quarta-feira, junho 07, 2017

CLASSE POLÍTICA BRITÂNICA ESTÁ TODA CONTRA A POLÍTICA INDEPENDENTISTA ESCOCESA...

Nicola Sturgeon, chefe do governo autónomo da Escócia e líder dos nacionalistas (SNP), foi a primeira a falar, referindo que "o Reino Unido enfrenta grandes desafios nos próximos anos", como o 'Brexit' e a possibilidade de um acordo "duro" e o risco de cortes nos serviços públicos e na segurança social.
"Nós precisamos mesmo é de vozes fortes em Westminster que defendam a Escócia e garantam que a nossa voz é escutada e os interesses são protegidos. Votar no Labour e no Liberais nestas eleições arrisca dividir o voto contra os Conservadores", afirmou.
Os deputados conservadores, acusou, serão um "simples carimbo para o que Theresa May quiser fazer".
Mas a líder do partido Conservador na Escócia, Ruth Davidson, ripostou, alegando que todos os 59 deputados eleitos na região vão defender a Escócia.
"É o trabalho deles, não é apenas o SNP que representa a Escócia", afirmou.
Na sua opinião, os nacionalistas devem "focar-se nos assuntos e não arrastar Escócia para as divisões do passado: tirem o referendo da mesa, falem da Economia, falem da Educação e falem das comunidades locais".
Também a líder do partido Trabalhista na Escócia, Kezia Dugdale, reiterou a oposição do partido a um segundo referendo à independência, que foi rejeitada em 2014 por 55% dos eleitores.
As eleições legislativas de quinta-feira, enfatizou, são "uma oportunidade de nos livrarmos de um governo conservador mau e incompetente", prometendo o aumento salário mínimo e mais apoio para os pensionistas, para os deficientes e para a economia escocesa.
Willie Rennie, dos Liberais Democratas escoceses, também considerou que "esta é uma oportunidade para mudar a direcção do país", mas sem "outro referendo divisivo sobre a independência".
Votar dos 'Lib Dems', sublinhou, é reclamar "o direito de rejeitar um mau acordo no 'Brexit'", referindo-se à promessa do partido de organizar uma consulta popular ao resultado das negociações com Bruxelas.
O debate, na estação de televisão STV, incluiu respostas dos quatro políticos a perguntas de membros de uma audiência.
Segundo uma sondagem publicada hoje pelo diário The Times indica que o partido Trabalhista escocês está a beneficiar da crescente popularidade do líder do 'Labour', Jeremy Corbyn, tendo subido seis pontos percentuais, para 25%, logo atrás dos Conservadores.
A confirmar-se este resultado, os trabalhistas poderão acrescentar um ou dois assentos ao único deputado que asseguraram em 2015, enquanto os 'tories' poderão eleger até sete deputados.
O SNP também caiu nas intenções de voto, para 41%, o que indica que vão perder vários dos 56 lugares que tinham conquistado em 2015.
A mesma sondagem mostra que o apoio à independência entre os britânicos desceu para 43%, menos dois pontos percentuais do que o resultado registado em 2014.
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Fonte: http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/reino-unido-todos-contra-nicola-sturgeon

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Entre os Britânicos ou entre os Escoceses?... O que «os Britânicos» pensam não interessa nada, interessa apenas o que os Escoceses pensam... e, segundo as sondagens, há agora mais apoio popular à independência do que antes, como aqui se lê: http://www.telegraph.co.uk/news/2017/05/19/analysis-theresa-mays-chances-scotland/

Bem pode a elite política estabelecida na Escócia atacar a política independentista, assim só mostram incómodo. A causa nacionalista avança a pouco e pouco e a situação política geral acaba por levar a água ao moinho nacionalista.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ISTO NAO É NACIONALISMO. É CONFORMISMO COM A UE E SUA POLITICA GLOBALISTA, ALIAS A UE JÁ TEM AGUA NA BOCA, NAO VEJO O QUE NOS INTERESSA.

7 de junho de 2017 às 15:33:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Isto é formalmente nacionalismo. Tudo o que seja independência de Nações nos interessa, por uma questão ética, antes de mais nada. Para quem só seja capaz de ver utilidades directas e, simiescamente, se esteja cagando para a ética, então foda-se, pensem ao menos na utilidade, no contexto europeu, de os países maiores ficarem com menos gente, o que lhes tirará poder diante dos países mais pequenos ou de tamanho médio, como é o caso de Portugal.

12 de junho de 2017 às 19:22:00 WEST  

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