segunda-feira, julho 24, 2017

EX-MILITAR TURCO AFIRMA QUE EUA FAVORECEM OS CURDOS PARA CONTROLAREM A REGIÃO SÍRIA

A agência de notícias turca Anadolu publicou recentemente dados sobre o desdobramento de bases militares norte-americanas na Síria. Estas informações geraram mais uma espiral de tensão entre os dois países.
O major-general retirado turco Armagan Kuloglu, numa entrevista para a Sputnik Turquia, destacou que a luta contra o Daesh (grupo terrorista, proibido na Rússia) na Síria, se olharmos de outro ângulo, há muito tempo que saiu dos limites da simples luta anti-terrorista.
"O objectivo aqui é mais do que o simples derrube do Daesh; trata-se de como, depois disso, obter o papel principal na reconstrução da Síria, em particular, na criação de um Estado Curdo no norte do país", explicou ex-militar.
Na operação de libertação de Raqqa, apesar do apoio que a Turquia tinha oferecido aos EUA, estes apostaram no Partido da União Democrática (PYD), considerado terrorista na Turquia. Após a operação de libertação da cidade, os combatentes deste partido exigirão contrapartidas e estas serão a proclamação de um Estado Curdo no norte da Síria, adverte Armagan Kuloglu, acrescentando que isto representa uma ameaça directa para Turquia.
"Os EUA apoiam o PYD fornecendo armas e munições. Além disso, [os Norte-americanos] instalaram bases no norte da Síria e assim consolidaram mais as posições curdas", declarou o militar retirado.
Esclareceu que a decisão da Turquia de revelar informações sobre as bases norte-americanas na Síria é explicada por a Turquia não desejar a criação de um Estado Curdo. Armagan Kuloglu admitiu que algumas destas informações podem cair nas mãos do Daesh, mas a culpa não é da Turquia, mas sim dos EUA que se recusaram a cooperar com Ancara e optaram pelo PYD.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/201707238934299-eua-bases-siria-curdos/

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Se for verdade, é mais um testemunho positivo da actual política externa norte-americana e mais uma demonstração de como a Turquia apoia, directa ou indirectamente, a violência islamista como instrumento para sufocar a independência de um Povo actualmente sem soberania na sua própria terra. Um futuro Curdistão será um aliado natural da Europa - a Turquia islamista, nunca o foi.