PORTUGUESES SÃO DOS POVOS QUE MAIS REJEITA A IMIGRAÇÃO
Portugal está entre os três países europeus que mais se opõem a receber imigrantes, logo a seguir à Hungria e República Checa. Ao mesmo tempo, e no sentido oposto, os Portugueses defendem uma maior flexibilidade aos critérios de entrada de refugiados. Aqui a pergunta colocada às pessoas inquiridas em 20 países era: “Em que medida o Governo deve ser mais generoso a avaliar os pedidos de refugiados?”
Estes são alguns dos resultados realçados no trabalho que vai ser apresentado nesta quarta-feira no encontro “Europa, Migrações e Identidades” no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL). O estudo resulta de um inquérito feito pela primeira vez em 2002 e 2003 pela mesma equipa do programa de investigação Atitudes Sociais dos Portugueses que em 2014 e 2015 voltou a debruçar-se sobre as atitudes e percepções dos europeus relativamente aos refugiados. Cerca de 40.000 pessoas foram inquiridas no conjunto de 20 países analisados. Em Portugal, o inquérito baseou-se numa amostra representativa e aleatória de 1270 pessoas.
Os resultados mostram que os Portugueses são favoráveis a que o Governo português avalie com generosidade os pedidos dos refugiados para entrarem no país e que esteja aberto a receber os refugiados. “Os refugiados não são uma ameaça”, diz Alice Ramos, socióloga doutorada e investigadora do programa Atitudes Sociais dos Portugueses do ICS-UL. Nesta frente, Portugal está acima da média europeia e, como quase todos os outros, evoluiu no sentido de uma maior abertura.
O nosso país está, por outro lado, entre os que mais se destacam, juntamente com a Polónia, a República Checa, a Hungria e Espanha, ao manifestar uma maior resistência a abrir as fronteiras a muçulmanos do que a cidadãos de países pobres não europeus ou de grupos étnicos diferentes.
Ao longo dos 12 anos cobertos pelo estudo, “a tendência, na maioria dos países, vai no sentido da aceitação dos refugiados”. Porém, países como a Holanda, a Bélgica, a Hungria e a República Checa, “que já manifestavam em 2002 e 2003 maior rejeição do que abertura, mantêm essa posição (…)”, lê-se na análise dos dados da autoria de Alice Ramos, Ana Louceiro e João Graça.
Primeira conclusão com o foco no nosso país: os Portugueses distinguem refugiados e imigrantes de uma forma que não fazem, por exemplo, os cidadãos da Alemanha, Hungria ou República Checa.
“Os refugiados estão protegidos pela onda de simpatia, de empatia, pelas imagens que todos vemos na televisão. Os refugiados não são percepcionados como uma ameaça, ao contrário dos restantes imigrantes. Há de facto um sentimento de piedade que os protege destas atitudes de oposição. E Portugal, provavelmente, é o país que menos associa os refugiados às restantes categorias de imigrantes”, explica ainda Alice Ramos.
Segunda conclusão: as pessoas opõem-se à imigração porque associam os imigrantes a uma ameaça. “Acham que lhes vão tirar o trabalho, que vão sobrecarregar o sistema de segurança social, que vão contribuir para o crime. São percepções que as pessoas criam. E não é só em Portugal”, diz Alice Ramos. “A partir do momento em que começam a ver que não há tantas razões para sentir essa ameaça, começam a mudar essa percepção.”
E isso acontece apesar de Portugal ser um país de emigração. “Curiosamente isso não tem impacto. Uma coisa é o que a pessoa, os pais, ou as gerações anteriores foram fazer noutro país. Outra coisa é quando se trata de competição por recursos. Recursos económicos; recursos culturais. São duas realidades diferentes”, acrescenta.
Além disso, continua a investigadora, “os sentimentos racistas continuam a existir” e passam muito por justificar esse sentimento de ameaça, seguindo o seguinte raciocínio: “Se na verdade eles não me tiram o emprego e não contribuem mais do que outros para o crime, por que uso esta percepção de ameaça como justificação? Porque na realidade eu tenho uma crença racista e acho que as pessoas que são negras ou que são de outro grupo étnico valem menos do que os brancos. Aprendemos na escola que isto não se diz. Então o que eu vou dizer é que me oponho a eles porque eles me tiram o trabalho.”
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Agradecimentos a quem aqui trouxe este valioso artigo: https://www.publico.pt/2016/11/30/sociedade/noticia/portugal-entre-os-paises-que-mais-se-opoem-a-acolher-imigrantes-1753095
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A arrogância e impunidade da elite reinante está aqui bem representada - parte do princípio que a realidade está a seu favor, passando por cima das evidências que essa mesma elite esconde. Diz por exemplo que os imigrantes não tiram emprego quando a matemática simples é evidente - se há meio milhão de desempregados em Portugal e há meio milhão de imigrantes (se não forem muitíssimos mais, bem entendido...), então salta à vista que não há espaço para todos...
Quanto à treta revoltante de que não contribuem mais para o crime «do que os outros», o povo real vê o contrário disso todos os dias nas ruas, nos comboios, nos autocarros, nas escolas. Claro que a mesma elite que quer negar esta evidência trata de não deixar que haja estatísticas raciais-criminais, porque elaborar tais estatísticas seria «racismo»... portanto é como se dissessem «vocês não podem dizer que os alógenos cometem mais crime porque a gente nem sequer deixa que esses números sejam apurados». Isto é mesmo estar a pedi-las, é mesmo para revoltar e meter nojo, um dia pode ser que tão descarada filhadaputice lhes custe caro e com juros.
Muito interessante e significativo é a constatação de que o «facto» de que Portugal é um país «de emigração» não serve para fazer dos Portugueses mais receptivos à imigração... dito por outras palavras, a propaganda anti-racista e imigracionista omnipresente há décadas em todos os mé(r)dia dominantes durante vinte e seis horas e meia por dia, baseada na estúpida chantagem moral de que se deixámos irmãos sair de nossa casa então temos obrigação de deixar que em nossa casa entrem estranhos
não pegou.
Constata-se por isso o que ando a dizer há colhões: a Democracia é uma aliada potencial do Nacionalismo porque a tendência mais forte no seio do povo é a prioridade dos Nacionais e a distanciação relativamente ao imigrante.
Esta notícia é pois um atestado de imbecilidade e incompetência passado aos líderes nacionalistas tugas de merda que durante décadas andaram a marrar e guinchar contra a Democracia, porque mais do que serem por um Portugal europeu, eram, como ainda são, a favor da imposição de um novo regime fascista em Portugal. Quem ao pé deles fale contra a imigração pode suscitar uma concordância morna; quem todavia falar contra a Democracia ou contra os Judeus, já é por eles visto como um camarada. Por causa de merda desta é que Portugal não tem o movimento nacionalista que podia ter.
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