NEWSWEEK OBRIGADA A APAGAR NOTÍCIAS CALUNIOSAS CONTRA TRUMP E A SPUTNIK
A revista Newsweek apagou dois artigos fabricados pelos jornalistas Kurt Eichenwald, após um acordo legal alcançado com um ex-jornalista da Sputnik. A revista acusava a agência de notícias russa de conluio com a campanha do presidente americano Donald Trump.
Durante a campanha presidencial de 2016, Eichenwald trabalhou acompanhando os passos do então candidato Donald Trump. Afirmou, mentindo, que Donald foi admitido numa clínica psiquiátrica, mas não foi capaz de apresentar qualquer evidência do que disse. O repórter foi um dos primeiros a acusar Trump de ser "um espião russo" e chegou a inventar uma suposta ligação da agência com o WikiLeaks. Eichenwald ainda disse que os funcionários da Sputnik eram espiões, não jornalistas.
Foi esta última afirmação que levou o repórter à justiça e obrigou a publicação a apagar duas reportagens muito compartilhadas nas redes sociais: "Dear Donald Trump and Vladimir Putin, I am not Sidney Blumenthal" (Caro Donald Trump e Vladimir Putin, não sou Sidney Blumenthal), em referência ao ex-assessor sénior e amigo pessoal dos Clinton e "How I Got Slimed by Russian Propaganda Site Sputnik" (Como fui prejudicado pelo site de propaganda russa Sputnik).
Tudo começou quando o ex-repórter da Sputnik, William Moran, atribuiu por engano um artigo de Eichenwald como sendo de Blumenthal. O artigo com a informação incorrecta ficou no ar por 20 minutos, tempo o suficiente para que o jornalista percebesse o erro e apagasse o texto do site. O erro, porém, foi reproduzido por Trump num discurso, o suficiente para que o contratado da Newsweek moldasse a história de conspiração entre a agência e os republicanos.
Moran entrou em contacto com Eichenwald para se explicar e solicitar uma retratação, mas ao invés disso recebeu uma oferta de trabalho na famosa The New Republic em troca de deixar as coisas como estavam. Ao negar o emprego, Moran preferiu ir a público, detalhar o ocorrido e denunciar a mentira. O jornalista da Newsweek preferiu ir a dezenas de programas de TV reproduzindo a história do conluio entre a Sputnik e Trump.
Moran deixou a Sputnik após o escândalo. Recentemente graduado em Direito pela Universidade de Georgetown, decidiu adoptar acções legais contra a Newsweek e, apesar de enfrentar uma equipe de advogados altamente remunerados, conseguiu levar a publicação on-line a um acordo humilhante obrigando-a a derrubar as reportagens contestadas.
Num comunicado, Moran informou: "O processo foi resolvido de forma amigável e com toda a satisfação. Após o acordo, a Newsweek removeu as duas reportagens. Eu protocolei este caso antes de ser licenciado como advogado e lutei contra a mega-empresa de advocacia Pepper Hamilton (uma empresa com 13 escritórios e mais de 500 advogados)".
Os termos do acordo não foram revelados porque a Newsweek exigiu confidencialidade.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/201707218924893-newsweek-reportagem-trump-sputnik/
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