todas as outras modernas populações humanas. A variante sub-sariana do gene está tão distante das demais que até os genes MUC7 Neandertais e Denisovans estão mais próximos dos dos humanos modernos não africanos. Os Neandertais e os Denisovans são linhagens não africanas que viveram na Ásia e não há indícios de que alguma vez tenham vivido em África.
Gokcumen comenta: «Baseados na nossa análise, a explicação mais plausível para esta variação extrema é introgressão arcaica - a introdução de material genético de uma espécie "fantasma" de hominídeo antigo. Este antigo familiar humano desconhecido poderia ser uma espécie já descoberta, como uma subespécie do Homo Erectus, ou um hominídeo não descoberto. Chamamos-lhe "fantasma" porque não temos fósseis seus.»
A equipa usou taxas de mutação conhecidas (relógios moleculares) para calcular quando é que os africanos sub-sarianos adquiriram a sua variante da proteína MUC7; o resultado sugere que a mistura se deu há cento e cinquenta mil anos. A análise genética revelou também que o grupo hominídeo responsável tem estado num caminho evolucionário separado durante um milhão e meio ou dois milhões de anos. As populações de Homo Erectus divergiram há dois milhões de anos, formando grupos distintos em África e na Ásia, o que torna muito provável que a "população fantasma" era, de facto, descendente do Homo Erectus africano (também conhecido como Homo Ergaster). O Homo Erectus asiático deu origem aos Neandertais e aos Denisovans, bem como a várias outras formas humanas agora extintas.
O que torna esta pesquisa do MUC7 tão interessante e potencial controversa, é que a variação na proteína é exclusiva dos Africanos, apesar do facto de que a miscigenação responsável por isto terá ocorrido muito antes da colonização da Eurásia. O pesquisador Bruce R. Fenton vê aqui mais uma evidência de que a teoria da origem africana da humanidade está errada, ideia que exprime no seu recente livro «The Forgotten Exodus: The Into Africa Theory of Human Evolution», traduzível como «O Êxodo Esquecido: A Teoria da Evolução Humana De Fora Para Dentro de África». Comenta Fenton que «a interpretação óbvia dos dados é que uma onda de antigos Homo Sapiens migraram do sudeste da Ásia para África há cerca de duzentos mil ou cento e cinquenta mil anos atrás. Temos fósseis humanos anatomicamente modernos deste período já descobertos na China e na África Orienta. A população com a qual estes migrantes se cruzaram é quase de certeza a Homo Erectus africana, todos os dados assentam como uma luva.»
Efectivamente, se todos os humanos modernos têm origem em africanos sub-sarianos  saírem de África há sessenta ou setenta mil anos, a proteína MUC7 deveria estar em toda a parte. O facto de que os africanos sub-sarianos têm uma variante única sugere que estas populações chegaram a África depois de divergirem de outras populações de Homo Sapiens, mais provavelmente na Ásia.
Fenton também salienta a similitude observada entre a proteína da saliva em não africanos e outros hominídeos não africanos: «A descoberta de que os não africanos têm um MUC7 muito mais parecido com o dos Neandertais e Denisovans, muito diferentes dos africanos sub-sarianos, sugere fortemente uma génese asiática para as três populações humanas. A população de origem destas três linhagens humanas seria a do Homo Erectus asiático e as localizações geográficas associadas com o seu surgimento seriam a Australásia e o Sudeste da Ásia.»
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Fonte: http://ancientnews.net/2017/07/22/gene-study-suggests-homo-sapiens-migrated-into-africa-not-out-of-the-continent-interbreeding-with-local-hominins-150000-years-ago/










1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

DUVIDO QUE OS KHOISAN SÃO OS MAIS ANTIGOS HA GRUPELHOS PIGMOIDES MAIS PUROS QUE ELES NO CONGO CENTRAL ANDAMAN E MELANESIA PAPUA

24 de julho de 2017 às 02:51:00 WEST  

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