VINTE E CINCO DE ABRIL SEMPRE
Independentemente do que possa ter havido de mau a partir da revolução de Abril de 1974, eventualmente decorrente, pelo menos nalguns aspectos, da desordem geral que usualmente se segue às revoluções, e da crise e sujeição em que o País se encontra neste momento, sucedendo de resto o mesmo com outros países europeus que não tiveram nenhum 25 de Abril... independentemente de tudo isto, dizia, não podem negar-se duas belas consequências deste golpe de Estado - primeiro, a Liberdade, um dos valores cardeais do Ocidente, divinizada já na Antiguidade, a Liberdade e a sua concretização política, a Democracia, embora severamente falseada, como whiskey marado, dada a proibição, de resto generalizada no mundo ocidental, do «racismo» político, isto é, a tudo o que a elite reinante queira chamar «racismo»; segundo, o facto de, pelo menos oficialmente, Portugal ter deixado de ser uma pátria multicontinental e voltado a ser o que sempre foi enquanto nação - um país inteiramente europeu. E isto independentemente de a elite reinante tentar, por via da promoção da lusofonia, recuperar em parte essa multi-continentalidade, que, de resto, é ainda hoje excepcionalmente cara à «Direita» conservadora, incluindo a salazarista...
Só por estes dois ganhos, ainda que em segunda mão, a saber, o da Liberdade e o da re-europeização, já valeu a pena o 25 de Abril.
Quanto à corrupção e ao fosso sócio-económico reinantes na actualidade, ambos os flagelos devem-se não à Democracia mas sim a um défice da mesma - não acontecem por causa da Democracia mas sim contra a Democracia, porque a democracia portuguesa é, ainda, insuficientemente democrática. Números e estatísticas, factos apurados, indicam, efectivamente, que quanto mais democráticos são os países menor é a sua corrupção e desnível social, como já aqui foi demonstrado, de resto.
Não é demais reforçar a limitação relativa e não intencionalmente ideológica (digo eu) mas nem por isso menos real que o 25 de Abril impôs à multirracialização que o Estado Novo preconizava. Interessa lembrar que ironicamente um dos obreiros desta desafricanização prática foi um dos vultos do maior partido da Esquerda, Almeida Santos:
E viva o 25 de Abril...
Não é demais reforçar a limitação relativa e não intencionalmente ideológica (digo eu) mas nem por isso menos real que o 25 de Abril impôs à multirracialização que o Estado Novo preconizava. Interessa lembrar que ironicamente um dos obreiros desta desafricanização prática foi um dos vultos do maior partido da Esquerda, Almeida Santos:
E viva o 25 de Abril...
3 Comments:
Toma esta que é engraçada, Caturo:
http://www.telegraph.co.uk/education/2017/04/22/students-avoid-making-eye-contact-could-guiltyof-racism-oxford/
acclaim
Não encontro nenhuma fonte para essa frase de Almeida Santos.
«http://www.telegraph.co.uk/education/2017/04/22/students-avoid-making-eye-contact-could-guiltyof-racism-oxford/»
É engraçada, é. Se olhar olhos nos olhos, em demasiados casos dá bronca, porque os coitadinhos sentem-se provocados e só isso é suficiente para haver navalhadas ou até mortes (lembrar o caso do sexagenário assassinado à porrada por um negro em Guimarães, aqui há tempos); se não olhar os ditos olhos nos olhos, é racismo...
Um curioso «dilema», sem dúvida. Faz lembrar o histórico nó górdio... Alexandre resolveu a questão cortando a corda e acabou-se... assim se faça neste caso: é pô-los a andar de volta para a sua terra e não há mais «racismo» para ninguém.
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